10. Code Orange – Underneath

Code Orange - "Underneath"

Code Orange é o futuro da música pesada que, se não fosse a pandemia, estaria explodindo cabeças no presente.

Não é de hoje que a banda lança alguns dos melhores discos do gênero misturando Punk, Hardcore e Heavy Metal, e após receber elogios de nomes como Corey Taylor (Slipknot), a banda estava pronta pra cair na estrada com o magistral Underneath.

Ofuscado pela pandemia com um lançamento em Março, o álbum não teve a divulgação que merecia e obviamente o grupo não teve a chance de trabalhar em cima dele definitivamente.

Mas o play é mais que necessário do teu lado. Pode confiar.

 

9. Hayley Williams – Petals For Armor

Hayley Williams - Petals For Armor

Petals for Armor é ao mesmo tempo uma ruptura sonora na carreira de Hayley Williams ou a continuidade de uma mudança que ela vinha buscando com o Paramore desde o disco homônimo, lançado em 2013.

A estreia solo da artista traz um Indie Rock raivoso, cheio de frustrações e desabafos, e ao mesmo tempo em que usa as pétalas do título como a fina camada que protege de se expor completamente, Hayley mostra que essa flor tem espinhos.

 

8. Miley Cyrus – Plastic Hearts

Miley Cyrus - "Plastic Hearts"

A sempre inventiva Miley Cyrus, que ficou amplamente conectada ao Pop, nunca foi de ficar quieta e, após explorar a música Country que corre nas veias de sua família, resolveu celebrar o Rock and Roll.

Para isso, não quis reinventar o gênero nem prometeu revoluções sonoras como muita gente faz por aí e simplesmente convidou as pessoas certas para trabalhar ao seu lado em uma celebração da sonoridade dos Anos 80 e 90.

Plastic Hearts tem Joan Jett, Billy Idol, Dua Lipa e um montão de referências muito bem sacadas, como as guitarras do Queens of the Stone Age, aquela virada de bateria do Phil Collins, elementos psicodélicos e mais.

O álbum é divertido, introspectivo, rendeu ótimas canções e possivelmente renderá um ótimo show. Sem ambições megalomaníacas, Miley Cyrus entregou o pacote completo!

 

7. Mac Miller – Circles

Mac Miller - Circles

Lá no comecinho do ano, em Janeiro, fomos agraciados com um disco incrível do saudoso Mac Miller na forma de Circles.

Com canções que tornaram a perda do rapper um pouco menos dolorosa, o álbum provavelmente seria um dos favoritos de muita gente até hoje se o mundo não tivesse resolvido virar de ponta cabeça e nos fazer esquecer dos grandes momentos que vivemos antes do Coronavírus.

Definitivamente o lançamento desse álbum foi um deles.

 

6. Dua Lipa – Future Nostalgia

Dua Lipa - Future Nostalgia

Se esse foi o ano do disco revival, Dua Lipa parece ter sido o desfibrilador que puxou essa onda.

Seu Future Nostalgia e sua recriação como DJ set em Club Future Nostalgia parecem leituras corretíssimas do zeitgeist geracional. Talvez se consolide como um dos mais sólidos segundos álbuns de uma artista Pop de toda a história.

 

5. Rina Sawayama – SAWAYAMA

Em cada faixa do deliciosamente estranho SAWAYAMA, vemos as referências musicais de uma artista que cresceu nos Anos 90 e 2000.

O disco vai de um Pop Eletrônico Fritação ao Nu Metal em um estalo para fazer uma montanha russa de desejos e feminilidade, tudo isso permeado por referências à cultura asiática e até um sample do tema de vitória dos games Final Fantasy em “Snakeskin”.

Belíssimo disco de estreia de Rina Sawayama!

 

4. Phoebe Bridgers – Punisher

Phoebe Bridgers - Punisher

Punisher é um disco que indicamos ouvir exatamente como Phoebe Bridgers está na capa: sozinho ou sozinha, no escuro, olhando pro nada.

E é fundamental também se deixar afundar pelas camadas climáticas de um Indie Folk ousado e cheio de ambiências de um álbum tão intimista que chega a doer.

No meio disso tudo, a artista ainda conseguiu desenvolver uma veia popular que a aproxima de alguns dos maiores artistas das últimas décadas, sendo que seus trabalhos recentes a colocaram ao lado de nomes como Matt Berninger (The National), Hayley Williams (Paramore), Kid Cudi e mais.

Punisher é uma obra de arte de uma artista que, aos poucos, vem se tornando uma das mais influentes da atualidade.

 

3. Deftones – Ohms

Deftones - "Ohms"

Nos últimos anos muito se falou sobre como o Deftones estaria “dividido”, com o guitarrista Stephen Carpenter querendo tornar o grupo cada vez mais “metaleiro” e o vocalista Chino Moreno dando ênfase às suas experimentações com camadas mais suaves e à música eletrônica.

Pois bem, Ohms, o nono disco dos caras, veio para provar que ainda há uma química sensacional entre os músicos do grupo quando eles se reúnem para fazer música trazendo cada um dos seus históricos e influências.

O álbum, inclusive, nasceu quando Chino, Stephen e o baterista Abe Cunningham se reuniram para se lembrar da adolescência, quando a banda foi fundada e tudo que eles faziam era tocar para celebrar os gêneros musicais que tanto curtiam.

Deu certo e Ohms acabou se tornando uma espécie de viagem por toda carreira do Deftones, tendo canções que lembram diversos dos seus pontos altos, como White Pony (2000) e Diamond Eyes (2010).

 

2. Run the Jewels – RTJ4

Run The Jewels 4

Há algum tempo a dupla norte-americana Run the Jewels tem alguns dos melhores shows, discursos, letras e instrumentais da música.

Quem já teve a chance de testemunhar uma apresentação de El-P e Killer Mike sabe que os rappers parecem conduzir uma apresentação de Punk, com energia e força incomparáveis, e isso se traduz nos registros em estúdio também.

RTJ4 saiu no contexto da pandemia, da luta contra o racismo, do Black Lives Matter e tem mensagens importantíssimas para a sociedade atual.

Tudo isso com participações de Josh Homme, 2 Chainz, Pharrell Williams, Zack de la Rocha (Rage Against the Machine), Greg Nice, DJ Premier e Mavis Staples, coroando o trabalho como essencial para o ano de 2020 e a posteridade.

 

1. Fiona Apple – Fetch the Bolt Cutters

Fiona Apple - Fetch The Bolt Cutters

Fiona Apple é, e sempre foi, uma voz distinta dos tempos em que ela se encontra.

Normalmente à frente musicalmente e liricamente, a artista norte-americana sabe fazer comentários sobre relacionamentos pessoais e a sociedade como poucas pessoas o fazem, tendo pouco ou quase nenhum bloqueio e muito apreço pela sinceridade e pela honestidade.

Fetch the Bolt Cutters é um disco gravado pela própria artista, boa parte em sua casa, com seus cachorros sendo inclusive creditados pelos backing vocals.

É um disco de pandemia e isolamento mesmo que não queira ser. O lugar certo, na hora certa, com a mensagem certa e um conteúdo que bate de diferentes formas em diferentes pessoas mas sempre deixa marcas permanentes.

É uma obra de arte e, como tal, ganha novos contornos a cada audição, muito em função dos elementos criados pela artista mas, também, por conta das transformações pelas quais os ouvintes passam e só vão perceber quando se conectam com essas canções.

O Disco do Ano, definitivamente, pertence a Fiona Apple.

 

Playlist com os Melhores Discos Internacionais de 2020

 

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