(foto: Rodrigo Brasil/divulgação)

Por Rakky Curvello e Rafael Teixeira

Entre reflexões e muitos cuidados com a saúde, Lô Borges passou a maior parte do primeiro ano da pandemia no Brasil compondo canções. Aos 69 anos, suas impressões sobre a vida, amizades, respeito e empatia estão agora em seu mais recente disco, Muito Além do Fim, lançado no último dia 5.

O trabalho, bem mais carregado de guitarras que os discos anteriores Dínamo (2020) e Rio da Lua (2019), traz a leveza das paisagens de Minas Gerais de volta ao imaginário do ouvinte. O álbum também marca o retorno da parceria de sucesso com o irmão mais velho, Márcio Borges (“Um Girasol da Cor de Seu Cabelo”, “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, “Trem de Doido”), que não acontecia desde Horizonte Vertical, de 2011.

O podcast Tenho Mais Discos Que Amigos recebeu o cantor, que explicou a gravação remota do disco, a relação com sua banda e a participação especial de Paulinho Moska. Ele também falou sobre o incrível ano de 1972, em que gravou o clássico Clube da Esquina, com Milton Nascimento.

Logo após, graças à beleza daquelas composições, Lô foi convidado pela gravadora a lançar um disco solo, o famigerado Disco do Tênis. Ele havia esgotado todo o seu repertório nas parcerias com Bituca, mas o selo exigiu o novo álbum para o mesmo ano.

Naquela saudável irresponsabilidade juvenil [risos], eu assinei o contrato sem ter nenhuma música. Eu fiz as canções no sufoco, tanto que rejeitei esse áblum durante algumas décadas. Eu achava ele muito caótico, experimentalista, ansioso… ele me lembrava os tempos da ditadura, quando eu me sentia oprimido. Mas aquela época me deu uma energia criativa fundamental pro resto da minha carreira. Eu compunha a música de manhã, o Márcio escrevia a letra à tarde, e a banda gravava à noite. Isso é mágico. O que não existia em um dia, no outro já estava gravado na mesma versão que ficaria pra eternidade.

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