10 bandas e artistas incríveis com apenas um disco

Lançar um disco não é uma tarefa fácil. Fazer sucesso com ele, então, é menos ainda.

Muitas vezes, as bandas e artistas que se lançam na música precisam de anos e anos de carreira até encontrar seu primeiro hit ou o reconhecimento pelo seu trabalho — mas não é o caso de 10 nomes que separamos nessa nova lista.

Para esses músicos, foi preciso apenas um disco para marcar época.

Seja por meio de grandes sucessos ou da transformação em influência para toda uma geração que viria a seguir, esse único álbum de estúdio foi suficiente para eternizar algumas bandas e até cantores/cantoras solo — alguns com carreira ativa até hoje, mas sem lançamentos de inéditas.

Justamente por isso, é possível que em algum momento essa lista tenha que ser alterada (e torcemos para que assim seja, é claro!), mas por enquanto, veja nossa seleção logo abaixo!

Blind Faith – Blind Faith (1969)

Blind Faith - "Blind Faith"

Com o fim do Traffic e do CreamSteve Winwood Eric Clapton encontraram suas respostas musicais em jams despretensiosas que logo se transformaram em canções graças às entradas de Ric Grech (baixo) e Ginger Baker (bateria), também respectivamente das bandas recém-encerradas.

Isso tudo culminou no único disco do Blind Faith, que não durou em grande parte devido à falta de material para os shows (e talvez à presença de Baker, que fazia Clapton se sentir em um “novo Cream”). Ainda assim, a banda tem algumas das composições mais geniais tanto de Clapton como de Winwood e é uma preciosidade histórica.

Minor Threat – Out of Step (1983)

Minor Threat - "Out of Step"

Minor Threat é um leve desvio nessa lista pois, apesar de só ter um disco de estúdio, a lendária banda Punk tem três EPs. É em um deles, o primeiro, que está a marcante faixa “Straight Edge”, a qual deu origem a toda uma cultura que promovia a vida “limpa”, ou seja, sem abuso de drogas dentro da cena pesada (além da filosofia do it yourself, claro).

Com Out of Step, que tem apenas 21 minutos e 40 segundos de duração, o grupo liderado por Ian MacKaye (que viria a formar o Fugazi pouco depois) reforçou e eternizou a sua mensagem em canções como a faixa título, que traz até trechos de palavra falada para enfatizar o discurso de que as coisas que o mundo trata como grandes prioridades talvez estejam um pouco erradas.

Rites of Spring – Rites of Spring (1985)

Rites of Spring - "Rites of Spring"

Quando se fala em Emo, é bem provável que você logo imagine, digamos, o My Chemical Romance ou de repente até a nacional Fresno. Acontece que tudo isso só existe por conta do Rites of Spring, banda que incorporou sentimentos à agressividade sonora do Hardcore e — completamente sem querer, vale ressaltar — inventou um novo gênero que iria dominar as paradas muitos anos depois.

A banda fez apenas 15 shows, todos na cena local de Washington, DC, antes de dois dos seus integrantes (o vocalista e guitarrista Guy Picciotto e o baterista Brendan Canty) formarem justamente o Fugazi com Ian MacKaye, do Minor Threat.

Operation Ivy – Operation Ivy (1989)

Operation Ivy - "Operation Ivy"

Da mesma forma que ocorreu com o Rites of Spring, uma banda bastante despretensiosa foi a influência de toda uma geração que deu vida ao Ska Punk.

Se hoje existem bandas como Reel Big Fish Less Than Jake, tudo isso se deve ao incrível Operation Ivy, um grupo que precede diretamente o icônico Rancid. Com seu único disco, lançado em 1989, a banda que conta com Tim Armstrong Matt Freeman em sua formação ainda é muito querida pelos fãs, que clamam constantemente por uma reunião.

Temple of the Dog – Temple of the Dog (1991)

Temple of the Dog - "Temple of the Dog"

É graças ao Temple of the Dog que o Pearl Jam existe, mas não é só por isso que esse disco está aqui: mesmo tendo uma das discografias mais belas da história, poucas músicas do Pearl Jam estão no mesmo patamar de alguns clássicos do único disco lançado pelo supergrupo de 1991, como “Hunger Strike”.

