Capitão Fausto

Portugal nem sempre é lembrado quando o assunto é indie ou, se preferir, rock alternativo. Não significa que os portugueses não tenham dado nenhuma contribuição para a música.

Rui Veloso, influente músico de blues dos anos 80 e inspiração para diversas bandas da época, é apenas um exemplo de artista português importante.

Muito menos há que se esquecer da importância dos festivais que o destino realiza, como Rock in Rio Lisboa e a versão do Primavera Sound no Porto.

O que talvez fazia falta era um coletivo de bandas alternativas locais, como há na Argentina, Islândia, Rússia, no Canadá e, claro, por aqui.

Isso começou a mudar com o Capitão Fausto, no começo dos anos 2000.

Para você começar a ouvir o rock alternativo de Portugal ou, como às vezes é chamado, indie tuga (isso mesmo, “tuga” da palavra “portuga”), contamos mais sobre o Capitão Fausto e outras duas bandas do gênero.

Toque de amigo: todas as bandas cantam em português, mas não espere entender tudo por ser a sua língua também.

 

Capitão Fausto

Indispensável quando o assunto é música indie portuguesa, o Capitão Fausto é, certamente, o grupo mais proeminente do país no gênero atualmente. O caminho para o sucesso começou em 2009 quando o grupo de Lisboa, encabeçado por Tomás Wallenstein, lançou Gazela, o primeiro e muito bem-sucedido disco. De lá pra cá foram mais quatro, incluindo o novíssimo Sol Posto, que primeiro foi lançado como um filme-concerto nos cinemas e ficou disponível como VOD (vídeo on demand) em algumas plataformas. Hoje, o projeto já está disponível nos streamings de áudio como o último álbum da banda. Durante esses 12 anos, o som do Capitão tem se mostrado com guitarras melódicas, letras que dão um tom poético ao cotidiano, sintetizadores com uma pitadinha de psicodelia e alguns backing vocals em coro, bem power pop anos 90.

 

Luís Severo

Luís Severo é meio poeta, meio músico. A cada canção, a letra não passa despercebida e sempre é um elemento fundamental nos trabalhos dele. Luís canta (ou declama) com uma melodia meio indie folk, sem abrir mão de um pop gostoso e uma atmosfera sônica viajante. Desde a estreia, já são três discos: Cara d’Anjo (2015), Luís Severo (2017) e O Sol Voltou (2019). Talvez, tanta inspiração venha da Penha de França, a pacata freguesia do concelho de Lisboa onde vive, declaradamente, como um fugitivo da agitação que já toma conta há anos da capital portuguesa.

 

Os Azeitonas

O que começou como uma brincadeira entre amigos é hoje uma das principais bandas de indie rock do Porto, cidade de origem dos Azeitonas. O grupo existe desde 2002 e tem Mário Marlon Brandão (vocalista), Luísa Nena Barbosa (vocalista) e João Salsa Salcedo (vocalista e teclado). Já são cinco álbuns lançados, alguns singles de sucesso como “Quem És Tu Miúda”, “Anda Comigo Ver os Aviões”, “Café Hollywood”, “Ray-Dee-Oh” e “Tonto por Ti” e duas nomeações para o prêmio Best Portuguese Act, do MTV Europe Music Awards. A banda é indie até os ossos, daquelas com integrantes de camisas floridas e bigodões, e tem letras de amor que soam como crônicas. O último lançamento é o ótimo single “Guitarrista do Liceu”.

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