Crédito: divulgação
Através de seu projeto solo Julico, o músico sergipano Júlio Andrade, integrante da banda The Baggios, lançou no YouTube o clipe da faixa “Eu São/Curtis Says”.
O vídeo, dirigido pelo próprio artista, tem estilo psicodélico e foi gravado em casa por conta do isolamento social. O conceito utiliza múltiplas cores, formas e luzes, em analogia ao fluxo frenético da rotina diária de quarentena.
“Tem a ver com se encontrar e se curar das camadas de ansiedade, de pressão psicológica que se absorve no dia a dia,” explica Julico sobre a letra, que dialoga com a dualidade do homem, ora são, ora confuso.
O título da faixa se refere a Curtis Mayfield, ícone da soul music. Andrade busca passar a mensagem “de que somos todos um e sugere busca da elevação espiritual para enfrentar os problemas, além de ser um grito contra a intolerância, contra o racismo e a desigualdade”.
O novo single, assim como o anterior, “Nuvens Negras”, estará em seu primeiro disco solo, ikê maré, com lançamento previsto ainda para este mês.
A banda de punk rock Onix 8 divulgou o clipe feito para a música “Vida ou Morte”. O vídeo mostra o grupo em estúdio e a letra discute a fé, refletindo sobre como o destino atua na vida de todo ser humano.
“Baseado em experiências de fé, notei que dentro de mim havia duas forças, a da carne e a do espírito. E a música se trata de uma reflexão, na qual você escolhe qual dos dois vai alimentar. Pois aquele que você alimentar será o mais forte e o dominará por inteiro,” observa o vocalista e baixista Sopa Córdova.
“As ideias sempre estão brotando, estamos vendo mais uma versão de um hino antigo e músicas novas estão nascendo e rolando. Como não podemos fazer shows, estamos produzindo ao máximo, tem sido um momento importante,” completa.
O cantor e compositor gaúcho Cris Corrêa estreou com o single “Comedido Serenar”, que chega acompanhado de um clipe liberado nas plataformas de streaming.
O responsável pelas imagens do vídeo, gravado pelas praias do sul, foi o próprio artista, que explora os espaços e ambientes que foram influências para a concepção de seu primeiro compacto.
“Esta é uma das músicas concebidas para um EP que foi parte do meu TCC em música pela UFRGS. Uma música carregada com as influências provocadas pelo oceano e sua representação sublime, bem como um mergulho introspectivo a partir de tal tendência,” define Cris, que produziu o material em casa.
O duo Muca & La Marquise disponibilizou nas plataformas de música seu segundo single, “Blue Moon Bossa”.
O lançamento contou com um clipe animado desenvolvido por Ed Murray, que buscou transmitir toda a essência da faixa, que passa pela melancolia e introspecção.
Idealizador da dupla, o brasileiro, atualmente residente em Londres, conta que a canção surgiu da vontade de voltar ao seu país natal, depois de sentir que estava se desconectando musicalmente das raízes brasileiras.
“Eu tenho uma formação de rock e blues, mas, realmente, eu sempre tive a música brasileira em algum lugar dentro de mim. Então, pensei que talvez fosse à hora de trazer isso para as minhas composições. Ter La Marquise cantando esta música é fantástico, ela realmente gosta e conseguiu adicionar um toque mágico a ela”, explica Muca, que chamou a atenção de nomes como Roberto Menescal e Will Gompertz na estreia com a canção “London”.
Os dois lançamentos vão fazer parte do primeiro álbum do projeto, com previsão para sair no início de 2021. Também produtor musical, engenheiro de mixagem, guitarrista e apresentador do London Calling, programa da rádio 89FM, Muca é fundador da banda The Beatflux.
A cantora e compositora gaúcha Xana Gallo liberou a faixa “Meu Mundo”, que marca uma nova etapa em sua carreira.
Depois de revelar os traumas e aprendizados que chegam com o fim de um relacionamento abusivo no álbum Rota de Fuga (2018), e pensar sobre questões sociais e políticas no EP Roda, Rodou (2019), a artista recuperou uma composição de sete anos atrás para refletir sobre seu novo momento.
A letra atravessa dois ciclos importantes para Xana: o fechamento do clube em Pelotas Chove Não Molha, símbolo de afirmação da cultura negra local, e a interrupção da circulação do bonde de Santa Teresa por um longo período no Rio de Janeiro.
“Ambos fechamentos me tocaram fundo e me trouxeram um sentimento de desamparo que deu lugar à música, mas optei por guardá-la. Por se tratar de um fato tão particular, imaginei que pudesse não chegar nas pessoas. Eis que chegamos em 2020 e este ‘particular’ tornou-se ‘universal’… Dois fechamentos que um dia me incomodaram no verão de 2013 tornaram-se grãozinhos de areia diante de tudo o que estamos vendo ser fechado, sem perspectiva de reabrir,” reflete Xana, que já acumula em sua discografia cinco álbuns, lançados desde 2003.
Ela deve divulgar outras canções ainda em 2020.