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Moraes Moreira, lenda da música brasileira, morre aos 72 anos de idade

Perdemos um gigante: Moraes Moreira, músico brasileiro, morreu aos 72 anos de idade.

Ainda não há informações a respeito da causa da morte, e de acordo com fontes que tiveram contato com assessoria e família, não se sabe o que aconteceu já que ele “estaria bem”.

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Moraes Moreira faleceu dormindo em sua casa na Gávea, no Rio de Janeiro, e definitivamente significa uma perda imensa para a história da música brasileira.

Moraes Moreira

Nascido em Ituaçu, interior da Bahia, Antônio Carlos Moraes Pires mudou-se para Salvador onde conheceu nomes como Tom Zé, e por lá passou a misturar suas influências musicais que iam dos elementos brasileiros até o rock and roll.

Ao lado de Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, montou o grupo Novos Baianos e com ele lançou um dos discos mais influentes da história da música brasileira, o sensacional Acabou Chorare, de 1972.

Em 1975 ele iniciou a sua carreira solo com um álbum homônimo e não parou mais, tornando-se um dos nomes mais celebrados do país com canções como “Sintonia”, “Desabafo e Desafio” e “Pombo Correio”.

Segundo o Jornal do Commercio, Paulinho Boca de Cantor confirmou a informação, emocionado, afirmando que o ex-colega faleceu durante o sono.

Cordel Sobre a Quarentena

Em perfis de Instagram e Facebook que dizem ser oficiais do músico, apesar de não serem verificados, há um texto atribuído a Moraes Moreira dizendo que ele estava cumprindo a quarentena entre sua casa e o escritório, trazendo ainda um Cordel escrito sobre a pandemia, como você pode ver logo abaixo.

Quarentena (Moraes Moreira)

Eu temo o coronavirus
E zelo por minha vida
Mas tenho medo de tiros
Também de bala perdida,
A nossa fé é vacina
O professor que me ensina
Será minha própria lida

Assombra-me a pandemia
Que agora domina o mundo
Mas tenho uma garantia
Não sou nenhum vagabundo,
Porque todo cidadão
Merece mas atenção
O sentimento é profundo

Eu não queria essa praga
Que não é mais do Egito
Não quero que ela traga
O mal que sempre eu evito,
Os males não são eternos
Pois os recursos modernos
Estão aí, acredito

De quem será esse lucro
Ou mesmo a teoria?
Detesto falar de estrupo
Eu gosto é de poesia,
Mas creio na consciência
E digo não a todo dia

Eu tenho medo do excesso
Que seja em qualquer sentido
Mas também do retrocesso
Que por aí escondido,
As vezes é o que notamos
Passar o que já passamos
Jamais será esquecido

Até aceito a polícia
Mas quando muda de letra
E se transforma em milícia
Odeio essa mutreta,
Pra combater o que alarma
Só tenho mesmo uma arma
Que é a minha caneta

Com tanta coisa inda cismo….
Estão na ordem do dia
Eu digo não ao machismo
Também a misoginia,
Tem outros que eu não aceito
É o tal do preconceito
E as sombras da hipocrisia

As coisas já forem postas
Mas prevalecem os relés
Queremos sim ter respostas
Sobre as nossas Marielles,
Em meio a um mundo efêmero
Não é só questão de gênero
Nem de homens ou mulheres

O que vale é o ser humano
E sua dignidade
Vivemos num mundo insano
Queremos mais liberdade,
Pra que tudo isso mude
Certeza, ninguém se ilude
Não tem tempo,nem.idade

Que descanse em paz.

Published by
Tony Aiex