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Foto: Divulgação / Rafael Passos

Alguns utilizam o tempo da quarentena para descansar e outros para produzir. A banda baiana Tangolo Mangos, sem dúvidas, optou pela segunda opção.

Durante os quatro meses de reclusão, a banda que estava trabalhando na fase final de gravação do que seria seu segundo EP, Mangas a Caminho da Feira nº2, decidiu mudar seu rumo e apostar em produções realizadas 100% de forma caseira, à distância e independente.

O grupo lançou nesta sexta-feira (21 de Agosto) o EP tngl_mngs.rar nas plataformas digitais. Acompanhado de uma estética cibernética, o novo trabalho conta com cinco faixas que exploram elementos musicais que vão do rock psicodélico ao lo-fi hip hop, flertando momentaneamente com o trap e diferentes ritmos regionais.

Formada por Bruno Fechine (percussões), Brian Dumont (sintetizador e flauta), Felipe Vaqueiro (vozes, guitarra, violões e bandolim), João Antônio Dourado (bateria e percussões), João Denovaro (vozes, baixo e percussões) e Pedro Viana (vozes e guitarra), a banda apresenta no EP pela primeira vez duas músicas instrumentais e uma canção em francês.

Conversamos com os integrantes do Tangolo Mangos para saber mais sobre o conceito e produção do novo trabalho. Confira abaixo a entrevista na íntegra e o player do EP:

TMDQA!: Primeiramente, parabéns pelo tngl_mngs.rar, curti muito o trabalho! Queria saber como surgiu a inspiração para produzir um novo EP durante esse momento tão delicado que estamos vivendo?

João Denovaro: Esse EP ele surgiu de uma forma bem emendada. Primeiro a gente fez a faixa “Hipóteses, Telhas, Pandas, Ovelhas” para uma coletânea de uma gravadora, porque eles queriam músicas que tivessem um clima de quarentena, e já que estávamos sem fazer nada, porque a pandemia interrompeu a gravação do outro disco, nós decidimos fazer. Já tínhamos essa música que Vaqueiro tinha composto há um tempo, e ela é super interessante, faz super sentido, decidimos que íamos fazer uma versão dela e jogar. Aí nós fizemos em um prazo super apertado, e foi massa, deu super certo, curtimos o resultado. Depois disso, em uma reunião online a gente falou: “cara, vamos fazer um disco, por que não? Bora usar essa estética meio digital, meio louca e fazer um disco mesmo”. E aí foi assim que surgiu a ideia.

TMDQA!: Quais foram os principais desafios em realizar um trabalho à distância, caseiro e independente?

João Denovaro: Eu diria que essa gravação não foi nem tão difícil na verdade. A gente é acostumado a gravar coisas com os nossos próprios equipamentos. Gravamos o primeiro disco de forma caseira. E aí todo mundo tendo uma forma de gravar, seja pelo celular, seja por uma placa de áudio ou pelo computador mesmo, alguns mais elaborados outros menos, e tudo bem também, a gente lidava com tudo isso, nesse sentido não foi muito difícil. O que era mais difícil na verdade, era o fato da gente trabalhar em computadores separados, e a gente ter que juntar tudo pela internet, e ter que se mandar as coisas pela nuvem. Às vezes eram gigas que a gente tinha que mandar um para o outro para finalizar uma música, e 2 horas de exportação, e trava no meio, e precisávamos mandar de novo. Esse era o inferno assim…

Uma coisa que eu consideraria um desafio também foi conciliar a música no sentido de arranjo, ficar uma coisa bem construída, bem pensada, porque geralmente fazemos isso tocando juntos, dando pitaco. Mas dessa vez, a gente precisou ter alguns guias. Então alguém falava algo que ia nortear, tomávamos essa decisão e tudo bem, sem testar. Não teve a coisa do feedback instantâneo. A gente muitas vezes não ouvia o que o outro estava gravando e já mandava e fazia alguma coisa. Então isso foi importante para o processo, isso definiu a nossa estética desse disco.

Felipe: O grande desafio nesse EP foi realmente a gente ter que lidar com essa falta de encontro, essa falta do se ver e do testar as ideias. Mas, isso acabou trazendo muitas coisas que inusitadamente ficaram bem interessantes e que nunca seriam feitas se não fosse por essa incapacidade de se encontrar.

