Grammy 2020

Não faz muito tempo desde que a presidente do Grammy, Deborah Dugan, foi afastada do cargo.

Enquanto a Academia justifica seu afastamento por “má conduta”, Dugan diz que existem outras versões da história que incluem dívidas, fraudes, corrupções e até assédio nos bastidores da premiação. Nós, inclusive, chegamos a falar sobre isso por aqui.

De todo modo, parece que todas essas polêmicas serviram como um precedente para que a organização do Grammy revisse alguns costumes. Até agora, uma das principais mudanças envolve a palavra “Urban”, que será retirada do título de algumas categorias.

A alteração busca atualizar o pensamento e dar a mesma importância a todos os estilos, já que, ao utilizar o termo “urbano” para rotular determinado artista ou música, a impressão que fica é de que tal gênero é, na verdade, marginalizado.

A categoria “Melhor Álbum de Música Urbana”, em tradução livre, vai virar “Melhor Álbum de R&B Progressivo”. Já o prêmio para “Melhor Álbum Latino, Urbano ou de Rock Alternativo” passará a ser chamado de “Melhor Álbum de Rock Latino ou Alternativo”.

Embora não inclua “urbano” em seu nome, a categoria “Melhor Perfomance de Rap/Vocal” agora será “Melhor Performance de Rap Melódico”. No entanto, o título da nomeação para “Melhor Álbum Pop Latino ou Urbano” manterá a mesma nomenclatura.

Vale reforçar que este termo é utilizado em categorias que buscam reconhecer principalmente artistas do R&B e do Hip Hop.

Na última cerimônia, após vencer o prêmio de “Melhor Álbum de Rap”, o artista Tyler, the Creator se pronunciou a respeito disso na coletiva do próprio Grammy. Ao receber o troféu, ele esclareceu o porquê de não gostar desta palavra e criticou o “racismo implícito” na organização.

Grammy e Outras Revisões

Além das adaptações citadas acima, as alegações da presidente afastada acarretaram em algumas outras revisões, e uma delas é referente à premiação de “Artista Revelação”.

Agora, não haverá mais um número máximo de lançamentos para que o artista seja enquadrado como revelação. Ao invés disso, o comitê responsável pelas votações analisará cada caso individualmente.

Além disso, os membros do Comitê de Revisões de Nomeações deverão assinar um termo de conflito de interesses antes de votar.

O presidente interino do Grammy, Harvey Mason Jr., falou sobre as mudanças e busca por inclusão (via CoS):

É tudo parte do que eu espero ser um novo capítulo em nossa história. Nós estamos ouvindo e aprendendo através dos nossos parceiros, constituintes e acionistas. Nós estamos tentando garantir que estejamos aptos a mudar e adaptar; e queremos ser verdadeiramente inclusivos.

Todas as mudanças entrarão em vigência a partir da cerimônia do ano que vem.

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