Bran Stark em Game of Thrones
Foto: Divulgação/HBO

Acabou. Game of Thrones chegou ao fim após 8 anos.

Foi ao ar na noite deste domingo (19), pela HBO, o desfecho de uma das maiores séries do entretenimento, fenômeno de audiência e crítica — pelo menos na maior parte do tempo. Para seu grande final, não foi o caso.

Nos últimos dias, fãs do seriado chegaram a fazer um abaixo assinado pedindo para que a temporada final fosse refeita. Os acontecimentos dos últimos episódios não agradaram àqueles que têm acompanhado a trama desde o começo, mas o ato parecia um pouco precipitado. Afinal, nem havíamos assistido ao último episódio! Mas a previsão estava correta.

Em sua instalação final, Game of Thrones mostrou um roteiro por ora previsível, cumprindo a promessa de dar um fim fraquíssimo à sua personagem melhor desenvolvida até então. No final das contas, Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) não chegou de fato a virar a Rainha Louca dos Sete Reinos, não chegou a virar rainha nenhuma. Antes que pudesse se sentar no Trono de Ferro, foi morta por Jon Snow (Kit Harington), que mais prometeu do que cumpriu durante sua jornada. Um fim sem ponta para a Mãe dos Dragões, que merecia ao menos uma morte mais emocionante — e por alguém mais competente.

A emoção, portanto, ficou por conta de Drogon, seu único “filho” vivo. Queimou o Trono de Ferro (por que não pensaram nisso antes?) mas, como nada é perfeito, poupou a vida do assassino de sua mãe. Se a misericórdia por parte do monstro indicou que talvez Snow ainda pudesse ter uma reviravolta e ser fundamental para o desfecho, enganou.

A reviravolta na verdade foi uma das piores. Em um momento até cômico durante o episódio, onde os lordes dos reinos se reúnem para escolher o novo rei (democracia? Eleições? O que está acontecendo aqui?), quem fica com o Trono de Ferro imaginário é Bran Stark (Isaac Hempstead-Wright). Agora apelidado de O Quebrado por sua condição física, o Corvo de Três Olhos é eleito como a melhor opção para o governo, já que sabe tudo sobre o passado — e sabia também um pouco do futuro, já que afirmou saber que esse seria seu destino. Difícil de engolir, vista a jornada do personagem que o levava em todas as direções, menos esta. Mas aconteceu.

Para descontentamento daqueles que ainda acreditavam na essência “dedo no c* e gritaria” de Game of Thrones, Bran não revelou ser o Rei da Noite no fim das contas. Teria isso salvado uma temporada inteira? Uma pena que nunca saberemos.

Sansa Stark (Sophie Turner) foi a que teve o único desfecho mais próximo de justo na história, já que se tornou, finalmente, a Rainha do Norte. Enquanto isso, Arya Stark (Maisie Williams) foi desbravar o desconhecido… e só. A personagem que mais se preparou para um grande final, acabou esnobada em um roteiro mal costurado e preguiçoso, e foi embora.

Sem morrer e sem fazer mais nada de grandioso, Jon Snow acabou voltando para Castelo Negro, ao lado de seu Fantasma, para se juntar a uma espécie de nova Patrulha da Noite — o prometido, o digno do Trono de Ferro deu um giro 360° e voltou para onde começou. Não que tenha merecido mais que isso.

Parece justo?

O futuro (e o passado) de Game of Thrones

Quer tenha gostado ou não desse final, Game of Thrones não acaba de fato hoje.

Quatro séries spin-off da franquia já foram confirmadas — incluindo uma que servirá como prequel, abordando contos mais antigos de Westeros. Ao mesmo tempo, o último episódio desta temporada deixou algumas brechas abertas para que mais histórias sejam contadas a partir daqui.

Como tudo isso vai se desenrolar, ainda mais após a reação dos fãs e da crítica a este final, é algo que teremos de esperar para ver.

Todas as temporadas de Game of Thrones estão disponíveis na HBO GO.

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