Ana Vilela
Foto: Divulgação / Som Livre

A não ser que você tenha ficado escondido dentro de uma caverna em 2017, você certamente já ouvir falar de Ana Vilela. Na época, a cantora paranaense ganhou o coração de todos com “Trem-Bala“.

A canção, cuja letra ressalta a importância de aproveitar a vida, viralizou pelo Brasil inteiro. Assim, Ana foi projetada e conquistou até uma parceria com seu ídolo Luan Santana. Isso, é claro, sem citar os remixes e os vídeos compartilhados por celebridades ao som de “Trem-Bala”, música que apenas prova o potencial de Ana enquanto compositora.

Passados 2 anos do lançamento de seu homônimo disco de estreia, Ana nos presenteou com seu segundo disco Contato, já disponível em todas as plataformas digitais.

 

“Foi muito natural essa mudança”

Contato, que também foi lançado pelo selo Slap, adiciona não apenas novas músicas, mas também novos elementos sonoros ao repertório de Ana. Enquanto o disco de estreia focou na estética voz-e-violão, agora a cantora passou a explorar novos caminhos através do uso de beats eletrônicos, o que a aproxima da sonoridade de nomes como Tiago Iorc e Melim.

Mas não é nada destoante ou infiel à sonoridade que fez de Ana um fenômeno viral. Muito pelo contrário, a sensação é a de que a cantora quis ir além, explorando um fértil terreno do pop good vibes que hoje chama a atenção. Não à toa, o disco conta com as participações especiais de Vitor Kley e do grupo 3030.

A cantora respondeu algumas perguntas nossas sobre o novo disco e a sobre a nova fase de sua carreira. Confira abaixo e, é claro, ouça Contato:

Ana Vilela
Foto: Divulgação / Som Livre

TMDQA!: O mundo se apaixonou por você quando “Trem-Bala” viralizou. É uma música que conquistou pela simplicidade e pela beleza nos detalhes. O que mudou na sua vida desde então? Você esperava aquela repercussão toda?

Ana Vilela: Mudou a minha vida toda, com certeza. “Trem-Bala” foi um divisor de águas e não tem um dia que eu não agradeça por tudo o que acontece na minha vida. Eu cresci, conheci histórias lindas de pessoas incríveis através dessa música, e nada nesse mundo paga isso.

TMDQA!: Como você vê a sua evolução enquanto artista nesse tempo todo?

Ana: Viver essa profissão me fez crescer muito pessoal e profissionalmente. Todo dia é um aprendizado e hoje, eu vejo que sou muito mais segura no palco, me comunico melhor e componho com mais clareza. É diferente daquela menina toda tímida que entrou no palco do Caldeirão (do Huck) há 3 anos. Ainda tenho muito, muito mesmo, o que crescer, mas olhando para trás dá para notar uma mudança gigante.

TMDQA!: Contato traz novos elementos à sua sonoridade. Vemos mais beats, mais elementos eletrônicos, mas as músicas não perdem a sua característica atmosfera solar. Como isso foi desenvolvido?

Ana: Eu queria fazer músicas que conversassem com pessoas como eu. Em um certo ponto, percebi que a arte que eu estava entregando para o mundo não era necessariamente a que eu mais gostava de ouvir ou produzir, então foi muito natural essa mudança. Foi mais uma busca de quem eu sou como artista, e meus empresários e produtores me ajudaram a encontrar exatamente o que eu queria sem assustar o público e sem continuar no mesmo lugar. Tá sendo incrível.

 

“Faça o que você ama”

TMDQA!: Como se deu a ideia de gravar com Vitor Kley e com o 3030?

Ana: Quando ouvimos a “Rolê“, pensamos logo no Vitor. Acho ela muito solar e “good vibes”, bem do jeitinho dele. Fizemos o convite e eu fiquei feliz demais dele ter topado. Ele é um doce e é muito generoso. Já a “Fala” eu escrevi sem nem tocar o violão, só como eu imaginava que seria. Então fomos construindo o arranjo aos poucos e no meio do processo a gente descobriu que ela precisava de um rap. Na hora, pensamos no 3030, que um grupo é incrível demais e do qual eu sou super fã. Marcamos uma reunião com eles, mostramos o som e eles amaram e já começaram a escrever lá mesmo. A gente deu certo demais (risos).

TMDQA!: Com que outros artistas já se imaginou gravando?

Ana: Ah, pode sonhar ilimitado? Acho que no Brasil eu queria muito um feat com o Baco Exu do Blues. Acho ele fantástico e inteligente. Fora do país, eu escolheria o Ed Sheeran, porque ele é o Ed Sheeran (risos).

TMDQA!: Que dica você daria para um artista que queira tentar a sorte no mundo da música?

Ana: A dica mais clichê e ainda assim a maior verdade que existe: faça o que você ama. É uma profissão que, por mais que seja maravilhosa, pode ser muito difícil. Se tudo não for feito com muito amor, às vezes a gente não aguenta. O mais lindo e o que mais toca as pessoas na música é quando ela passa verdade. Tem que vir de dentro.

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