Roger (Ultraje a Rigor) e Edgard Scandurra (IRA!)

Roger Moreira, vocalista e guitarrista da banda Ultraje A Rigor, tem colecionado desafetos desde a época das últimas eleições presidenciais em 2018.

Defensor ferrenho do atual presidente Jair Bolsonaro, o músico não costuma medir palavras para falar sobre quem discorda dos seus pensamentos e raramente engaja em debates produtivos, sendo conhecido mesmo é pelos palavrões.

Pois nas últimas horas o autor de hits como “Inútil” e “Nada a Declarar” resolveu direcionar todas as suas críticas a Edgard Scandurra, guitarrista da banda IRA!, e o fez com uma série de tweets na sua conta oficial do Twiter.

Roger Moreira e Edgard Scandurra

Aparentemente tudo começou após uma entrevista de Scandurra para o site Pop Fantasma, onde, entre outras coisas, ele falou sobre o novo disco do IRA!, o primeiro em mais de 10 anos.

Por lá, duas perguntas foram feitas envolvendo política e o líder do Ultraje:

Roger, Lobão durante um tempo… O Lobão agora ficou contra o Bolsonaro, né? É, ficou mas é um pouco tarde, demorou, até. Eu acho que tem um grau de excentricidade nisso. O Roger indo visitar o Bolsonaro no hospital, pondo a roupa nova de lixeiro do Dória. Tem um problema nessas posições. Não posso respeitar isso, embora não haja obrigação de todo mundo pensar do mesmo jeito. Acho que no fundo as pessoas querem o bem dos outros. Mas não consigo imaginar um artista de rock apoiando a tortura, gente que tortura os outros. Ou apoiando o preconceito tanto racial quanto identitário, ou apoiando um governo homofóbico.

Você tocou no Ultraje A Rigor no começo da banda, por sinal. Você e o Roger ainda se falam? Não, a gente não se fala. A última coisa que eu soube dele foi que ele estava desse outro lado. Eu não só toquei no Ultraje como dei o nome para a banda! Lembro de falar para ele: “Pô, Roger, toca as suas músicas! Não fica tocando Beatles e Stones para sempre. Você é talentoso, tem músicas legais”. Isso lá em 1982, 1983, a banda era de covers. Nessa época ninguém discutia opção política de ninguém. Essa coisa de polarização política rola de uns oito anos para cá. Nos anos 1980, acho que nunca parei e perguntei para ninguém: “Em quem você votou?”. Hoje é que pequenas diferenças são gritantes.

Roger compartilhou a entrevista e disse:

Sim, não nos falamos mais desde que o Edgard fundou e fez sucesso com o Ultraje, antes de tornar-se um puta dum babaca e ficar me maldizendo por aí. Sempre morreu de inveja. Apoiar a tortura seu cu, cretino!

Depois, em outra mensagem, disse:

Edgard se rói de ter que falar do Ultraje em toda entrevista. Já eu, nunca me perguntam do Edgard… Toma sua linha, cuzão! Vc é que apóia ditaduras! Na Venezuela, em Cuba e o caralho! Babaca! Bunda-mole!

Na sequência, ele compartilhou uma publicação do perfil oficial do MST com o guitarrista tocando e usando uma camiseta do movimento, e disse:

Edgard apoiando terroristas. E se achando um gênio!

Dando continuidade à sequência de acusações, ele compartilhou dois trechos de outra matéria que diz que “Pobre Paulista”, composta por Scandurra para o IRA!, seria uma música de “protesto” contra a chegada de nordestinos a São Paulo, o que tornaria o discurso de Edgard em algo hipócrita.

Junto com os prints dessa matéria aqui, Roger também falou:

23:59/00:00 sem falar nas músicas que o Edgard tocava no começo da carreira. Perguntem a ele sobre a música ‘Negro’. Perguntem também se ele sabe que o socialismo tortura e matou mais de 100 milhões de pessoas no mundo.

Até agora, pelo menos em sua conta no Instagram onde é ativo, Edgard Scandurra não se manifestou a respeito.

Se você quiser ver mais uma série de insultos, a conta oficial do Twitter de Roger Moreira é essa aqui.

Tico Santa Cruz e Roger Moreira

Ontem (07) quando saíram as notícias de que Fabrício Queiroz e sua esposa transferiram quase 100 mil reais para Michelle Bolsonaro nos últimos anos, Tico Santa Cruz (Detonautas) marcou Roger e mandou um “corre aqui” ao compartilhar uma matéria.

Agora, há poucos minutos, Roger deu sua opinião compartilhando declarações do comentarista Augusto Nunes e dizendo:

Tem que ser explicado, sem dúvida. Não estou dizendo que crimes não tenham que ser castigados. Mas 72 mil em 7 anos, menos de mil reais por mês… Nossa, que gênio do crime!

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