Terceiro trabalho de estúdio dos vanguardistas da Mombojó, Amigo do Tempo trouxe uma banda mais madura – e mais experimental – do que nunca. As ótimas “Papapa” e “Casa Caiada” certamente influenciaram muitas bandas mais recentes da cena nacional.
Com uma das propostas mais legais da música nacional, o Pato Fu usou apenas instrumentos de brinquedos e fez versões sensacionais de grandes sucessos nacionais (“Sonífera Ilha”) e internacionais (“Live and Let Die”) que agradam crianças e adultos.
Puxando a transição da antiga sonoridade mais crua da Fresno para o que viria a ser a fase mais madura da banda, Revanche tem um lugar importante para os fãs do grupo e também, certamente, na trajetória dos caras. O hibridismo de faixas como “Porto Alegre” e “Eu Sei” no meio de outras como “Revanche” e “Die Lüge” virou marca registrada!
Simbolizando ao mesmo tempo a força de vontade e a tristeza do Avenged Sevenfold após perder Jimmy “The Rev” Sullivan, o excelente Nightmare é um dos discos mais viscerais e emocionantes da banda.
A estreia do Best Coast estabeleceu a banda na cena indie pop, especialmente com o single “Boyfriend”. A sinceridade presente nas letras também vem na explicação dos significados, com a frontwoman Bethany Cosentino afirmando que a maioria das músicas fala “sobre maconha e meu gato e ser muito preguiçosa”.
O art rock do Arcade Fire atingiu seu auge quando os canadenses ganharam o Grammy de Álbum do Ano em 2011 por The Suburbs, lançado no ano anterior. Superando nomes como Lady Gaga, Katy Perry e Eminem, a banda colocou um baita ponto de exclamação em seu auge.
O metal brasileiro já teve dias melhores, mas o Angra iniciou a década passada com um belo trabalho. Aqua viu a característica mistura de sons brasileiros com o metal melódico tomar forma novamente, com algumas inovações como a ótima “The Rage of the Waters” e a pancada “Arising Thunder”.
Definitivamente o maior cardápio de hits do ano de 2010, Teenage Dream produziu cinco singles que alcançaram o topo das paradas: “Teenage Dream”, “Last Friday Night (T.G.I.F.)”, “California Gurls”, “Firework” e “E.T.”. O sexto, “The One That Got Away”, atingiu o terceiro lugar. Tá bom ou quer mais?
Apesar de ser considerado um dos discos menos interessantes do Interpol, ainda é um disco do Interpol. O homônimo não foi exatamente aclamado ainda que tenha produzido dois bons singles em “Barricade” e “Try It On”, mas ambas têm sido esquecidas nas apresentações da banda ao vivo.
Se distanciando drasticamente dos trabalhos passados, o Linkin Park ousou com A Thousand Suns e foi recompensado. Boa parte dos fãs abraçou a nova proposta e belas músicas como “The Catalyst” e “Waiting for the End” ainda são muito queridas mesmo após o melancólico fim da banda.
O Weezer está sempre fazendo coisas interessantes e o lançamento de Hurley foi marcado por uma das primeiras estratégias de divulgação envolvendo o YouTube. Além disso, rendeu o sucesso “Memories” – que teve membros do Jackass fazendo backing vocals e aparecendo no clipe. No geral, no entanto, não foi bem recebido pela crítica.
A segunda mixtape de Emicida mostra a sonoridade crua que o cara tinha no início da carreira. Apesar disso, é recheado de participações especiais de muita gente boa como a incrível Xênia França, que aparece em “Isso Não Pode Se Perder” e “Beira de Piscina” (ao lado de Rael).
Em 2010 o Maroon 5 já estava em todas as paradas, e continuou crescendo com o lançamento de Hands All Over, liderado pelo ótimo single “Misery”. Apesar da canção ser um exemplo perfeito do funk pop dos caras, o verdadeiro “boom” veio com a chegada de “Moves Like Jagger”, que foi incluída apenas na versão deluxe do disco.
