O último final de semana de Outubro foi recheado de música pesada em Brasília. Como contamos por aqui, o Porão do Rock juntou ótimos nomes e renovou seu legado na capital federal.

Entre essas atrações estava o Escape the Fate. A banda americana entrou de última hora no line-up, pois a data do festival coincidiu com a turnê que passou ainda por São Paulo e Rio de Janeiro. No palco do Porão, a banda resgatou sua nostalgia – e do público presente – ao apresentar show comemorativo de 10 anos do disco This War Is Ours.

Com uma plateia recheada de ex e atuais emos, os americanos não deixaram a desejar. Além de apresentar o disco em questão (quase) na íntegra, adicionou hits como “One for the Road” e “Broken Heart” ao ótimo setlist.

Depois da performance, o quarteto formado por Craig Mabbitt (voz), Kevin “Thrasher” Gruft (guitarra), TJ Bell (guitarra e voz) e Robert Ortiz (bateria) nos recebeu para um papo rápido, mas cheio de conteúdo.

Confira abaixo!

Entrevista com Escape the Fate

TMDQA!: E aí! Como vocês estão? Como foi tocar no Porão do Rock?

Craig Mabbitt: Incrível.

Kevin “Thrasher” Gruft: O melhor!

Robert Ortiz: Eu não estava tão nervoso, mas assim que eu subi no meu estande de bateria e dei uma olhada eu pensei ‘Cacete, isso é um mar de gente’. Meus braços começaram a dar cãibra, eu fiquei com medo. Eu não tinha tido esse sentimento em um bom tempo. Foi muito empolgante ficar nervoso, porque quer dizer que hoje significou algo.

TMDQA!: Isso já era algo que eu ia perguntar. Vocês já tocaram em grandes festivais antes, como o Download e o Rock am Ring. Mas vocês ainda sentem essa mesma adrenalina quando sobem em um palco como esse?

Kevin: Demais, cara! Quando o poder dos nossos instrumentos musicais se juntando manda energia e o público manda energia de volta para nós, é uma cura para todo mundo.

TJ Bell: Nós somos curandeiros. [risos]

TMDQA!: [risos] Alguns de vocês estiveram aqui para a turnê do This War Is Ours, em 2010. Hoje, vocês voltam para o Brasil comemorando 10 anos do álbum. Qual é a sensação de tocá-lo na íntegra agora?

Craig: Cara, é muito gratificante. Poder estar aqui 10 anos depois, visitar lugares novos – essa é a nossa primeira vez em Brasília, o que é irado. Só tenho a agradecer pelas energias positivas.

Novo disco e Rock and Roll

TMDQA!: A gente vive um momento em que muita gente fala que o Rock and Roll está morto…

Kevin: De jeito nenhum, cara! Não tá nem um pouco morto! Você vê bandas como o Five Finger Death Punch. A nossa gravadora, a Eleven Seven, eles estão ativando o rock and roll. Eles assinam bandas como nós, o Bad Wolves que é uma outra banda que acaba de lançar um disco de rock pesado, cheio de solos…

Robert: Mano, eles falam que o rock and roll morreu desde os anos 50.

Kevin: Guns N’ Roses está de volta!

Robert: Ele vive fases, ele evolui, ele muda. Uma banda aparece, faz isso bem, aí um monte de cópias aparecem, aí outra banda muda o cenário e se torna grande, e as cópias aparecem… É um ciclo. Todo mundo tem seu momento, o hip hop, o pop. Às vezes o metal vira pop, às vezes ele volta pro underground e tem que recomeçar, e aí ele volta à superfície maior do que nunca. Então, ele nunca está morto. Ele não pode ser morto, e não pode ser salvo.

TMDQA!: Por fim, queria saber sobre o trabalho mais recente de vocês, I Am Human, de 2018. Vocês enxergam esse álbum como um resumo da carreira de vocês até hoje ou como mais um passo à frente, ainda buscando coisas novas?

Robert: Definitivamente um passo à frente.

Craig: Vamos continuar andando para frente até não podermos mais!

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