Justin Timberlake, Dua Lipa e Katy Perry

O Future Nostalgia, disco mais recente da Dua Lipa, tem recebido críticas bastante favoráveis por conta dos mais diversos aspectos. Em relação à sua sonoridade, muitos aclamaram o álbum por suas pulsantes linhas de baixo, remetendo rapidamente à era disco.

O excelente trabalho de Dua pode servir como combustível para discussões sobre a qualidade das músicas pop feitas hoje em dia. Aliás, até hoje ainda vemos certo preconceito com as canções pop, em críticas que vão desde questões líricas até instrumentais. No entanto, existem arranjos instrumentais na atual cena pop que são tão admiráveis quanto os trabalhos dos mais respeitados músicos.

Pensando nisso, resolvemos exemplificar como o baixo tem sido bem explorado na música pop (na verdade, nunca deixou de ser). Para provar a qualidade de certos hits, inserimos na lista, além de cada música, um vídeo com um baixista tocando a respectiva linha, para efeito de melhor visualização (e audição).

Como critério para a seleção, usamos músicas que possam ser enquadradas no universo pop, tendo resultados satisfatórios em paradas musicais. As linhas não precisam necessariamente ser as mais complicadas, já que o que está sendo considerado é a importância que as notas de baixo desempenham no resultado final da música.

Por sinal, para os guitarristas de plantão, já fizemos anteriormente uma lista com algumas músicas pop com ótimas linhas de guitarra. Vale dar uma olhada!

Mas, voltando ao foco de hoje, vamos aos graves! Temos que citar também que estamos restringindo nossas escolhas à cena pop recente, a partir dos anos 2000. Afinal de contas, o que teriam sido os anos 70 e 80 sem linhas de baixo marcantes?

 

10 – “Cake By The Ocean” (DNCE)

A DNCE, banda de Joe Jonas paralela ao grupo Jonas Brothers, conseguiu atingir certo sucesso em 2015. Rotulada como uma banda de “funk-pop”, a DNCE conseguiu emplacar seu primeiríssimo single, “Cake By The Ocean“.

Sem muito mistério, a levada funkeada da música bastou para ganhar o coração dos fãs. De toda a divertidíssima fórmula da canção, o que chama mais atenção é a linha de baixo que, por mais repetitiva que seja, é grudenta na medida certa.

 

9 – “California Gurls” (Katy Perry feat. Snoop Dogg)

Era inevitável que uma linha de baixo com a técnica do slap aparecesse aqui, certo? Pois bem, apesar de não ser reconhecida musicalmente por grooves mágicos, a cantora Katy Perry canta por cima de uma interessantíssima linha de baixo em seu hit “California Gurls“, de 2010.

Marcando bem a levada da música, o explosivo baixo não tem nada de impossível de ser tocado. Não é rápida e muito menos complexa. É uma linha simples, mas cativante. Sem falar que foi uma ótima base para os versos de Snoop Dogg.

 

8 – “Can’t Feel My Face” (The Weeknd)

O R&B alternativo do canadense The Weeknd o consagrou mundialmente em seu disco Beauty Behind the Madness (2015). Um dos principais singles do disco, “Can’t Feel My Face“, conquistou o topo da cobiçada Billboard Hot 100.

O motivo está no dançante groove proporcionado pelo baixo da música. Brincando nas notas graves, podemos considerar esta uma daquelas linhas que “tocam a alma”. Mas esta canção não é um ponto fora da curva da carreira de The Weeknd, já que os graves são uma das principais características de suas obras. Outros exemplos marcantes disso estão em músicas como “Blinding Lights” e “The Hills“.

 

7 – “Uptown Funk” (Mark Ronson feat. Bruno Mars)

Foi difícil escolher apenas uma música de Bruno Mars, já que toda a carreira do cantor contempla ótimos arranjos de R&B e soul. Apesar de hits recheados de groove, como “Treasure“, “Locked Out Of Heaven” e “Finesse“, precisamos ficar com um dos maiores hits da metade da década. Estamos falando de sua emblemática parceria com Mark Ronson, “Uptown Funk“.

