Metallica - Master Of Puppets

Há exatos 35 anos, o Metallica revolucionava de vez o Heavy Metal com a chegada de Master of Puppets, disco que é considerado por muitos o auge dos norte-americanos.

Não apenas isso, MOP representa também o último trabalho com a participação completa do lendário e saudoso Cliff Burton e definitivamente é um legado mais do que suficiente para o baixista que trouxe tantas novidades para a música pesada.

Neste dia, resolvemos relembrar esse icônico trabalho ranqueando as canções da pior à melhor. Claro que, em se tratando do álbum em questão, chega a ser um ultraje usar a palavra “pior” — estamos falando de 8 músicas sensacionais que definitivamente ajudar o Metallica a conquistar uma legião de fãs por aí.

Considerando então que estamos indo da “menos boa” até a melhor e mais inesquecível, confira nossa lista logo abaixo!

8“The Thing That Should Not Be”

Não é difícil escolher a “menos boa” desse discasso. Apesar de ser uma boa canção, “The Thing That Should Not Be” não mostra algo necessariamente novo — mesmo na época, o Metallica fazia aquilo que já tinha feito e que continuaria fazendo em diversas outras canções que não estão entre as melhores de seus próximos trabalhos.

Vale ressaltar que a versão do S&M deu uma excelente revitalizada na faixa, assim como fez com diversas outras do catálogo da banda. Mas, no álbum “normal”, é a que menos se destaca.

7“Leper Messiah”

De forma similar, “Leper Messiah” é uma música bem aos moldes do que a cena Thrash Metal da época (comandada pelo Metallica, claro) vinha fazendo. Nada de muito novo, mas ganha uma posição porque apesar de tudo tem alguns pedaços bem propícios para o headbang — como a parte que precede o solo de guitarra.

6“Damage, Inc.”

O argumento de não apresentar nada novo também vale para “Damage, Inc.”, faixa que encerra o trabalho.

Ainda assim, ela se distancia das duas anteriores porque soa quase como algo vindo dos primórdios do Metallica — a crueza do riff somada à velocidade e peso quase sobrenatural dos músicos remete muito bem a Kill ’em All e mostra que o espírito underground ainda estava bem vivo nos caras naquele momento.

5“Battery”

Agora as coisas começam a ficar difíceis. “Battery” é um clássico, sem dúvida alguma — com um começo épico que logo leva a um dos riffs mais marcantes da banda, pode parecer estranho vê-la tão baixa na lista.

A única justificativa que temos para isso é que, apesar de tudo, “Battery” acaba se tornando de certa forma repetitiva durante seus mais de 5 minutos de duração. Claro, é uma pancada do começo ao fim e os “mini-solos” são simplesmente espetaculares. Ainda assim, por mais que o riff da canção seja sensacional, ele praticamente se repete a música inteira.

De toda forma, é uma excelente introdução ao que viria nas sete músicas seguintes e os caras não poderiam ter escolhido uma música melhor para abrir o disco.

4“Disposable Heroes”

Ok, talvez essa seja a escolha mais polêmica por aqui. Definitivamente “Disposable Heroes” é uma favorita pessoal, em especial por conta do riff que traz um ritmo utilizado em poucas outras ocasiões antes ou depois dessa faixa pela banda.

Além disso, mas ainda dentro da questão rítmica, essa música é (junto com a faixa-título) a que mais oferece um groove que viria a ser muito explorado por outras bandas no futuro, desde o próprio Thrash/Crossover Metal até outros gêneros como o Nu Metal.

No meio de tudo isso, ainda há espaço para um dos solos mais épicos dos caras em cima de uma base bem diferente do convencional. Genialidade pura.

3“Welcome Home (Sanitarium)”

Quase todos os discos do Metallica possuem uma “balada”, uma canção que mexe com as emoções do ouvinte. O Master of Puppets até tem, mas é um pecado reduzir “Welcome Home (Sanitarium)” a apenas isso.

Talvez junto com “Fade to Black” a faixa seja o melhor exemplo de como os caras conseguiram unir com perfeição a emoção e o peso, ainda mais quando levamos em conta a letra da canção. Falar sobre uma prisão dentro de uma instituição mental é algo que remete instantaneamente à instrumentação da canção — agressiva, ainda que triste e/ou melancólica.

2“Master of Puppets”

Dispensa explicações, não é? Um dos riffs mais marcantes da história da música, sem dúvida alguma, abre a canção de 8 minutos e 35 segundos que quebrou qualquer expectativa e se tornou um hit que certamente vai te fazer perceber como o tempo pode passar rápido quando fazemos algo tão bom quanto ouvi-la.

Absolutamente todas as linhas de guitarra, baixo, bateria e voz que aparecem aqui são encaixes perfeitos — assim como cada uma das partes, desde a mais lenta até a mais rápida — e exibem a sonoridade nova, mais moderna (à época) e mais complexa do que nunca do Metallica naquele momento.

Não é à toa que é a única canção dos caras que faz frente à popularidade do Black Album.

1“Orion”

É difícil escolher entre as duas que ocupam as primeiras posições, mas “Orion” tem todo um valor emocional para os fãs do Metallica.

Um atestado à genialidade de Cliff Burton, a faixa instrumental é daquelas coisas que só acontecem uma vez na vida. Bela, pesada, emotiva e sincera, a canção comandada pelo baixista apresenta absolutamente tudo que fez a banda ser o que é hoje de uma maneira totalmente única — tanto é que, mesmo sem vocais, ela já deixou muito metaleiro aos prantos por aí.

35 anos depois do lançamento desse disco, a saudade de Cliff ainda é muito forte e ouvir “Orion” é relembrar um dos maiores compositores da história, um dos músicos que mais revolucionou o Heavy Metal. Fica claríssimo por aqui como ele fez isso ao inserir elementos de diversos outros gêneros, em especial da música clássica.

Com todo respeito à ótima faixa-título, não há outra escolha possível para o primeiro lugar.