A Banda de Joseph Tourton é um projeto muito legal de música instrumental de Recife e o disco homônimo de estreia lançado em 2010 mostra todo o potencial do quarteto. Alternando melodias suaves e dançantes e fazendo bom uso de elementos eletrônicos, até hoje é difícil pensar em disco brasileiro sem vocal que seja melhor que esse.
Nenhum álbum do Jimmy Eat World conseguiu – e provavelmente nem conseguirá – chegar ao patamar de Bleed American (2001). Dito isso, Invented foi um bom disco apesar de não ser tão memorável quanto alguns antecessores; o single “My Best Theory”, no entanto, é um dos melhores da banda.
É impressionante ouvir o Bring Me the Horizon de 2010 e o de 2020; para melhor ou pior, a banda mudou consideravelmente. Revisitar o trabalho de uma década atrás nos permite identificar que o BMTH sempre deu sinais de curtir uma experimentação. Na época, no entanto, vemos uma sonoridade bem mais visceral.
Outro que abandonou trabalhos passados, Sufjan Stevens arriscou no experimentalismo e nos elementos eletrônicos ao lançar The Age of Adz. Curiosamente, a obra dividiu opiniões de críticos e deu ao músico seus melhores números de vendas até então.
Nomeado ao Grammy de Melhor Álbum de Rock, Come Around Sundown apresentou um Kings of Leon mais “caipira” do que o extremamente bem sucedido Only by the Night (2008). Nada que tenha atrapalhado a banda: os singles “Radioactive” e “Pyro” mostraram que os caras vieram pra ficar – e estão aí até hoje.
A fórmula do country pop deu muito certo para Taylor Swift com Fearless (2008). Em Speak Now, a coisa foi além e o sucesso foi estrondoso: liderado pelos singles “Mean” e “Back to December”, o álbum teve todas as suas 14 faixas e as 3 faixas bônus nas paradas. Ainda foi nomeado ao Grammy de Melhor Álbum Country!
O disco de estreia do cultuado Marcelo Jeneci saiu em 2010 e entrou nas mais altas posições das listas de melhores álbuns daquele ano aqui no Brasil.
No registro estão parcerias com nomes como Chico César e Arnaldo Antunes.
Ø (Disambiguation) é o único álbum do Underoath a não ter o icônico Aaron Gillespie e, consequentemente, viu muito mais vocais gritados do que nos trabalhos anteriores. Não é um disco exatamente agradável de ouvir, mas é certamente impactante.
Liderado pelo enorme sucesso dos singles “Only Girl (In the World)”, “What’s My Name?” e “S&M”, Loud expandiu a fama de Rihanna ainda mais. O disco foi inclusive nomeado ao Grammy de Álbum do Ano, e rendeu uma das maiores turnês da cantora.
O A Day to Remember virou uma mega sensação dentro da cena punk/pop punk com Homesick (2009); no ano seguinte, What Separates Me From You provou a maturidade sonora da banda e marcou a transição dos caras ao mainstream por meio do single “All I Want”. Até hoje é um dos maiores hinários da mistura do pop punk com o metalcore.
Talvez o melhor disco da última década, My Beautiful Dark Twisted Fantasy viu Kanye West mudar a forma como se enxergava e fazia música. O sucesso comercial do disco foi apenas consequência da genialidade envolvida em sua produção e canções como “POWER”, “All of the Lights” e “Runaway” estão em patamares quase inalcançáveis.
Muito disso se deve também à diversidade de colaborações que o rapper teve; Rihanna, Pusha T, Nicki Minaj, Bon Iver e Jay-Z são só alguns dos nomes presentes na obra.
Muita gente nem imaginava que Danger Days seria o último disco do My Chemical Romance e mesmo com todo o conceito que o envolvia houve muita decepção com o trabalho. No entanto, o quarto disco da carreira do grupo tem bons momentos como “Na Na Na” e “SING” – e, graças à recente reunião, é possível que acabemos recebendo mais material novo para degustar em breve.
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