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Rage Against The Machine: um ranking do pior ao melhor álbum

O Rage Against The Machine é um daqueles grupos onde é muito difícil apontar um disco da carreira que seja ruim.

Tudo bem que são só quatro títulos na curta e explosiva discografia da banda, mas chamar um deles de “pior” chega a ser até uma blasfêmia.

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Acontece que aproveitamos a declaração de Brad Wilk sobre como “nada o faria mais feliz que volta da banda”, e pegamos a caneta e o papel, arregaçamos as mangas e começamos a listar os discos da banda por aqui para fazer um exercício de comparação, e logo abaixo segue a nossa opinião a respeito do trabalho do Rage.

Concorda? Discorda? Faria completamente diferente? Deixe seu comentário ao final do post!

 

4 – Renegades (2000)

Essa talvez seja a decisão mais fácil da lista toda.

Em 2000 o Rage Against The Machine estava prestes a acabar e o que aparenta ser uma obrigação contratual transformou-se em Renegades, um disco de covers.

A ideia é incrível, com versões de nomes como MC5, DEVO, Minor Threat, Bruce Springsteen e até The Rolling Stones.

A execução, porém, não é das mais inspiradas, e o último trabalho da banda até hoje é uma despedida um tanto quanto amarga.

 

3 – The Battle Of Los Angeles (1999)

A gente sabe, The Battle Of Los Angeles é incrível, e muita gente considera essa como a verdadeira despedida da banda um ano antes de se desfazer.

Com sons como “Guerilla Radio”, “Sleep Now In The Fire” e “Testify”, o álbum é mais um grande posicionamento político e sonoro da banda que foi um dos principais nomes dos anos 90, e aparece entre os grandes discos da década.

Acontece que o próximo álbum da lista também causou esse impacto, mas de uma maneira um tanto quanto singular.

 

2 – Evil Empire (1996)

Em 1996 havia uma expectativa gigantesca em cima da banda para que ela lançasse o seu segundo álbum e ele veio na forma de Evil Empire.

A pressão em cima de qualquer artista para que ele cumpra as expectativas de ter tanto sucesso quanto no início de uma carreira explosiva é gigantesca, e o Rage Against The Machine resolveu se enfiar em um estúdio minúsculo para gravar tudo com a mais sincera energia possível, típica da banda em seus shows.

O resultado é um disco que não tem uma variedade enorme de hits, já que dá pra falar que apenas “Bulls On Parade” é “popular” entre as grandes plateias, mas a sua coesão é fenomenal e uma das mais interessantes na discografia.

A forma como o disco se encaixa é quase perfeita e mesmo tendo mais de 45 minutos de duração parece que ele passa rápido como um tiro.

O impacto foi enorme, a banda chegou ao topo das paradas e ainda continuou com a tradição de provocar em suas capas, usando uma ilustração feita por Mel Ramos para um personagem chamado “Crime Buster” e trocando essa expressão por “Evil Empire”, que era como o presidente dos EUA, Ronald Reagan, chamada a União Soviética.

Pedrada.

 

1 – Rage Against The Machine (1992)

Poucas vezes na história do Rock And Roll uma estreia foi tão celebrada como Rage Against The Machine no início dos anos 90.

O álbum homônimo da banda de Los Angeles nos apresentou a sonoridade única e incrível que quatro músicos de origens distintas conseguiram agregar e trouxe verdadeiros hinos como “Killing In The Name” e “Bullet In The Head”.

Coeso em suas dez faixas, mostra uma banda que apresentou ao mundo algo que ninguém estava fazendo, e por isso teve muito sucesso.

O dedo na ferida veio desde cedo e ao mesmo tempo em que a banda conquistava o mundo com as suas canções, digna de nomes do mainstream, ela criticava o governo, os políticos, a KKK e quem mais representasse ideais retrógrados e fosse contra os caminhos pedidos pela população.

Em um período onde Los Angeles vivia um complexo clima de tensão por causa da violência policial, principalmente contra negros e latinos, a banda fez jus ao nome que começa com “Rage” e transformou toda a sua raiva em algo produtivo, com espetáculos viscerais em cima do palco e fora dele, nos clipes, nas canções de estúdio, nas entrevistas e nas intervenções que fazia mundo afora.

Além disso tudo, vale sempre ressaltar que a capa traz uma foto verdadeira de um monge que morreu em chamas para defender a paz, como a gente falou por aqui anteriormente.

26 anos depois o primeiro disco do Rage infelizmente parece atual como nunca, e é esse grito por mudança e um pedido claro para que todos acordem que nos apresentou a uma banda tão importante para a música como um todo.

Do Pior Para o Melhor

Você pode ver outras listas onde fizemos rankings de discografias de bandas e artistas clicando aqui.

Published by
Tony Aiex