Rap Plus Size
Crédito: divulgação

Em parceria com a UZZN records e produção musical de Rentz Beats, o duo Rap Plus Size, formado por Jupi77er e Sara Donato, lançou nas plataformas digitais o single “Só Pago O Que Me Cabe”.

A letra questiona os padrões de beleza impostos pela sociedade e a gordofobia disseminada na indústria da moda, reforçando a ideia de que há mercado para quem veste tamanhos maiores já que existem novos criadores descentralizados que atendem às necessidade dessas pessoas.

“Esse som fala sobre a indústria da moda e o quanto ela afeta pessoas gordas. Nós temos dinheiro para pagar roupas que nos vestem bem e vamos pagar por roupas que nos servem, não para essas grifes que não têm nossos tamanhos”, explica Jupi77er.

Anteriormente, a dupla havia divulgado a música “Se o Grave Bate”, que busca gerar visibilidade para a comunidade não binária através do refrão com a linguagem neutra.

A faixa ganhou clipe gravado em uma academia de boxe, justamente para contrariar estereótipos preconceituosos que colocam gordos e/ou obesos como pessoas sedentárias que não querem se exercitar.

“Trazer nosso som pra linguagem neutra é também um posicionamento político, que contempla as mais diversas existências para além do binário. É bater de frente com o CIStema e mostrar que estamos indo além com a língua que falamos, que ela também pode ser inclusiva e acolhedora. Mostra que nosso som é feito para ‘tode’s e para incomodar ‘muites’ também. É apra ser dedo na ferida até rebolando a raba e mostrar quem somos sem perder a essência”, comenta Jupi77er.

Recentemente, o Rap Plus Size participou do projeto Sesc ConVIDA! com a canção “Fôlego”, que traz na introdução a poesia da poeta preta e lésbica Ingrid Martins.

O vídeo foi registrado de forma remota durante a quarentena e a música trata, a partir da temática marítima, das diversas maneiras de autocuidado como forma de cura.

Com foco na expressão musical para combater a gordofobia, o machismo, o racismo, a LGBTfobia e todo tipo de opressão, o duo surgiu em 2016 com seu álbum homônimo.

Já no ano passado, Sara e Jupi77er lançaram o segundo disco A Grandiosa Imersão em Busca do Novo Mundo.

 

Tiago Rosas

Tiago Rosas
foto: divulgação

Ex-integrante da banda Casa Verde, o músico nascido no interior do Rio de Janeiro Tiago Rosas lançou o disco de estreia de sua carreira solo, Crenças e Tramas.

O álbum saiu em parceria com o selo carioca Cantores del Mundo, gerido por Arthus Fochi e Guilherme Marques, e apresenta sete canções escritas e interpretadas por Tiago (voz e violão).

Nas gravações, o artista de 32 anos foi acompanhado por Noguchi (baixo) e Lucas Fixel (bateria). A sonoridade das faixas tem influência de músicos brasileiros da atualidade como Juçara Marçal, NEGRO Leo, Vovô Bebê e Giovani Cidreira.

St. Lumière

St. Lumière
foto: divulgação

Depois de lançar as músicas “Sunlight”, “Tonight” e “The Bet” neste ano, a banda paulista St. Lumière divulgou nas plataformas de streaming o single “Scary Honesty”.

“A premissa da música é ‘dancing your troubles away’ (‘dançar para espantar os problemas’), basicamente. Oposta a ‘The Bet’, que traz uma perspectiva mais sexual e racional do amor, ‘Scary Honesty’ aponta para uma entrega cega e inocente, considerando a palavra amor fora do contexto de paixão,” conta o vocalista Paulo Peres.

O trio, completado por Arian Bocca (baterista) e Léo Vanucci (baixista), agora prepara um EP de músicas inéditas previsto para chegar em 2021.

Inspirados por grandes nomes do indie e pop Rock, eles têm no currículo o disco Countryside Heart (2018) e o EP Blame It On Time.

Ana Carol

Ana Carol
foto: reprodução

A cantora gaúcha Ana Carolina Machado, que assina artisticamente como Ana Carol, liberou a canção “Janela”, que precede o disco de estreia Alma Nua e ganhou clipe divulgado no YouTube.

O vídeo foi dirigido por Carol Basilio e traz imagens registradas no campo, com muito verde ao redor e flores.

O primeiro álbum da artista foi totalmente gravado em Los Angeles, no mítico EastWest Studios e com músicos de porte como o baterista Joel Taylor e o baixista Stuart Hamm (parceiro de Steve Vai, Gambale, Joe Satriani, Vince Neil, entre outros).

Também participaram do projeto Henrique Peters (pianista) e Vini Junqueira (baixista), que fazem parte da atual formação de Os Mutantes.

Recentemente, Ana Carol gravou uma versão para “Balada do Louco”, de Raul Seixas, e em breve vai divulgar seu segundo single autoral, “Bicho Burro”, com a participação de Tom Veloso.

CIRIO

CIRIO
foto: Darlan Vilarino

Também nascido no Rio Grande do Sul, o cantor e compositor Maurício Cirio, que atende por CIRIO na carreira musical, lançou nas plataformas de streaming o clipe da canção “Censura”.

A letra protesta em defesa da democracia e do direito à livre expressão, diante do discurso de ódio e do autoritarismo presentes no Brasil de hoje, que apresentou a maior queda no indicador de liberdade de expressão.

Os dados são do relatório da organização internacional de direitos humanos Artigo 19, que analisa a situação em 161 países. O reposicionamento negativo, mais uma vez, segundo a entidade, está relacionado ao atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, e suas vergonhosas decisões e posturas.

O vídeo, filmado por Darlan Vilarino, foi editado pelo próprio músico e faz críticas diretas ao longo e cruel período da Ditadura Militar no nosso país. Círio usou imagens produzidas em estúdio com fotos, falas de autoridades daquele tempo e vídeos da época do regime.

“Como artista e brasileiro, eu me sinto na obrigação de honrar os direitos conquistados após a ditadura militar. Não podemos retroceder: Censura nunca mais!,” afirma CIRIO, que incluirá a faixa em um álbum a ser lançado em 2021.

Também em tom de crítica ao presidente do Brasil, CIRIO havia liberado anteriormente a canção “A Culpa é da ONG, Talkey”, que ganhou clipe em animação no formato de sátira ao atual Governo.

O título da música, como se pode imaginar, remete à fala de Bolsonaro, em 2019, que culpava, sem provas, as ONGs pelas queimadas na Amazônia.

“Bolsonaro coloca a culpa das desgraças do Brasil e das queimadas nas ONG’s, nos artistas, nos jornalistas e nos cientistas, enquanto promove um desmonte na ciência, enfraquece a cultura nacional e dissemina teorias da conspiração que nos envergonham perante o mundo e fazem com que o obscurantismo, a desinformação e a intolerância cresçam ainda mais no país, dividindo a população. Nós, artistas, não vamos tolerar censura e retrocesso, talkey?,” defende CIRIO, que no primeiro semestre deste ano também lançou o EP Internação.

Ele é ainda criador do canal CIRIO TV e da série Cantadas Crônicas, na qual reflete sobre assuntos do nosso cotidiano por meio de canções inéditas.

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