O mundo da música ainda sente a perda de Adam Schlesinger, do Fountains of Wayne, que nos deixou em abril vítima da COVID-19. Agora, sua parceira nos conta um pouco sobre seus últimos dias.
Alexis Morley, namorada de Schlesinger, publicou uma foto do casal no Instagram. Junto da imagem, que foi tirada no dia 15 de março, Alexis postou um texto emotivo falando sobre o saudoso artista que escreveu o mega hit “That Thing You Do”, do filme de mesmo nome.
Em um trecho, ela diz:
Parece estranho, mas no ano passado, Adam havia se aberto e, finalmente, se animou para fazer longas caminhadas ao ar livre (não era permitido chamá-las de ‘caminhadas’).
Esta [da foto] foi em Poet’s Walk, em Red Hook. Nós tínhamos ido lá antes, principalmente porque gostamos do nome e fizemos muitas piadas sobre todos os ‘poetas’ que veríamos (imaginávamos caras velhos, caricaturados, andando por aí, mãos cruzadas nas costas, olhando para o céu buscando por ‘inspiração’).
Ao falar sobre a noite em que Adam foi internado, Alexis revelou que o clima do músico continuava no alto.
Naquela noite ele acordou às 4 da manhã com febre. Passamos uma semana tão doce juntos e os nossos papeis meio que se inverteram porque normalmente era o Adam quem cuidava de mim. Eu tentei mantê-lo confortável, levá-lo de volta à saúde, à medida que esperávamos que a febre sumisse. Tínhamos certeza de que isso aconteceria – assim como qualquer outra gripe idiota. Ele disse, ‘Esou bem. Tenho a minha Alexis.’ Mas 7 dias depois as coisas pioraram e eu o levei ao hospital.
Passamos a noite trocando mensagens, fazendo piadas fofas, nos sentindo otimistas. Ele continuou me dizendo o quanto me amava e me agradeceu por salvar sua vida. Na manhã seguinte, ele foi intubado e nunca mais ouvi sua voz.
A ligação do hospital falando sobre o estado grave e irreversível de Adam Schlesinger veio apenas 10 dias depois. A namorada do artista relembrou, ainda, uma visita que fez para o músico já desacordado.
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Era um local pouco iluminado, sombrio e pesado, com os médicos e eu todos escondidos sob camadas e camadas de EPI’s. Mas Adam parecia doce, pacífico, bonito. […] Eu gosto de pensar que ele podia sentir todos nós lá, mas ele estava profundamente inconsciente.
[…] Logo depois que cheguei em casa, Jordan, um enfermeiro que foi muito simpático na UTI, ligou para me dizer que Adam havia acabado de falecer pacificamente. Ele estava segurando a mão dele, por acaso. O dia estava escuro e nublado, mas naquele momento o sol apareceu por apenas alguns minutos e iluminou o céu inteiro.
Eu te amo muito, Adam.
Confira a publicação abaixo.
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