Como o próprio nome sugere, a música mergulha na em uma estética dançante e com graves bem demarcados. Por sinal, são justamente eles que guiam a música inteira, e é justamente essa linha que fica presa em nossas cabeças.

 

6 – “Break My Heart” (Dua Lipa)

Uma vez que foi o principal gancho para a criação dessa lista, o Future Nostalgia nos deixou com a complicada missão de escolher apenas uma de suas músicas. E resolvemos ficar com a pegajosa “Break My Heart“.

Ao mesmo tempo em que é fascinante, esta linha de baixo chega a ser mais avançada do que a maioria desta lista. É a prova de que o pop também é capaz de oferecer linhas estimulantes até para os mais sagazes baixistas.

 

5 – “Beauty and a Beat” (Justin Bieber feat. Nicki Minaj)

Apesar de não ser um dos maiores sucessos de Justin Bieber, “Beauty and a Beat” fez parte de um momento de amadurecimento em sua sonoridade. E isso não apenas no sentido da letras, como também no instrumental das suas músicas em si.

Nesta icônica parceria com Nicki Minaj, vemos um electropop muito bem demarcado por um pulsante baixo que não se contenta com o básico, indo das notas mais graves às mais agudas.

 

4 – “Can’t Stop the Feeling!” (Justin Timberlake)

O hit “Can’t Stop the Feeling!“, de 2016, foi o maior sucesso comercial do cantor Justin Timberlake nos últimos anos. Talvez muito disso tenha sido porque a música é a principal da trilha sonora da animação Trolls, mas gostamos de pensar além.

Apesar de ser claramente um esforço em fazer um som comercial, a canção é bem produzida e conta com uma contagiante linha de baixo. Por sinal, é justamente ela que entrega a tal espiritualidade dançante que serve de base para os versos cantados por Justin.

 

3 – “Let’s Get Retarted” (The Black Eyed Peas)

A mais antiga da nossa lista é uma das mais contagiantes! Após reformular sua sonoridade para algo mais pop no emblemático Elephunk (2003), o The Black Eyed Peas começou a sua fase de maior sucesso comercial.

Assim sendo, o grupo começou a mergulhar em elementos sonoros mais grudentos que deram origem a uma trajetória de hits e mais hits. Os graves merecem destaque nesta análise, como entregam músicas como “Shut Up” e “Third Eye”. O destaque, no entanto, precisa ir para “Let’s Get Retarted” (ou “Let’s Get It Started”, na versão clean). É justamente o baixo que guia a música inteira, com uma melodia que prende, por mais repetitiva que seja.

 

2 – “Attention” (Charlie Puth)

Apesar de ter seu maior sucesso em “See You Again” (com Wiz Khalifa), precisamos chamar atenção para o trabalho de Charlie Puth. Apesar de ainda não ser um cantor amplamente popular, ele tem algumas canções bem interessantes com impacto significativo no cenário pop internacional.

O destaque vai para seu disco mais recente, Voicenotes (2018), que conta com várias canções recheadas de grooves dançantes. Um exemplo forte disso é “Attention“, que, além de ser uma baita música, conquistou a quinta posição da Billboard Hot 100.

 

1 – “Deja Vu” – Beyoncé ft. Jay-Z

“Bass”. Está é a palavra que Beyoncé usa para introduzir seu atemporal hit “Deja Vu“. Depois disso, ficamos cerca de quatro minutos guiados por uma encantadora linha de baixo.

Se repetição é algo que incomoda você, fique tranquilo. O pré-refrão também conta com uma divertida construção desafiadora. No mais, poucas linhas conseguem se ser tão presentes em canções pop quanto esta, que serve bem tanto para a voz da Queen B quanto para Jay-Z, que tem uma participação para lá de especial na música.

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