8 bandas brasileiras que fazem bonito no shoegaze

Gênero criado no final da década de 80 ganhou notoriedade no underground brasileiro nos últimos anos

Loomer
Foto: Facebook da Loomer

Olhares fixos ao próprio tênis: das características tímidas comuns em seus integrantes nasceu o termo shoegaze, que acabou definindo um gênero musical que surgia no final dos anos 80.

Encabeçado por bandas como My Bloody Valentine,The Jesus And Mary Chain e Slowdive, as guitarras distorcidas combinadas com suaves melodias vocais em volumes baixos, quase beirando o ruído, dando uma ambiência etérea para o som, criaram um estilo muito popular até a metade dos anos 90.

E já é sabido que estilos musicais dos anos 90 vêm cada vez mais sendo revividos na nossa música atual: os famosos revivals já aconteceram com o grunge, com o hardcore e até mesmo com subgêneros do hip-hop.

Aparentemente o shoegaze é o revival da vez. Com o retorno de grandes nomes da cena, novas bandas apostam no estilo para expressar a sua sonoridade, e no Brasil isso não é diferente. Pode-se até dizer que o shoegaze é uma das novas forças do rock nacional, ocupando um espaço significativo entre os roqueiros dessa geração.

Para contextualizar essa cena, separamos 8 bandas que vem se destacando no underground nacional e que se utilizam do shoegaze e de suas variáveis.

gorduratrans

Destaque na cena, a banda carioca gorduratrans vem encantando os fãs do shoegaze no Brasil desde seu primeiro álbum, Repertório Infindável de Dolorosas Piadas (2015). Conhecidos pelo que chamam simplesmente de “rock triste”, a banda continua bem sucedida no underground com seu segundo disco, Paroxismos (2017).

 

Lupe de Lupe

Ganhando cada vez mais atenção, os mineiros da Lupe de Lupe até desviaram um pouco do shoegaze no seu último álbum, Quarup (2014), que flerta com punk e o pós-punk, mas os anteriores Sal Grosso (2012) e Recreio (2011) mostram características genuínas do estilo. Com uma sonoridade cada vez mais noise, a banda retornou em 2018 com os singles “Terra” e “O Brasil Quer Mais” e com certeza merece um espaço nessa lista.

 

Loomer

Outro representante do Rio Grande do Sul é a Loomer, com muito mais tempo de estrada, a banda traz um shoegaze raiz, digna referência de My Bloody Valentine (inclusive, o nome da banda deriva de uma canção dos caras). O seu mais recente álbum Deserter (2017) é uma mostra do melhor que esse gênero pode oferecer.

 

terraplana

Com apenas um álbum de estúdio, Exílio (2017), a banda curitibana traz uma ótima mistura de shoegaze com post-rock. Vale conferir!

 

Terno Rei

Mostrando elementos do que chamam de noise pop, os paulistas da Terno Rei já trazem dois registros, Vigília (2014) e o mais recente Essa Noite Bateu Com um Sonho (2016), sendo uma das bandas mais cultuadas desse cenário.

 

eliminadorzinho

Outro destaque da capital paulista é a eliminadorzinho. O trio tem um som pesado e agressivo com poucas pausas para riffs mais cadenciados que logo explodem freneticamente na sua cara. Com três EPs desde 2016, a banda é uma das grandes promessas do shoegaze nacional.

 

Luziluzia

Nos últimos anos, é difícil falar de qualquer cenário musical sem ter algum representante de Goiânia, e a Luziluzia é a que se encaixa nessa lista. Formada por dois membros do Boogarins e mais dois da Carne Doce, a bandas é psicodélica, etérea e noise na medida certa para um bom shoegaze.

 

maquinas

Por último, mas não menos especial, ficam os cearenses da maquinas. A banda traz os elementos básicos do shoegaze com um som muito bem trabalhado, com experimentações que lembram o pós-punk e até o post-rock. O seu álbum Lado Turvo, Lugares Inquietos (2016) é um trabalho de se ouvir com muita atenção!

 

Além da proposta sonora, nomes cômicos e uma visão pessimista da vida cotidiana mostram um padrão nessa cena, que aparenta um tom de descompromisso na sua proposta, tratando a música de método mais recreativo.

Talvez esse ar despretensioso seja o que atrai no revival do shoegaze no Brasil. Demonstrar esse desinteresse em meio a uma época onde tudo é tão urgente e importante pode ser uma válvula de escape para essa geração que ainda busca no rock sua forma de expressão.

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