Shows
Foto Stock via Shutterstock

“Eu acho que 2020 já era”, diz Anna D. Shapiro, diretora artística da respeitada Companhia de Teatro Steppenwolf, de Chicago, em entrevista a uma reportagem especial do New York Times publicada recentemente.

A equipe do jornal foi atrás de alguns dos maiores figurões do entretenimento, de diversas áreas, para reunir perspectivas sobre o efeito do Coronavírus na indústria para o restante de 2020.

Enquanto muitos fãs ainda mantêm as esperanças de um retorno aos grandes eventos na segunda metade do ano, a opinião dos que mandam na área parece quase consensualmente contrária a isso. A própria Shapiro completa dizendo que ficará “chocada” se voltarmos ao teatro ainda em 2020.

Coronavírus e a indústria de shows

Na indústria de shows, a perspectiva também não é nada favorável. Para Jay Marciano, presidente de uma das maiores produtoras do mundo (AEG), “não parece nada provável que iremos abrir durante o Outono [Primavera, por aqui]”.

Quem ecoa o discurso é Joe Berchtold, que condiciona a realização desses espetáculos ao desenvolvimento de uma vacina ou de protocolos de teste mais expansivos. Para ele, no entanto, não há tempo hábil para o planejamento de turnês grandes:

Enquanto pensamos que avanços fenomenais estão acontecendo em ambos os casos, dado o tempo que se leva ao planejar grandes turnês de shows, e as incertezas que existem hoje, nós não esperamos um grande volume de grandes turnês no Outono [Primavera, por aqui].

Ainda assim, Berchtold de fato abre a possibilidade de termos algumas turnês sendo realizadas. Outros, como o agente Rick Roskin da Creative Artists Agency, diz que seus artistas já estão sendo instruídos a adiar todas as datas para 2021.

As soluções temporárias

Enquanto isso, o que mais temos visto são soluções temporárias. As lives estão mais comuns do que nunca, e por aqui temos feito uma agenda semanal que reúne dezenas de apresentações que vão desde as transmissões super produzidas de sertanejos até festivais dentro de games.

Porém, em alguns países onde a quarentena foi feita de maneira mais efetiva e já há uma maior contenção do número de casos, temos visto um surgimento de opções como os shows drive-in, apresentações com distanciamento social e até mais recentemente um protótipo de traje que permitiria aglomerações mais próximas ao normal.

A responsabilidade, pelo menos para Molly Smith (diretora artística da Arena Stage, em Washington), vai ficar por conta de casas menores neste momento. Ela diz:

Serão as organizações com 50 ou 25 assentos que estarão fazendo as inovações. É assim que vamos aprender.

Como mostram os relatos, é bem improvável que haja um restabelecimento completo da indústria em 2020. Mais do que isso, o que fica claro é que grande parte do alto escalão está contando com o fato de que as medidas restritivas serão relaxadas ainda neste ano, graças a uma possível cura ou vacina.

Vamos nos manter otimistas, mas infelizmente a cada dia que passa parece que a “normalidade” está mais distante, ainda mais nessa indústria. Seguimos em frente!

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