Nick Cave & The Bad Seeds
Foto: Reprodução/Youtube

Nick Cave, que está preparando o que parece ser uma das transmissões ao vivo mais épicas desta era pandêmica, arrumou um tempinho para falar com fãs em seu fórum online e a revista Far Out compilou as suas respostas sobre uma pergunta que sempre traz uma boa discussão: quais são seus guitarristas preferidos?

Aparentemente, Cave era (e ainda é) um grande fã do Rock Progressivo e tem como ídolos alguns músicos do gênero como Greg Lake, do Emerson, Lake & Palmer, e David Gilmour, do Pink Floyd.

Ele ainda falou sobre um filme que assistiu recentemente e que utilizava “Starless”, do King Crimson, como parte de sua trilha sonora para destacar o quanto a banda ainda é capaz de tocar até mesmo a geração seguinte à sua, já que seus filhos também perceberam a genialidade de Robert Fripp por ali.

Abaixo, você confere toda a resposta de Cave traduzida; a lista ainda conta com Eddie Hazel (Parliament-Funkadelic), Peter Banks (Yes, Flash), Ian Anderson (Jethro Tull) e Geoff Whitehorn (Procol Harum).

Os guitarristas preferidos de Nick Cave

Recentemente, eu assisti ao filme ‘Mandy’ com os meus filhos — um filme aterrorizante mas belo. A música ‘Starless’ do King Crimson foi usada com grande efeito durante os créditos de abertura. Os meus filhos concordaram que era uma canção incrível, o que me deixou feliz porque quando eu era um adolescente eu era um enorme fã do King Crimson. O King Crimson foi capaz de combinar momentos extraordinários de pureza e fragilidade com Rock’n’Roll super pesado, e talvez eles tenham colocado em algum lugar na minha mente o embrião de algumas das canções mais esquizofrênicas do Bad Seeds.

O King Crimson era mestre da erupção violenta inesperada. O Bill Bruford, baterista deles, era simplesmente de outro planeta e o Robert Fripp era o meu guitarrista favorito da época, junto com, é claro, David Gilmour.

Como adolescente, eu era um grande fã do Rock Progressivo inglês. Pink Floyd, Jethro Tull, Procol Harum, Yes, Emerson, Lake & Palmer — eu amava essas coisas. Eu ainda amo. Até hoje, Robert Fripp e David Gilmour são gigantes para mim, e continuam entre meus guitarristas preferidos. Fripp e Gilmour são músicos muito diferentes mas há algo com o timbre de seus instrumentos que me toca em um lugar muito profundo. O mesmo vai para o Eddie Hazel, do Funkadelic (confira ‘Maggot Brain’!). Esses guitarristas tocam como se estivessem cantando, eu acho. De forma tonal e emocional, a guitarra de David Gilmour é simplesmente uma versão supercarregada de sua voz — acetinada, envolvente e épica. O som da guitarra de Robert Fripp é mais radical, perigoso e imprevisível, mas até quando ela vem cheia de confronto aquela qualidade lírica e musical nunca está muito longe.

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