Taylor Swift desbanca bandas de Rock nas paradas
Fotos via Wikimedia Commons

Não há dúvidas de que Taylor Swift é um fenômeno da indústria da música. A cantora acumula alguns dos melhores números da história em sua já longínqua carreira, mas segue impressionando.

Segundo dados da Rolling Stone (divulgados pela newsletter especializada Stream n’ Destroy), a primeira semana do mês de Agosto (mais especificamente, entre 31/07 e 06/08) de Swift foi uma das mais inacreditáveis do ano.

Com 179,4 milhões de reproduções em suas músicas apenas nesse período, Taylor superou toda a concorrência por muito — ela ficou quase 40 milhões à frente do segundo mais ouvido, Pop Smoke, que teve 138,4 milhões de streams.

O curioso, no entanto, é que essas estatísticas servem para provar o quanto o Pop e o Rap têm tomado conta das paradas mundiais e o Rock (feliz ou infelizmente, dependendo da sua perspectiva) está bem distante de ocupar esses espaços.

De acordo com os mesmos dados, as reproduções de Swift sozinha superam as 10 bandas mais ouvidas do Rock. É claro que é importante ressaltar que ela acabou de lançar um material novo (o disco folklore), mas a diferença é completamente absurda.

Os 179,4 milhões da cantora fazem com que ela fique à frente de uma soma formada por Queen (22 milhões), Panic! At the Disco (19,2 milhões), twenty one pilots (18,8 milhões), AC/DC (17,9 milhões), Linkin Park (16,6 milhões), Red Hot Chili Peppers (16,2 milhões), Five Finger Death Punch (16,1 milhões), Metallica (15,5 milhões), Led Zeppelin (15,3 milhões) e Fall Out Boy (13,6 milhões).

O total dos 10 nomes chega a 171,2 milhões; destes, apenas o Five Finger Death Punch lançou disco de inéditas em 2020 e os próximos mais recentes foram ambos em 2018 — Pray for the Wicked, do Panic! At the Disco, e Trench, do twenty one pilots.

Rock, Pop e a efemeridade das músicas

Veja que grande parte dessas bandas citadas são daquelas que possuem hits considerados duradouros, ou seja, que teoricamente não sofrem influência do tempo. É impossível contestar isso no caso do Queen, por exemplo, que mesmo sem lançar novos materiais há décadas está no topo da lista de Rock.

No entanto, tudo isso nos leva a pensar na efemeridade da música como um todo: aqueles que assumem que os grupos clássicos do passado “duram para sempre” na tentativa de ofender os artistas do Pop (e atualmente também do Rap ou de quaisquer outros gêneros) ignoram o fato de que apenas uma fração das canções dura por diversos ciclos de geração.

É o mesmo que, muito provavelmente, observaremos no futuro. É claro que Taylor Swift (e todos os outros nomes) não irão manter essa média de reproduções para o resto da vida, assim como é bem provável que Queen, AC/DC e Led Zeppelin teriam números próximos se as suas décadas de ouro fossem agora.

Outra grande prova de tudo isso é observar que o disco mais ouvido do Rock foi (e é há tempos) o Greatest Hits, do Queen. É lá que estão virtualmente todas as músicas que sobreviveram ao teste do tempo — e é o que provavelmente iremos observar de vários dos artistas atuais quando suas eras de ouro acabarem.

Vamos ver o que o futuro reserva por aí!

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