André Guedes
Foto: Cássio Nogueira

A vida faz jus à metáfora do carro que está percorrendo uma estrada e vê múltiplas opções de caminhos para seguir. GPSs à parte, a tomada de decisões faz parte de quem somos e de como nos inserimos no mundo.

O grande poeta Machado de Assis cita duas opções em seu poema “Os Dois Horizontes”, de 1894. Um dos horizontes é a saudade do que não há de voltar. O outro é a esperança de tempos que hão de chegar. Provavelmente é uma situação já vivida por muitos de nós, inclusive pelo cantor paraibano André Guedes, que se inspirou na obra de Machado para a recém-lançada “Dois Horizontes“.

Com Doutorado em Letras, André traz para suas obras uma interessante consciência literária através de trocadilhos, rimas e referências. A novidade exemplifica isso através de versos como “Se eu te chamo pra perto, eu posso estar longe do que é incerto e me encontrar”. Trata-se de priorizar o que realmente importa.

A canção veio acompanhada por um clipe oficial, que conta com a direção de Pablo Okubi. O vídeo, em suas cenas, conta com referências ao conto “O Espelho”, de Guimarães Rosa, na contante busca do protagonista pelo seu “reflexo interior”. Não à toa, o vídeo começa com a passagem “Os olhos, por enquanto, são a porta do engano”, do texto em questão.

 

“Foi necessário passar pela angústia”

Em 2020, André Guedes já lançou os singles “Me Abraça” e “Não É o Fim“. Ambas as canções (além, é claro, de “Dois Horizontes”) destacam a vivência do artista no mundo da literatura. Sua obra musical contempla referências do folk a na nova cena MPB.

Sobre o significado pessoal da música, André conta:

Cruzei um caminho ansioso pelas estradas em busca de algo que não me completou. Foi necessário passar pela angústia e conversar comigo mesmo para perceber que a felicidade estava ao meu lado o tempo todo.

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