Muse em 2015 (Matt Bellamy)

A cultura está sempre em constante mudança. Isso inclui alterações nas formas de se fazer filmes, livros e música, fora os próprios hábitos da sociedade.

O vocalista da banda Muse, Matt Bellamy, concorda com isso. E resolveu dar um exemplo bem específico, que diz respeito à esfera cultural onde atua: guitarras. Isso porque, para ele, a guitarra anda perdendo a cada dia a sua importância no mundo da música.

Em depoimento ao veículo britânico BBC, Bellamy explicou seu pensamento:

A guitarra se tornou um instrumento de textura. Não é mais o instrumento principal, como antes. Mas eu acho que isso é uma coisa boa. O mais interessante da música nesta época em que estamos vivendo é que você pode misturar sonoridades clássicas com hip-hop e com rock na mesma canção.

Seguindo essa linha, Matt ainda disse que “como uma banda de rock, você está levemente com um pé no passado tocando instrumentos como guitarra, baixo e bateria”.

É um fato, por exemplo, que o rock perdeu o seu espaço como gênero dominante para o pop e para o hip-hop. Isso pode ser comprovado pelas paradas de sucesso e pelas cerimônias de premiações musicais. Isso sem mencionar que a Gibson, uma das mais famosas fabricantes de guitarra do mundo, corre riscos de declarar falência.

 

A sonoridade do Muse

Colocando sua própria banda como exemplo, Bellamy acredita que o Muse sobreviva por estar sempre prestando atenção no que está acontecendo no cenário. Para ele, a mistura de gêneros é o que mais atrai a nova geração de ouvintes de música (e consequentemente a indústria fonográfica).

O vocalista defendeu ainda que antigamente as pessoas se identificavam com a ideia do gênero. E isso não apenas dizendo respeito à musica, mas a tudo relacionado à cultura, o que inclui desde vestimenta até ciclos sociais.

No entanto, ele afirma que agora o cenário é outro:

Sinto que essa época chegou ao fim, e o que é interessante sobre a música hoje em dia não diz respeito apenas às misturas de estilo, mas também às misturas de gerações. Uma artista como Lana Del Rey, por exemplo, faz uma música que soa como se tivesse sido gravada na década de 50, mas a letra fala sobre videogames. É um momento interessante para mistura de eras e para criar algo atemporal, não associado a nenhuma época específica. Se torna algo volátil e diferente.

O Muse lançou recentemente o clipe para seu mais novo single, “Thought Contagion“. A canção integrará o novo álbum da banda, sucessor de Drones, de 2015.

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