Butch Vig fala sobre Nirvana e Foo Fighters

Quem conhece o nome Butch Vig sabe que ele vem acompanhado de um dos catálogos mais impressionantes da história. Mesmo em meio a tantos grandes trabalhos, no entanto, os incríveis Nevermind, do Nirvana, e Wasting Light, do Foo Fighters, se destacam bastante.

Curiosamente, os dois discos estão fazendo aniversários importantes em 2021. Lançado originalmente em 1991, Nevermind completa 30 anos; por sua vez, Wasting Light está chegando aos 10 anos, já que foi divulgado em 2011.

Os aniversários significam bastante para o próprio Butch, que recentemente concedeu uma ótima entrevista exclusiva ao TMDQA! para falar sobre No Gods No Masters, o novo disco do Garbage, banda em que toca bateria.

É claro que aproveitamos para falar sobre esse tema e o que perguntamos foi sobre as semelhanças entre esses dois trabalhos marcantes — além, é claro, do fato de ambos terem o envolvimento de Dave Grohl. Vig respondeu:

É interessante. A analogia que eu tiro do Wasting Light e do Nevermind é que ambos foram gravados em fita. E quando você grava em fita — fita analógica — é muito sobre as performances. Você não pode editá-las. Com o digital — que eu uso o tempo todo! — você copia e cola coisas, você arruma afinações, você consegue consertar qualquer coisa e pode fazer mutações de qualquer forma que quiser.

Na fita, você precisa se apresentar e tocar porque uma vez que está lá, é o jeito que vai ser a não ser que você volte e regrave por cima, o que vai fazer com que você apague a versão anterior. Então, pra mim… o Nevermind ainda soa incrivelmente poderoso e parte disso é capturar a performance daquela banda. Eles estavam realmente afiados na época, estavam ensaiando muito. O Kurt era muito ambicioso com o que ele queria fazer em Nevermind e eu acho que nós alcançamos esse objetivo, nós fizemos um disco que soa forte, é muito grudento, e eu acho que ele ainda soa bem.

E o mesmo vale pro Wasting Light. Quando o Dave fez o desafio e disse que queria gravar em fita, eu fiquei tipo, “Vocês vão ter que tocar pra cacete”. E ele falou, “Nós estamos prontos para isso”. Então, pra mim, o Wasting Light é o disco definitivo que mais soa como o que o Foo Fighters faz ao vivo, ele soa meio cru em alguns pontos.

Mas quando eles terminaram esse disco eles começaram a fazer uns shows em Los Angeles e eu juro por Deus, eu podia fechar meus olhos e só ouvir e eles soavam exatamente como o disco, o que eu acho que é uma abordagem muito legal que nós tivemos nele.

Sensacional, hein? Lembrando que você pode aproveitar para conferir esse papo completo — que ainda passa por muitos outros temas, como o Smashing Pumpkins — clicando neste link.

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