Pessoa ouvindo música
Foto: Flickr

IFPI, Federação Internacional da Indústria Fonográfica, lançou a edição 2019 do “Music Listening”, que mostra o comportamento de ouvintes de música.

Nesse novo relatório, os resultados são bem interessantes – ainda que previsíveis. Segundo ele, o público que mais tem migrado para o streaming são os adultos entre 35-64 anos, o que corrobora com o senso comum.

Isso porque a tendência com a implementação de uma nova tecnologia é sempre que o público jovem seja o primeiro a migrar, com essa faixa etária aparecendo apenas em um segundo momento. Em números, o aumento foi de 8% em relação ao mesmo período do ano passado (46% vs. 54%).

Números do relatório

O consumo de música de forma geral aumentou. Enquanto no ano passado gastava-se 17.8 horas semanais, passamos para 18 horas – o equivalente a 2.6 horas diárias ouvindo música, em média.

Dos entrevistados em geral, 54% se disseram fanáticos por música; reduzindo a amostra àqueles entre 16-24 anos, o número sobe para 63%. Destes, 52% utilizam algum serviço de streaming pago (é a faixa etária mais presente neste segmento).

Sobre o streaming em si, 64% das pessoas consultadas usaram algum serviço de streaming de áudio no último mês; a porcentagem sobe para 89% quando se trata de serviços on-demand em geral, pagos ou gratuitos.

Dissecando estes números, vemos o YouTube na liderança abrigando 47% dos ouvintes de música, seguido pelos streamings pagos representando 37% e os outros 16% se distribuindo em streamings gratuitos.

Apesar de tudo, a forma mais popular de ouvir música ainda é o rádio, com uma parcela de 29%, seguido de perto pelos smartphones em segundo com 27%. Já a melhor atividade para ouvir música parece continuar sendo enquanto dirige, com 70% das pessoas declarando que o fazem, seguido por ocasiões caseiras como momentos em que estão relaxando (64%) e cozinhando/limpando (51%).

“Pirataria ainda é uma grande preocupação”, diz diretor do IFPI

Em entrevista à Billboard, no entanto, o diretor de análise e discernimento do IFPI David Price fez ressalva sobre a presença ainda bem grande da pirataria na indústria:

A pirataria ainda é uma grande preocupação. Nós sempre dissemos que há duas grandes coisas que precisamos cuidar na pirataria. Uma é tornar muito mais difícil os serviços ilegais e a segunda é tornar o acesso à música licenciada o mais fácil possível. Em ambas as áreas, estamos tendo muito sucesso.

De acordo com a pesquisa do IFPI, 27% das pessoas ainda usam formas não licenciadas de ouvir ou fazer download de músicas, com 23% admitindo usar serviços de stream ripping, conhecidos por burlar os sistemas dos serviços de streaming para realizar o download ilegal das músicas.

O relatório foi feito com base em 34.000 usuários entre 16-64 anos em 21 países. O Brasil esteve na lista da pesquisa, além de países como Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e Canadá. A escolha se deu por esses 21 países representarem 92% da receita global de música gravada em 2018.

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