TMDQA!: Eu li que a identidade visual e também alguns samples e timbres presentes nas faixas foram inspiradas por símbolos da Cybercultura. Queria saber como surgiu a ideia para utilizar essa estética?

João Denovaro: Essa coisa da Cybercultura veio de uma forma muito fluída. A gente sempre curtiu esses símbolos digitais meio caóticos, um bug, até meio apocalíptico. Na verdade foi uma oportunidade da gente aproveitar, já que estamos nesse contexto de que tudo que a gente faz é mediado pela internet, pelo digital, por essa coisa artificial, não é tão orgânico quanto um disco que é feito com a gente tocando junto, com aquela energia. Esse disco ele é um pouco mais frio nesse sentido, ele é mais digital, louco e meio travado, meio tela azul. Eu acho que essa coisa da Cyercultura tem muito a ver também com um digital que não é atual, ele é meio antigo.

Hoje em dia o digital é muito sutil, você quase não percebe ele, ele tá muito disfarçado, ele é muito confortável. O contato que temos com a tecnologia é de mais conforto, tranquilidade, nossos celulares, redes sociais, e ninguém pensa nos Bits, Bytes, 01, que tão por trás daquilo, no circuito. Acho que essa estética traz a gente para o passado, para uma época em que as coisas não funcionavam tão bem, as coisas travavam, eram estranhas, truculentas e brutas. Gostamos muito de explorar esses efeitos visuais também, uns efeitos trashs. Tem muito do trash também nesse disco. Mas é isso, temos contato com essa tecnologia super afinadinha, bonitinha, só que o mundo de hoje não é bonitinho e refinadinho, ele é caótico. A desigualdade social é forte, o capitalismo é brutal, é sinistro e é trash.

Felipe: As iconografias e simbologias usadas acabam indo muito por esse caminho mesmo de uma estética do digital um pouco mais antigo, seja no som de moeda de vídeo game em uma das músicas, seja no uso de alguns ícones de computador que são usados na identidade visual, enfim entre outras coisas que são inegáveis influências daquele movimento vaporwave, que inclusive traz essa carga crítica ao capitalismo, que Denovaro cita. Como também traz um saudosismo, que envolve justamente o uso desses ícones que já são datados, que hoje já são considerados uma coisa antiga e é bem capaz que algumas pessoas mais novas nem conheçam mais esses símbolos. E pegando essa carona do saudosismo, dá para falar também do lo-fi hip hop, que tem tudo a ver com essa coisa de uma Cybercultra mais contemporânea.

TMDQA!: É incrível como em cada faixa conseguimos encontrar diferentes gêneros musicais juntos e que no final da música percebemos que eles se encaixam muito bem. Como vocês enxergam isso no trabalho de vocês e quais são as principais influências musicais da banda?

Felipe: Eu diria que esse flerte com vários gêneros musicais na verdade tem muito a ver com o nosso trabalho de uma maneira geral, não só com esse disco, mas com a ideia de não se limitar e poder experimentar e brincar um pouco com coisas diferentes. A nossa ideia é realmente quando der na telha explorar outras coisas, acho que isso é bem natural. E ao mesmo tempo isso tem muito a ver com o ímpeto da banda que é a ideia da antropofagia cultural, que sempre foi algo de muita afeição e fatalmente essas coisas vão acontecer mais vezes.

Isso obviamente tem a ver com a época que a gente vive, de muito acesso a informação, no sentido de um vasto material e acervo, afinal é a época em que mais se produziu música, provavelmente, e arte de uma maneira em geral e também deve ser a época que mais existe arte armazenada ao mesmo tempo, então a possibilidade de combinações que podem ser geradas e tal. E o lugar de cada artista acaba influenciando nisso também, em que elementos vão se sobressair, o que será incluído, o que não vai. Por exemplo, nós temos claramente um norte mais ligado a canção popular e ao rock talvez, ao mesmo tempo que isso se soma a diversas coisas que cada um de nós absorveu em suas trajetórias pessoais, muito devido a esse contexto de grande acesso a informação, mas obviamente também pelo rolê físico, o lugar que você está, a música daquele local. Isso tudo acaba sendo absorvido e batido que nem suco nas cabecinhas da gente.

