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Baterista diz que Joy Division ficaria parecido com o Radiohead se tivesse continuado

O baterista Stephen Morris, do Joy Division e do New Order, falou sobre o grupo inicial e como ele teria continuado explorando novos sons caso o vocalista Ian Curtis não tivesse partido tão cedo em 1980.

De acordo com Morris em uma entrevista à NME, a banda estava encantada com a sonoridade do Kraftwerk e provavelmente teria seguido por uma direção mais eletrônica, ainda que “atmosférica e rítmica”:

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Nós estávamos curtindo o Kraftwerk e música eletrônica em geral. Se o Joy Division tivesse continuado, nós teríamos usado muito mais a música eletrônica — mas provavelmente em uma direção, ouso dizer, mais Radiohead do que dance propriamente dito. Teria sido atmosférico mas cheio de ritmo, creio eu.

O baterista ainda concordou quando o entrevistador questionou se a sonoridade seria algo parecido com o histórico Kid A, do Radiohead, e sem dúvidas muitos fãs vão ficar pensando no que poderia ter saído da mente genial de Curtis para contribuir com tudo isso.

Joy Division e o New Order

A declaração de Stephen Morris veio ao falar sobre o disco Power, Corruption & Lies, do New Order, que exibiu uma banda muito mais “alegre” do que as canções fechadas e obscuras de antes.

Em outra fala à NME, o baixista de ambas as bandas, Peter Hook, afirmou que este foi o primeiro trabalho em que o New Order teve sua identidade encontrada:

Por mais que eu tenha curtido o ‘Movement’ musicalmente, o processo foi um pouco angustiante. Metade das coisas eram sobras do Joy Division e a outra metade éramos nós desesperadamente tentando aprender a ser pelo menos metade do quanto o Ian Curtis era bom. Foi um processo frágil, para dizer o mínimo.

As pessoas não queriam que nós esquecêssemos o Joy Division. É isso que estávamos tentando fazer. Nós poderíamos ter ficado de luto pelo Ian por seis meses — nós poderíamos ter ficado de luto por um ano — mas nós pensamos que perderíamos tudo. Conforme você fica mais velho você percebe que não precisava ter tido pressa.

Vale lembrar que Power, Corruption & Lies, lançado originalmente em 1983, está sendo relançado em 2020 em uma edição pra lá de especial, e te contamos todos os detalhes por aqui.

Published by
Felipe Ernani