Smashing Pumpkins: 10 clipes para entender a carreira da banda

Smashing Pumpkins sobreviveu aos altos e baixos de carreira gloriosa, principalmente nos anos 90, e tenta se reorganizar de vez para retomar boa fase.

The Smashing Pumpkins
Foto: Divulgação

Já são mais de 30 anos de atividade desde o surgimento dos Smashing Pumpkins, no final dos anos 80 e que teve em sua formação clássica; Billy Corgan (voz, guitarra), James Iha (guitarra), D’arcy Wretzky (baixista) e Jimmy Chamberlin (bateria).

Com o seu auge no começo dos anos 90, principalmente com o estouro mundial dos discos Siamese Dreams e Mellon Collie And The Infinite Sadness, Billy Corgan ainda tenta colocar tudo em ordem e voltar à boa fase nos discos de estúdio.

Os Smashing Pumpkins ainda não têm data oficial para lançar o sucessor de Shiny and Oh So Bright, Vol.1/LP: No Past. No Future. No Sun. (2018), mas os preparativos já começam a acontecer e os rumores aumentam de que isso não irá demorar.

O som que consagrou o grupo em seus maiores clássicos já não é o mesmo há alguns lançamentos, nos shows ainda esperamos todos aqueles hits que tomaram de assalto a audiência da geração MTV e Billy Corgan ainda continua ditando todas as regras na banda, que tem seu lugar garantido entre os grandes do último movimento de estilo a revolucionar a música mundial. É esperar pra ver os próximos passos.

Enquanto isso, vamos entender a discografia em 8 clipes dos caras!

10 – “I Am One” (1991)

O começo de tudo, o primeiro single do disco de estreia, Gish.

A introdução marcante da bateria, a entrada do baixo abrindo caminho para os dedilhados distorcidos e as guitarras em total sincronia. A voz anasalada de Billy Corgan.

Um total resumo do que seria o rock alternativo praticado pela banda nos anos 90.

9 – “Cherub Rock” (1993)

Com a produção de Butch Vig e Billy Corgan, a banda chegava ao seu segundo trabalho, que os levaria para o topo do mundo da música.

Letras pessoais, um diário rasgado de problemas do seu vocalista, Jimmy apresentando problemas relacionados ao vício em drogas e até o fim de um relacionamento entre James Iha e D’arcy.

Com esses ingredientes, Siamese Dreams e a sua capa icônica começava com mais uma introdução de bateria e a excepcional “Cherub Rock”.

8 – “Today” (1993)

O clássico que chegou aos ouvidos do mundo mostrava um outro lado forte da banda, o de compor lindas melodias e baladas que tinham todos os carimbos do rock alternativo que dominou as paradas na época.

A faixa chegou ao quarto lugar nos Estados Unidos e levou prêmios em países como o Canadá. O vídeo clipe foi exibido exaustivamente em todos os canais especializados em música.

A inesquecível introdução de guitarra continua até hoje aclamada e sem previsão de envelhecer.

7 – “Bullet With Butterfly Wings” (1996)

Mais de 60 músicas foram compostas na época de transição do disco Siamese Dreams para Mellon Collie and The Infinite Sadness.

Instrumentos adicionais usados nas gravações, orquestras, o perfeccionismo quase doentio de Billy Corgan e a ousadia de lançar um disco duplo com um único objetivo: fazer dele o maior clássico de sua geração.

Mellon Collie And The Infinite Sadness foi direto para o primeiro lugar da Billboard e está entre os 200 discos definitivos do Rock And Roll Hall Of Fame.

6 – “1979” (1996)

Billy Corgan chegava a passar quase 24 horas no estúdio cuidando de cada detalhe dos arranjos das músicas e testando vários elementos de forma obsessiva para o terceiro disco.

Em Mellon Collie And The Infinite Sadness, a ditadura do vocalista parece ter ficado um pouco de lado e todos os outros membros, finalmente, tiveram espaço e contribuíram nas composições.