Mas sim, temos influências diversas, mas nesse EP especificamente dá pra apontar Potsu que é beatmaker de lo-fi hip hop, o King Gizzard and the Lizard Wizard, que é provavelmente uma das bandas que mais somos vidrados. A gente gosta muito do som do Sahel Sounds que é um selo dedicado basicamente a bandas da região do Sahel e Saara, com destaque para os artistas Mdou Moctar e Tinariwen e o Crumb, dos Estados Unidos, que eu acho que eles são um exemplo bem palpável que a gente consome de um som que ao mesmo tempo flerta com rock e com lo-fi hip hop e jazz.

TMDQA!: Seguindo a estética e o conceito do EP, além do lançamento nas plataformas digitais vocês irão disponibilizar uma pasta zipada na nuvem com alguns arquivos extras. O que o público vai encontrar na pasta e qual é a importância que vocês veem ao realizar esse “pequeno universo transmidiático” que vocês descreveram?

Felipe: Bem, nessa pasta vão ter diversos arquivos e outras pastas dentro também. Basicamente tem as cinco faixas em mp3 de boa qualidade, a capa, a ficha técnica, e outras coisinhas, enfim, acho que é mais legal a pessoa explorar a pasta. Mas dá para falar que tem muitos materiais que fazem referência diretamente ao que estamos produzindo. Disponibilizamos algumas coisas que usamos de samples, colocamos algumas pré-faixas, e algumas coisas que são mais spoilers de coisas que pensamos em fazer, e tem várias brincadeirinhas e coisas que as pessoas podem achar divertido. A graça tem a ver também com isso de brincar com essa metalinguagem, até porque todo nosso processo de troca, de alguma forma midiaticamente falando, foi mediado por esses bytes, dados, por mais clichê que isso pareça. Queremos fazer dessa pasta algo que estaria em um disco físico, um conteúdo relevante para que faça valer e potencialize também a experiência que é manusear, olhar e explorar aquele material.

Parece até sofisticado demais falar ‘pequeno universo transmidiático’, mas na prática muitos artistas já fazem isso até com a escala visual e de vídeo, mas achamos interessante explorar um outro formato que era justamente a pasta. E complementando também esse universo do disco, vamos soltar periodicamente vários clipes, a intenção é um para cada música e que no final todos eles façam algum sentido juntos e consigam expandir ainda mais esse sentido desse ‘pequeno universo transmidiático’, mesmo que com uma narrativa totalmente paralela ao que se trata do EP, no ponto de vista lírico.

TMDQA!: A música “le_paSsarim.exe”. interpretada em francês, tem uma troca de ritmos que chama bastante atenção. Conta um pouco da inspiração para criá-la e se possível, um resumo sobre o que a letra fala.

Felipe: A história dessa faixa é legal e simboliza bastante como esse processo a distância e nesses moldes pode gerar coisas bem inusitadas e positivas. Basicamente o que aconteceu é que Brian já tinha essa canção, que a gente informalmente chamava de Le Passarim, porque a gente sabia que a letra se referia a um passarinho, e estava guardada na gaveta dele e desde que chegamos com essa ideia de fazer o disco, pensamos em usá-la. E aí Brian tava sem um equipamento de gravação e mandou uma guia no celular. Mexendo na guia fui me familiarizando com o áudio e surgiu essa ideia, era uma música relativamente pequena e quando eu estava chegando no final eu resolvi dar umas picotadas naquele áudio que Brian mandou com ele cantando e tocando violão, e isso acabou gerando toda aquela parte do trap que foi meio que o embrião da parte mais eletrônica que veio um pouco acompanhada dessas escalas com esse tempero meio arábico, oriente médio, enfim, hispânico e até mesmo, porque não sertanejo em algum grau, ela tem muitas afluências essas escalas. E o outro lado da música, que era o início dela e que inicialmente era só uma guia, ela foi muito orientada por esse processo de gravação que foi sendo feito meio que aos poucos e a medida em que os instrumentos foram sendo adicionados, Brian mostrou para o pai dele que é francófono, e ele disse que lembrava música de piratas e aí Brain contou pra gente e mudamos o panorama total, e colocamos ambiências do mar, do vento e pensando nessa vibe, botamos outros instrumentos algo meio pianístico, brincamos com vocais e acabou se tornando essa música em francês com essa vibe pirata, ao mesmo tempo que esses piratas vão para alguma festa eletrônica.

