Olhos Que Condenam, série da Netflix

19 de Abril de 1989: há 30 anos uma mulher chamada Trisha Meili, então com 28 anos de idade, corria pela região do Central Park em Nova York quando foi atacada e estuprada.

Nos meses seguintes, um dos casos mais lamentáveis da história do sistema judiciário norte-americano iria se desenrolar em função do crime, já que cinco jovens (quatro negros e um latino) foram acusados injustamente de terem participado da ação.

Na noite de 19 de Abril, um grupo de 30 pessoas entrou no parque e cometeu uma série de crimes, assaltando pessoas que estavam por lá, roubando bens do parque e cometendo atos de violência sexual, como foi o caso de Trisha, que ainda foi espancada e torturada de forma tão covarde que as autoridades tinham certeza de que ela iria morrer por conta de múltiplas fraturas, hipotermia e perda de quase 80% do sangue.

Os Cinco do Central Park

Cinco garotos que estavam por ali aquela noite foram acusados de terem participado do estupro e mesmo tendo alegado que não participaram, foram condenados sem provas de que teriam feito o ataque a Trisha, uma mulher branca.

Após mais de uma década na prisão, eles foram soltos em 2002 pois testes de DNA confirmaram que eles realmente não eram culpados do que vinham sendo acusados.

Olhos Que Condenam

https://www.youtube.com/watch?v=InMokMK3ji4

Na última Sexta-feira, dia 31, estreou na Netflix uma série chamada Olhos Que Condenam, que tem quatro episódios e é baseada justamente nesse caso, que escancara a discriminação racial presente nos Estados Unidos há tantas décadas e, infelizmente, vista até hoje.

De acordo com o Estadão, a ex-promotora Linda Farstein, responsável pela acusação injusta, ainda pode perder o atual emprego já que de forma irônica e triste, está há mais de duas décadas em uma ONG voltada a minorias chamada “Safe Horizon”.

Após ficarem sabendo do caso pela série, os funcionários da instituição se revoltaram e pediram a sua saída.

Olhos Que Condenam (“When They See Us” na versão original) foi criada por Ava DuVernay, conhecida pelo seu trabalho em Selma (2014), aclamado filme que a transformou na primeira diretora negra a ter um filme indicado para a categoria de Melhor Filme no Oscar.

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