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Foto por Edsoul Figueroa

A banda paulista Bamba EFX abriu o mês de novembro revelando o primeiro single de seu novo EP. A faixa, que recebe o título “Bennu“, apresenta uma mistura bem dosada entre o indie rock, o R&B e o neo soul, com trechos cantados em português e em inglês.

A canção foi inicialmente divulgada através de um clipe mas o grupo ainda preparou uma session especial para apresentar a novidade com todo entrosamento e energia que só o ao vivo traz. O vídeo veio ao mundo no último dia 10 de novembro. As gravações foram realizadas no estúdio Casarão, em Piracicaba, cidade do quarteto, formado por Carolla (voz), Bona (bateria), Juca Natal (guitarra) e Felipe Ribeiro (teclado).

Continua após o vídeo

Neste primeiro single, a Bamba EFX sente apresentar bem a sonoridade do EP como um todo. Comentando sobre o processo criativo da banda, o baterista Bona ressalta que a espontaneidade é um dos traços mais marcantes do grupo.

A gente gosta de espalhar os instrumentos na sala e tocar, como uma jam mesmo, testar tudo o que vem mais natural da gente, dessas interações.

Carolla explica que as composições da banda surgem a partir desses improvisos, “de uma paisagem sonora que o instrumental nos traz, que nos leva sempre para outras dimensões“. A vocalista ainda conta sobre a origem do Bennu, pássaro mitológico evocado na canção.

‘Bennu’ surgiu de uma paisagem sonora que nos levou até a mitologia egípcia, onde descobrimos a história desse pássaro que era tido como um Deus, que deu origem à vida a partir do seu grito. Então o colocamos como a figura que atravessa eras para nos trazer uma mensagem importante e muito atual.

Em seu balaio de referências, a Bamba EFX traz uma construção sonora muito variada, que parte de cada um dos seus integrantes. Carolla possui um histórico em bandas de R&B, jazz e soul; Bona soma com grooves e experimentações; Juca traz um pouco da cultura nordestina; e Felipe completa com sua vivência no jazz e hip hop.

Para as próximas novidades, a Bamba EFX promete sessões acústicas e um mini-doc, que será divulgado em partes, via redes sociais da banda. Abaixo você curte a session plugada de “Bennu”.

Pessoas Estranhas

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Foto por Yasmin Kalaf

Após dois anos de estrada, se aventurando entre as trocas e os desafios do ao vivo, o duo paulista Pessoas Estranhas levou toda sua energia para o estúdio. O resultado é o impressionante álbum homônimo de estreia, lançado, recentemente, pelo selo independente Cavaca Records.

O lançamento traz oito canções inéditas, compostas e produzidas pelos músicos Guilherme Silva e Stephan Feitsma. Sua sonoridade é marcada por uma batida forte, mas também se desdobra em fórmulas incomuns de compasso e transições propositalmente esquisitas, criando uma verdadeira odisseia sonora, como destaca o vocalista e guitarrista Stephan.

É um convite pra escutar nossas aventuras pelo mundo do som. Cada música segue um caminho diferente.

Quando o assunto é o estilo musical do Pessoas Estranhas, a dupla prefere não se ater a rótulos e se enxergar como uma “banda de música”, como diz o vocalista e baixista Guilherme. No entanto, uma pequena pista é nos dada nas referências citadas pela dupla, que passam por nomes como Talking Heads, Nação Zumbi e Betty Davis.

Nas letras, a dupla acompanha o movimento instrumental das faixas e não teme em variar bastante de temática. Tem espaço para homenagem pro cachorro, crítica política, declaração de amor, solidão e personificações surrealistas. Stephan comenta que “a linha é tênue pra ficar desconexo, mas de alguma forma o disco tem uma cara“. Segundo o músico, isso se deve a colaboração de Rodrigo Coelho, que cuidou da mixagem e também contribuiu com teclados e sintetizadores em algumas faixas. Guilherme completa:

O disco é cheio de ruído, a gente curte muito. É aquela sensação de não entender direito o que cada instrumento está tocando.

A fim de trazer a energia dos shows para dentro do disco, a banda gravou os respectivos instrumentos de forma simultânea. Para acompanhar nas gravações e nos shows, Bruno Bruni entra nos teclados e Nico Paoliello, na bateria e voz. O processo de gravação foi realizado durante o feriado de Carnaval de 2020 e durou apenas quatro dias, com Nico e Bruni revezando entre engenharia de som e performance musical.

Eddu Porto

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Foto por Lucas Silvestre

O músico e produtor Eddu Porto (ATR) marcou sua estreia em carreira solo com o single “Estamos Vivos“. Lançada pelo selo Let’s GIG, a canção exalta o tempo presente e traz uma reflexão sobre a passagem do tempo e a gratidão pelo caminho do autoconhecimento.

Em seu primeiro lançamento, o artista dá voz a processos internos. A letra, inspirada em poemas e textos da escritora Aline Bei, foi uma de suas primeiras produções. Proposta como um exercício de auto-cura pelo próprio artista, “Estamos vivos” foi escrita durante o ciclo do retorno de Saturno, importante marco no amadurecimento pessoal, segundo a astrologia.

Eddu já atua como baterista profissional há 15 anos, sendo 10 deles com a banda ATR. Agora, abusando da bagagem de experiências sonoras que adquiriu ao longo dos anos, resolveu reunir diversas ideias e sentimentos guardados na última década e se lanço como cantor, compositor e multi-instrumentista. Ele ainda assina a produção musical do single.

A mescla entre o universo analógico e o digital permeia o primeiro trabalho de Eddu Porto. Seu interesse profundo por música brasileira e seus desdobramentos, como a Bossa Nova, fica evidente nos acordes e progressões no violão. Essa sonoridade é aliada a sua pesquisa sobre música eletrônica, que traz camadas construídas com sintetizadores, utilizados como elementos melódicos e atmosféricos.

“Estamos Vivos” conta também com Daniel Pinheiro na bateria, Gustavo Koshikumo (ATR / Mandale Mecha / AQUAmono) na guitarra e baixo, mixagem do estúdio Deep Leaks e masterização de Martin Scian. O segundo single de Eddu está previsto para ser lançado dia 03 de dezembro. Fique de olho!

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