A letra é relativamente bucólica e um trecho diz “é o pássaro que cantou na minha porta/ Nos galhos de uma árvore eu me sento / E na beira de um rio, eu deito / Sai daí pequeno, seu dia chegará”.

TMDQA!: O EP ainda conta com as participações especiais de Zé Neto, que está a frente do projeto Colibri, e do saxofonista André Becker. Como rolou essa parceria e o que vocês acharam do resultado?

João Denovaro: Elas foram bem interessantes, e nunca tínhamos feito parcerias antes. E logo nesse momento em que estamos tão distantes, pensar que a gente pode de certa forma se aproximar de algumas pessoas assim foi algo bem interessante e bem prazeroso. Nós curtimos muito o som do Colibri e ele sempre esteve presente nos shows, na cena e o cantor é uma figura muito interessante, sempre gostamos dele como pessoa e artista, e foi muito oportuno. A participação dele acabou se tornando um peça importante da música, um dos toques mais fortes que é o solo de vocal da música em que ele participa.

Enquanto a André, na verdade ele surgiu de um oportunismo, porque ele é meu pai, e a gente sentiu que naquele momento precisava muito de um sax, surgiu a ideia e usamos desse artifício aí. Um instrumento que a gente nunca tinha explorado direito, e acabou dando um toque especial e uma guinada interessante para o rumo da música. Foram duas parcerias que curtimos muito fazer, essa troca foi bem legal e essencial para o que veio se tornar o disco.

TMDQA!: Durante essa quarentena uma coisa que vocês não fizeram foi ficar parados. Além do novo trabalho, vocês lançaram um projeto audiovisual, o EAD LO-Fi SESSIONS [TNGL_MNGS]. Me fala um pouco sobre ele, o que vocês apresentaram e como foi o retorno do público.

João Denovaro: Foi um produto muito interessante. A gente curte muito audiovisual e brincar com o visual também. Todos os nossos produtos visuais são feitos por nós, porque gostamos de meter mão mesmo nas coisas porque boa parte da banda já tem contato com o visual e é algo bem importante para que a gente possa se expressar artisticamente da melhor forma. O EAD SESSIONS surgiu porque queríamos entrar em um edital do Banco do Nordeste e era meio que essa pegada de fazer uma live ou um produto em formato de live e íamos jogar esse projeto para tentar passar no edital, mas passou o prazo e não conseguimos correr para fazer. Decidimos então transformar em um vídeo no YouTube, fazer umas transições legais e que reforçassem a temática do novo EP, que tivesse essa coisa meio digital.

TMDQA!: Em março de 2019 vocês lançaram o primeiro EP da banda, Mangas a Caminho da Feira nº1. Para vocês, quais são as principais diferenças entre o primeiro trabalho e o novo EP?

Pedro: Retomando um pouco a pergunta sobre os desafios, eu acho que na realidade a distância foi o que mais influenciou no resultado final do novo EP e foi o que mais causou diferença. Porque no primeiro EP a gente ia se encontrando muito semanalmente nos ensaios, até por causa das demandas de shows, e nós íamos construindo as músicas muito nesses momentos, mostrando ideias, testando as músicas, debatendo sobre os arranjos e até quando estávamos gravando o primeiro trabalho nós estávamos juntos em um sítio em Euclides da Cunha e ficávamos testando e gravando. Então, com certeza a distância foi o diferencial neste novo trabalho e influenciou totalmente no resultado final e estético do produto.

Nós acabamos desencanando totalmente do formato ao vivo, nunca tocamos elas, nem sabemos como elas vão ficar nos shows, provavelmente teremos que adaptá-las para tocar juntos, a gente não se apegou muito nesse formato e fomos gravando o que foi dando na telha, e conseguimos explorar mais coisas.

