Eddie Vedder e Lily Cornell
Reprodução/Instagram

Eddie Vedder é o mais recente convidado do programa virtual de Lily Cornell Silver, a filha mais velha do saudoso Chris Cornell.

O vocalista do Pearl Jam conversou com sua “sobrinha de coração” na série Mind Wide Open, onde Lily fala sobre saúde mental com diversos convidados — Duff McKagan, do Guns N’ Roses, também esteve por lá.

Durante o papo, Vedder abriu o coração sobre como lidou com diversos episódios traumáticos e públicos de sua vida. Um deles é a tragédia no festival Roskilde, no ano 2000, que tirou a vida de nove fãs que assistiam a um show da banda após o desabamento da grade de proteção.

Ao contar essa história, Eddie citou um detalhe feliz em meio a uma situação tão triste, que inclusive envolve Lily (via Consequence of Sound):

É interessante, o Roskilde, porque houve problemas com o clima e a multidão, e uma situação horrível em que vidas se perderam na frente do palco… é uma loucura falar com você sobre isso, porque antes de subirmos ao palco… recebemos a notícia de que nossos grandes amigos Chris e Susan [Silver] tinham acabado de ter uma filha. E o nome dela era Lily, e meio que choramos algumas lágrimas de alegria… Acho que menos de 15 minutos antes de subirmos ao palco.

E então subimos com você em nossas mentes, e estávamos nos sentindo fortalecidos e emocionados… e aos 40 minutos do show, esse evento terrível aconteceu.

Ao falar sobre como superou esse episódio, Eddie Vedder revelou ter contado com a ajuda de dois grandes nomes da música: Pete Townshend e Roger Daltrey, do The Who. A banda passou por uma situação parecida em 1979, quando perdeu onze fãs.

Lá estava eu em posição fetal, basicamente, e Pete disse: ‘Você pode lidar com isso’, e eu disse: ‘Não posso. Não sei, Pete, acho que não posso. Estou no meu limite.’ E ele disse: ‘Não, você pode lidar com isso…’ Ele me deu poder para me recompor.

A escuridão do grunge

Vedder ainda discutiu seus colegas de cena, incluindo o amigo Chris Cornell, que nos deixou há apenas três anos.

Seu pai… obviamente ele fazia essas músicas, e algumas letras são obscuras, as letras do Kurt [também eram] letras obscuras, as letras de Layne [Staley] também era. E não eram pessoas declarando, ‘Eu vou fingir que estou escrevendo uma música sombria’. Isso era muito real para todos nós.

E então começaram a tirar sarro desses grupos sérios de grunge, e eu acho que levaram isso para o lado pessoal. Eles ficaram tipo, ‘Isso aí, não estamos nem aí.’

Na conversa, Eddie ainda comparou o crescimento do Pearl Jam nos anos 90 com a atualidade, mais precisamente falando da jovem Billie Eilish. Segundo ele, a tristeza das letras da cantora é semelhante ao que bandas grunge faziam há 30 anos — e os jovens se identificam com isso.

Confira a conversa na íntegra abaixo!

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