A faixa é uma espécie de hino da geração e resumia a fase espetacular de criatividade da banda.

5 – “Tonight, Tonight” (1996)

Em 1996 foi lançado o disco que definitivamente levou a banda para outro patamar.

Mellon Collie and The Infinite Sadness começa com uma bela introdução, de mesmo nome, no piano e abre espaço para o mega hit ‘Tonight, Tonight’, com suas orquestrações e uma outra temática sonora que em que nada desagradou os fãs, muito pelo contrário, ganhou prêmios, foi para o topo das paradas e se tornou um dos maiores clássicos da carreira dos Smashing Pumpkins.

Seu clipe é uma verdadeira obra de arte que marcou a fase áurea da MTV.

4 – “Ava Adore” (1998)

Após alguns anos no auge, as coisas começam a sair dos trilhos internamente.

A saída do baterista Jimmy Chamberlin foi inevitável e no disco Adore, alguns bateristas foram usados nas gravações, entre eles, Matt Cameron (Pearl Jam, Soudgarden), além de baterias eletrônicas.

O som ganhou um direcionamento com inserções de elementos modernos e uma temática estética que puxava para um lado mais sombrio dentro do rock alternativo.

Com Billy Corgan, que havia perdido a mãe e enfrentava o divórcio, a frente da produção, comercialmente Adore foi considerado um fracasso, comparado aos discos passados, mas a sua qualidade é inegável, reconhecida por crítica e por fãs.

Temos aqui, para muitos, o último grande disco dos Smashing Pumpkins.

3 – “Everlasting Gaze” (2000)

A volta de Jimmy nas baquetas, a saída de D’arcy Wretzky e um disco que teoricamente estava sendo feito para ser o último a ser lançado pela banda.

Assim os Smashing Pumpkins entravam nos anos 2000, com cada vez mais incertezas e discos que não conseguiam repetir os sucessos comerciais dos antecessores clássicos, mas que ainda mantinham bons momentos, como a pedrada “Everlasting Gaze”.

O futuro começava realmente a ser incerto para Billy Corgan.

2 – “Untitled” (2001)

A coletânea Rotten Apples foi lançada em formato duplo e trazia um apanhado dos maiores hits de uma carreira super bem sucedida e uma compilação de lados b, com direito à inclusão da inédita “Untitled”, que ganhou um vídeo clipe com vários momentos de shows e bastidores da estrada.

Após o lançamento do compacto, a banda anunciou uma pausa que iria durar até 2005, quando Billy Corgan anunciou que gostaria de reunir a banda novamente.

1 – “Solara” (2018)

Os anos 2000 se passaram com os Smashing Pumpkins não mais como protagonistas, mas com Billy Corgan sempre produtivo.

A bagunça interna que se tornou a banda revelou um monstro quase incontrolável e após resultados medianos como Zeitgest (2007), Oceania (2012) e Monuments To An Elegy (2014), em que Billy esteve praticamente sozinho a frente de tudo ou no máximo na companhia de Jimmy Chamberlin, uma única solução parecia ser ideal para ocupar novamente o lugar de protagonismo e entregar um disco grandioso: reunir a formação original.

Após uma guerra de farpas e vários desentendimentos com a baixista D’arcy Wretzky, que se tornaram públicos, os Smashing Pumpkins, para a alegria e esperança dos fãs voltaram a reunir quase toda a sua formação original, com os retornos de James Iha e Jimmy Chamberlin, e lançaram Shiny and Oh So Bright, Vol.1/LP: No Past. No Future. No Sun. 

Billy Corgan ainda não parece estar satisfeito com os resultados que se acostumou numa sequência genial de criatividade nos anos 90 e os fãs aguardam ansiosamente para que isso se repita.

Uma banda que se confunde com os desejos de seu frontman, clássicos que atravessaram a geração dos anos 90, não perderam força nos anos 2000 e um legado importante demais para o rock alternativo.

Assim esperamos para ver o que virá na sequência.