Com Chris Cornell e Matt Cameron (Soundgarden) na formação, a banda surgiu como uma homenagem a Andrew Wood, que liderava o Mother Love Bone e havia acabado de falecer — os integrantes remanescentes, Stone GossardMike McCready Jeff Ament, se uniriam então com Vedder, Cornell e Cameron no Temple of the Dog e, pouco depois, no PJ para agraciar nossas vidas com tantas músicas boas.

Jeff Buckley – Grace (1994)

Jeff Buckley - Grace

Sem dúvidas, a história de Jeff Buckley é a mais trágica desta lista. Considerado um dos vocalistas mais geniais de todos os tempos, o cara só pôde nos dar um disco — o incrível Grace, de 1994 — antes de sua morte quase inaceitável por um afogamento acidental (e, vale ressaltar, sem estar sob efeito de drogas).

O legado ficou e muitos lançamentos póstumos foram feitos, mas basta ouvir a clássica “Last Goodbye” ou a imortal versão do cara para “Hallelujah” para saber que ele teria muito, mas muito mais a entregar se não tivesse nos deixado tão cedo. É difícil ouvir esse álbum sem marejar os olhos.

Mad Season – Above (1995)

Mad Season - "Above"

É difícil nomear supergrupos que realmente deram certo, ainda mais se forem formados depois de algum problema com as bandas anteriores de seus integrantes.

Dar certo talvez não seja o termo correto para se referir ao Mad Season, mas é fato que o único disco da banda formada por Layne Staley (Alice in Chains), Mike McCready (Pearl Jam), Barrett Martin (Screaming Trees) e John Baker Saunders ficou imortalizado como uma pérola do Grunge (ainda que soe mais como Rock alternativo).

Above não teve tanto sucesso comercial para além do single “River of Deceit”, e os problemas com drogas de Staley fizeram a banda entrar em hiato. Em 1999, ela chegou ao fim de vez após o baixista Saunders morrer de overdose, anos antes do mesmo acontecer com Staley.

Lauryn Hill – The Miseducation of Lauryn Hill (1998)

Desiludida com os problemas que levaram ao fim do The Fugees, a incrível Lauryn Hill deu a sua maior amostra de genialidade em seu único disco de estúdio The Miseducation of Lauryn Hill.

Pioneira do Neo Soul, a cantora entregou em canções como “Doo Wop (That Thing)”, “Lost Ones” e “To Zion”, esta última parceria com Carlos Santana, uma sonoridade completamente nova — em especial se capitaneada por uma mulher.

O sucesso do álbum foi absurdo, tanto que a academia que cuida do Grammy foi finalmente obrigada a ceder e entregar o prêmio de Álbum do Ano para um disco de Hip Hop, algo que abriu espaço para toda uma nova geração de artistas.

Infelizmente, tudo isso foi um pouco demais para Lauryn e ela acabou se tornando mais reclusa e desistindo de escrever novas músicas, fazendo com que Miseducation ganhasse status de relíquia. Vale lembrar, inclusive, que ele foi considerado o melhor disco de Rap da história pela revista Rolling Stone.

The Postal Service – Give Up (2003)

The Postal Service - "Give Up"

Ventre – Ventre (2015)

Ventre - Ventre

Em 2015, a cena musical brasileira precisava urgentemente de vida nova. Unindo elementos da MPB com influências estrangeiras das mais diversas, a Ventre veio como esse respiro e entregou uma das sonoridades mais únicas que já observamos até hoje.

O grupo carioca chegou a lançar um EP antes de seu fim em 2018, mas é como se o disco homônimo de estreia fosse uma daquelas coisas que só acontecem uma vez na vida: uma obra absolutamente perfeita que faz o ouvinte viajar do começo ao fim, desde a suave “Bailarina” até a pesada “Peso do Corpo”, sempre nos fazendo passear por altos e baixos dentro de cada canção.

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