James Hetfield, do Metallica, em 2019
Foto de James Hetfield via Shutterstock

Parece que, para a tristeza de muitos, James Hetfield é mais um do time que não tem confiança na ciência por trás da vacinação contra a COVID-19.

Em entrevista do final de Março com o podcast The Fierce Life (via Blabbermouth), que fala sobre armas de fogo como assunto principal, o músico do Metallica foi questionado sobre a possibilidade de fazer turnês ainda este ano.

Na resposta, comentou sobre seu “ceticismo” com o imunizante e se posicionou contra a exigência de um “passaporte da COVID-19”, algo que vem sendo discutido por vários países para liberar a entrada apenas de pessoas vacinadas:

Eu não tenho ideia [se haverá uma turnê]. Não depende de mim. Na verdade depende da segurança de todo mundo — não só dos fãs, mas da equipe e nossa. Eu não tenho certeza do que isso significa no futuro no que diz respeito às vacinas. Eu sou um pouco cético em relação a tomar a vacina, mas parece estar rolando e as pessoas estão tomando e eu tenho vários amigos que tomaram.

Eu não tenho certeza sobre isso. Mas eu espero que não chegue em um ponto em que você precise ter aquele carimbo da COVID no seu passaporte ou algo assim para ir aos lugares. Mas se chegar nesse ponto, aí eu tomo uma decisão. Nós fomos vacinados para ir à África, então não é como se eu nunca tivesse me vacinado antes.

James Hetfield e a Ciência Cristã

Para sermos justos com o músico, vale a pena revisitar seu passado e sua criação com base na religião da Ciência Cristã (ou Christian Science, em inglês). Na própria entrevista, Hetfield menciona que “nunca tomou vacinas quando criança” justamente por conta disso, o que certamente causa uma estranheza.

Essa mesma religião já despertou muita raiva em James, uma vez que sua mãe, Cynthia, escolheu não se tratar com a medicina mesmo quando tinha câncer devido às suas crenças. Foi daí que surgiu a inspiração para canções como “The God That Failed” — “O Deus Que Falhou” — e um certo ressentimento do vocalista e guitarrista com a religião.

Sendo assim, por mais que seja compreensível essa estranheza, fica a questão: se há um exemplo tão claro na vida de James de como essa filosofia não deu certo, por que continuar insistindo e ir contra a ciência de sua forma mais objetiva?

Dessa vez o Papa Het decepcionou, não? Você pode ver a entrevista completa pelo vídeo abaixo.

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