The Cavern Club, em Liverpool
Foto Stock via Shutterstock

Mais um país europeu aprovou um pacote emergencial para a cultura nos últimos dias.

O Reino Unido anunciou que seguirá adiante com um projeto de 1.57 bilhões de libras, ou mais de 10 bilhões de reais na cotação de hoje (6,66 reais pra 1 libra), para salvar a arte local amplamente impactada pelo novo Coronavírus e a doença que ele causa, COVID-19.

A novidade foi anunciada pelo Ministro da Cultura britânico (sim, lá a Cultura merece um Ministério) e há de ser amplamente comemorada, já que é a maior ajuda do tipo em toda história do país.

O dinheiro será destinado a diversos campos da cultura, envolvendo museus, instituições patrimoniais e casas de shows, com o Primeiro Ministro Boris Johnson dizendo que “pequenos negócios” também serão beneficiados pelo pacote.

Ou seja, dos mais importantes museus até as casas de shows que abrigam bandas punk nas pequenas cidades, a cultura que foi amplamente impactada pois não pode mais receber pessoas por tempo indeterminado, será ajudada na Inglaterra.

Isso porque, segundo palavras do próprio governo, “o futuro dos museus britânicos, galerias, teatros, cinemas independentes, localidades históricas e casas de shows será protegido com fundos de emergência e empréstimos”.

Ao falar a respeito, o Ministro da Cultura disse:

Nossa arte e a nossa cultura são a alma da nossa nação. Elas fazem o nosso país ser grandioso e são o pivô das nossas indústrias criativas que crescem rapidamente e são as melhores do mundo.

Nós devemos proteger e preservar tudo que pudermos para as nossas futuras gerações. Hoje estamos anunciando um imenso pacote de apoio para garantir fundos imediatos como forma de enfrentar a crise que essas pessoas enfrentam. Eu disse que não iríamos decepcionar as artes, e esse investimento massivo mostra o nosso nível de comprometimento.

Boris Johnson, líder conservador do país, adicionou:

De teatros icônicos e musicais, passando por exibições incríveis nas nossas galerias mundialmente conhecidas até os shows em porões, a indústria cultural do Reino Unido é o coração desse país. Esse dinheiro irá ajudar a salvar o setor para futuras gerações.

Vale lembrar que nos últimos dias bandas e artistas lendários como Iron Maiden, The Rolling Stones e Paul McCartney fizeram campanha para que o governo ajudasse a música britânica de alguma forma. Parece que funcionou.

Mais Apoio à Cultura

Desde que a pandemia começou, a Alemanha anunciou um pacote de 1.13 bilhões de dólares para a Cultura (cerca de 6 bilhões de reais), e a França reservou 5.6 bilhões de dólares, ou cerca de 30 (!) bilhões de reais.

Aqui no Brasil, a Lei Aldir Blanc foi aprovada e irá destinar 3 bilhões de reais ao setor cultural, mas ela não veio do governo federal. Sua proposta foi feita pela deputada federal Benedita da Silva (PT/RJ), e ela teve de ser aprovada pela Câmara dos Deputados, Senado Federal e Presidente da República.

O projeto prevê auxílios de 600 reais para artistas, subsídio para empreendedores do ramo da Cultura e realização de ações que incentivem a produção cultural, como cursos, editais e premiações.

Há alguns dias Mário Frias, ex-Malhação e atual Secretário de Cultura do governo Jair Bolsonaro (que rebaixou o setor de Ministério para uma secretaria dentro do Ministério do Turismo assim que assumiu a presidência), disse que “artista não quer esmola” ao falar do auxílio.

Nós falamos a respeito dela no último episódio do Resumo da Semana, no Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!

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