Woody Allen acredita que deveria ser um modelo para o movimento #MeToo

Mais uma polêmica para Woody Allen. Em recente entrevista, o diretor afirmou que deveria ser "uma referência" para o movimento feminista #MeToo.

Foto: Flickr/@rasdourian
Foto: Flickr/@rasdourian

Woody Allen ícone feminista? Aparentemente, foi isso que o diretor sugeriu em uma entrevista recente.

Ao conversar com o jornal argentino Periodismo Para Todos (via Variety), Allen afirmou que deveria ser o “garoto propaganda” do movimento #MeToo — que tem exposto e denunciado diversos casos de abusos sexuais em Hollywood. O motivo? Nenhuma atriz nunca o denunciou por assédio em toda sua carreira.

Eu trabalho com filmes há 50 anos. Trabalhei com centenas de atrizes, e nenhuma — nem as grandes e famosas, ou as que estão começando — chegou a sugerir qualquer comportamento inapropriado. Sempre tive um ótimo histórico com elas.

Sim, ao que tudo indica, Woody Allen quer reconhecimento por não fazer mais do que sua obrigação.

Vale lembrar que, nos anos 90, sua ex-mulher Mia Farrow o acusou de abusar da filha adotiva do casal, Dylan Farrow. À época, as investigações não provaram que o diretor era culpado. E esse é outro argumento que Allen usou para se defender.

Pessoas que foram acusadas por 20, 50, 100 mulheres de abuso e abuso e abuso — e eu, que só fui acusado por uma mulher durante uma batalha pela custódia de criança, o que foi investigado e provado como mentira, sou misturado com essas pessoas.

Palmas.