U.S. Girls

“Prolífica”, “plural” e “criativa” são alguns dos adjetivos que podem descrever U.S. Girls, o projeto da artista canadense Meg Remy. Divulgando o ótimo Heavy Light, seu sétimo álbum de estúdio em pouco mais de 10 anos, a artista conversou com a gente sobre esse lançamento, política e sobre esses dias no mínimo malucos que estamos vivendo.

Confira nossa conversa abaixo e indico dar o play no disco abaixo.

 

TMDQA!: Como está a sua quarentena?

U.S Girls: Estou meio que fazendo o que faço quando não estou em turnê. Cozinhando mais, fazendo yoga, falando com amigos. Mas estou tentando ficar menos na internet possível! (Risos) Vou tentar viver um dia de cada vez.

TMDQA!: O seu novo álbum fala de um momento onde a política está estranha e toda uma ansiedade e nervosismo que ela causa na América do Norte. E essa sensação está bem familiar para nós brasileiros. Como você sente ao notar que públicos diferentes sentem as suas músicas num contexto bem fora do que foi pensado?

U.S. Girls: Isso é uma boa pergunta. Eu faço discos sobre o que penso e sobre o que aprendo. Esse disco, por mais que pareça que tenha um tema, não foi pensado desse jeito. Foi algo que surgiu nesse ambiente que vivemos de começo de pandemia, colonialismo, patriarcado. Acho que isso dialoga muito com pessoas diferentes.

TMDQA!: E compor é um modo de se manter sã?

U.S.Girls: É um modo de se manter viva.

TMDQA!: O disco tem interlúdios e um clima de trilha sonora.Você tem vontade de fazer algo tipo um álbum visual? Você trabalharia numa trilha sonora?

U.S. Girls: Nossa, adoraria fazer um álbum visual, mas gostaria de fazer o vídeo também. Mas para trilha sonora acho que gostaria de fazer algo para palco, para teatro.

TMDQA!: Eu li que você estava pensando em fazer uma performance mais teatral…

U.S. Girls: Sim, isso é algo que sempre fez parte de mim e andava pensando em novas coisas que poderia fazer, como lidar com o corpo no palco. Chegamos a fazer alguns shows no começo dessa turnê com esse lado mais teatral. Mas sempre tinha algo de improviso, de usar cada casa de show, cada teatro, cada cidade para criar algo novo. Isso também ajuda a deixar a experiência mais atual pra gente também.

TMDQA!: Heavy Light é seu sétimo disco em 13 anos. A Meg de hoje teria algum conselho pra de 2007?

U.S. Girls: Muitos! (Risos) Para começar, que ela parasse de fumar e não tentasse se validar para chamar a atenção de homens.

TMDQA: Você tem mais discos que amigos? Tem algum disco que sempre pareceu um amigo?

U.S. Girls: Sim. E tenho na verdade um gênero. Seria tipo música da alma, não o gênero soul, mas aquela música que parece tão pessoal, tão íntima. Sinto muito isso no jazz e no free jazz.

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