O último final de semana foi bastante agitado para Kanye West.
O rapper participou do programa de televisão Saturday Night Live e por lá usou um boné com a frase “Make America Great Again”, igual ao utilizado pelo presidente do país, Donald Trump, em toda sua campanha.
Ao publicar uma foto sua em um jatinho para mostrar o boné ao mundo, ele começou falando que a mensagem representa o lado bom do país e aí começou um discurso bizarro sobre como a décima terceira emenda à Constituição, aquela que garantiu o fim da escravidão nos EUA, deveria ser abolida:
Isso representa o bem e a América se tornando uma só novamente. Não iremos mais terceirizar para outros países. Construímos fábricas aqui na América e criamos empregos. Iremos dar empregos para todos que estão livres da prisão enquanto abolimos a décima terceira emenda. Mensagem enviada com amor
Como não poderia deixar de ser, Kanye recebeu uma enxurrada de críticas, incluindo de celebridades como o ator Chris Evans e a cantora Lana Del Rey, e tentou explicar melhor sua ideia, mas não foi lá muito convincente:
A décima terceira emenda é a escravidão disfarçada. Isso significa que ela [escravidão] nunca acabou. Somos a solução que cura
Abolir não, mas vamos fazer uma emenda na décima terceira emenda. Nós aplicamos as opiniões de todo mundo à nossa plataforma
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Kanye fala do tema, já que recentemente ele deu uma entrevista e disse que a escravidão era “uma escolha” dos povos que foram escravizados.
Na mesma época, foi publicada uma lista com todo mundo que deixou de seguir Kanye West após seus elogios a Donald Trump.
Além de virar alvo de críticas por conta do comentário, West (ou Ye, como ele diz que será chamado agora) também causou nos bastidores do SNL.
Após a apresentação que efetivamente foi ao ar, ele passou a falar em uma participação final sobre como as pessoas ali estariam praticando bullying com ele por conta do boné que estava usando.
West também elogiou Donald Trump, criticou a mídia “de esquerda” e ainda disse que “se fosse um cara preocupado com o racismo, teria deixado os EUA há muito tempo.”
Isso fez com que atores que estavam ali, como Adam Driver (que apresentou o programa), deixassem o palco antes do final da sua performance.