Por exemplo, na última faixa, tínhamos temas guardados e começamos a visualizar como juntar eles, mas não tínhamos uma composição e sim fragmentos, então nessa música acho que foi uma das que estávamos mais desencanados de tudo, tanto do processo da composição quanto da produção mesmo, isso deu um resultado bem diferente do primeiro EP. E vale dizer também, que tanto a última quanto a primeira faixa são instrumentais, algo que também é diferente do primeiro trabalho, nesse a gente conseguiu explorar a música instrumental que a gente gosta bastante mas até então não tínhamos explorado.

TMDQA!: Apesar da Bahia ser palco de grandes nomes do Axé, artistas de outros estilos musicais também tem ganhado destaque no estado. Como vocês avaliam o atual cenário musical da Bahia?

João Denovaro: A cena musical baiana é lindíssima! Viemos de uma terra muito rica culturalmente e com a música não ia ser diferente. Temos uma influência enorme da música de terreiro, de candomblé, que influencia muitos compositores e quem faz música na Bahia. A gente pensa de uma forma x por conta da influência africana, isso é inegável. Então é muito interessante você ver que ao mesmo tempo que alguns ritmos bem populares como o pagodão, o arrocha, o samba reggae já foi, o axé já foi, que são bem próprios da Bahia, que a Bahia consome, essa música mais mainstream assim, você tem também cenas e nichos mais alternativos, a cena de rock da Bahia já foi muito forte por um tempo, agora a cena de rap tá tendo uma visibilidade maior. A cena musical daqui é muito própria, nós consumimos muito o som daqui, mesmo que seja de uma forma mainstream. Se você olhar por exemplo em playlists do Spotify, e olhar a viral Salvador, você vai ver que é completamente diferente da viral do Espírito Santo e de outros lugares. Enquanto muitos dos outros estados estão consumindo música de São Paulo e do Rio De Janeiro, Salvador e a Bahia consomem muita coisa daqui, porque na verdade é uma cultura muito própria. É muito bonito ver esse movimento e fazer parte disso, e de alguma forma estar uma formiguinha nessa vastidão que é a cena cultural e artística do nosso estado.

Felipe: É muito massa ver uma galera dos outros gêneros ganhando reconhecimento e destaque e isso faz com que outros artistas da cidade também ganhe mais oportunidades e visibilidade. Dá para citar desde BaianaSystem, que eu acho que é um grande fenômeno de análise disso, mas outros artistas que ficaram cada vez maiores e foram conquistando públicos de outros lugares como Luedji Luna, Xênia França, Josyara, Giovani Cidreira, Majur, Hiran e tantos outros.

TMDQA!: Obrigada pela entrevista, meninos. Gostariam de falar mais alguma coisa, algo que eu não tenha perguntado?

Pedro: Só agradecer mesmo a entrevista, tô com saudade de ensaiar, de fazer shows, tô doido para poder encontrar a galera na estrada, se bater com as pessoas pessoalmente para poder tocar as musicas, saber o que elas estão achando, enfim, retomar nossos outros projetos que ficaram adiados. A galera deve continuar se cuidando com responsabilidade, nessa situação que é bem delicada, bem única, merece uma atenção especial e por mais que as coisas estejam voltando, tem que voltar com consciência, com responsabilidade e é isso.

Felipe: Queria agradecer primeiro essa oportunidade, obrigada por esse espaço, e se me permite queria fazer algumas indicações de bandas aqui de Salvador que eu acho que vale a pena falar. A Bagum lançou um novo EP, Venus not Planet e Soft Porn lançaram um EP também, Flerte Flamingo lançou um com versão em áudio e vídeo, Flerte Flamingo além de lançar um EP recentemente, eles lançaram também nesta sexta um novo single. E o coletivo Vapô vai fazer um multi lançamento, porque os membros têm carreiras individuais, e vão rolar singles e EPs deles e da banda, e Colibri está se preparando para lançar um material audiovisual do lançamento do disco deles que vai completar um ano.

João Denovaro: Tô muito feliz por lançar esse disco. E queria falar também que a pandemia não acabou, a quarentena não acabou pra quem pode ficar em casa, fique em casa mesmo, ame seus amigos e defenda o SUS.

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