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Foto: Divulgação

Deuses do Metal” é o novo single da banda paulistana Teko Porã, lançado na primeira semana de dezembro. Um folk cigano em forma de anti-oração, a música é uma crítica à vida contemporânea, presa às normas e dogmas que o sistema capitalista impõe.

A canção reverbera a obra do autor uruguaio Eduardo Galeano, trazendo, inclusive, uma fala do escritor entre os versos. O trecho foi captado em 2011 numa entrevista que Galeano concedeu ao violonista e compositor da Teko Porã, Pablo Nomás. O músico explica que “Deuses do Metal” reflete justamente sobre a atuação de Galeano.

Ele é o símbolo do Antiamericanismo e do Anticapitalismo na América Latina. Acredito que a nossa música dialoga com isto à medida que visamos jogar uma luz sob a relação das pessoas diante das grandes corporações, que sorrateiramente nos deixam de joelhos perante o poder que têm.

A faixa, que já se encontra nas principais plataformas de streaming, ainda conta com a participação do baterista Leonardo Ratão (Picanha de Chernobill). Já a mixagem e a masterização são assinadas por Bruno Philippsen.

Além de Pablo, o grupo é composto pelos músicos Bia Sabiá (voz), Kinda Assis (voz e viola de arco) e Israel Marinho (violoncelo). Em atividade desde 2012, a Teko Porã é um quarteto proveniente das ruas da capital paulista e lançou seu álbum de estreia, Anamaguaçu, em 2019.

Coletivo Canela

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Foto por André Soares

O quarteto pernambucano Coletivo Canela chega ao mundo com o desejo de tornar a poesia cotidiana e popular. O grupo lançou recentemente seu single de estreia, “Brincar de Mar“, refletindo o imaginário de uma criança simples que vive no sertão e nunca molhou os pés nas águas do mar.

A faixa abre os caminhos para o grupo apresentando uma sonoridade simples e ao mesmo tempo robusta, como uma canção que está ligada intimamente com a MPB, mas que flerta com a música de lavadeira e ancestralidade. Na mistura sonora, ainda encontram-se gêneros como o soul e o forró, adicionado ao tempero ímpar da miscigenação musical de Pernambuco, e o axé baiano, que estão presentes na essência do coletivo.

Esse encontro harmônico e melódico, somado aos timbres vocais, conduzem o público a se debruçar sobre a poesia provocadora que, inspirada em uma foto de uma criança que tomava banho dentro de uma bacia em um terreno cercado por arame farpado, reflete a realidade bastante comum para uma parcela da população nordestina. O compositor Thiko Duarte explica sobre o processo criativo do single.

A criança na bacia não saía da minha cabeça e quando eu estava tomando banho de mar, fiquei refletindo sobre os reféns da seca e imaginando um diálogo entre mãe e seu filho. Na canção, a mãe explica de onde vem o peixe que ela estava preparando. A criança passa então a buscar alguma coisa para brincar de mar e mergulha a carcaça do animal sonhando com esse momento.

Inspirada em nomes como Chico César, Alceu Valença, Lenine e Tom Zé, “Brincar de Mar” estreia pelo selo pernambucano Solto no Tempo. A música conta com produção musical assinada por Samico, que destaca o trabalho coletivo:

A energia coletiva deste trabalho vem da potência de colaboração, onde todos se envolvem por meio dessa força conjunta.

Originário da Praia de Candeias, o Coletivo Canela é formado por Zuza, Renan Castro, Alexandre Zezo e Thiko Duarte. O grupo vem preparando o lançamento de seu álbum de estreia para o próximo dia 18 de Dezembro.

Laura Canabrava

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Foto: Reprodução / YouTube

A cantora e compositora carioca Laura Canabrava convidou a artista visual multimídia Letícia Pantoja para dirigir, montar e fazer a animação do clipe de “Vontade”. Trata-se da faixa-título de seu mais recente EP, que chegou nas plataformas digitais em Maio de 2019, de forma independente.

Inspirada pelos elementos surrealistas, já presentes no seu repertório visual, a diretora usou a linguagem da colagem para ilustrar o single, uma balada pop bem brasileira. A intenção do filme era inserir a cantora, de forma lúdica, nos sentimentos e cenários descritos na letra. Tudo com um leve toque vintage no visual. Segundo Laura, a parceria com Letícia foi fundamental para a efetividade desejada para a música.

Fiz essa música como um desabafo de quem está cansada da rotina e dos problemas dessa sociedade – e busca ouvir as suas vontades para usar como ferramenta de transformação. As colagens da Letícia expressaram, de forma criativa e divertida, as sensações e imagens que a música propõe. Acredito que, juntas, conseguimos passar uma mensagem crítica e subversiva através de uma perspectiva feminina.

Para a diretora, conhecida por fazer parte da primeira geração de video jockeys (VJs) do Rio de Janeiro, “a proposta do clipe foi ser uma ‘brincadeira visual’ pop-surrealista que resultou num verdadeiro convite para dançar e expressar as nossas vontades – ainda mais latentes por conta do isolamento social”.

Assista abaixo ao clipe de “Vontade”.

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