Amanda Ramalho é uma figura incrível.
A apresentadora esteve durante longos anos no programa de televisão Pânico Na TV, assim como a sua versão da rádio Jovem Pan, mas recentemente ficou bastante próxima do mundo musical com seu canal no YouTube.
Por lá entrevista muita gente ligada ao rock nacional e pessoas que têm seu passado ou seu presente ligados ao assunto que tanto amamos, como jornalistas, colegas apresentadores e mais.
No festival TMDQA! do ano passado, em Abril, ela foi até lá e fez dois especiais incríveis com as bandas, e agora pedimos para ela quais foram os dez discos que mudaram a sua vida das mais diferentes formas.
De Foo Fighters a Tame Impala passando pelos Racionais MC’s, Amanda abriu o coração e nos disse quais são os álbuns. Veja a lista logo abaixo.
A partir desse disco comecei a me definir como “roqueira”. Eu, apenas uma menina da periferia de São Paulo, agora tinha o disco físico da banda que mais amei na adolescência. Depois desse disco conheci os trabalhos antigos e eles me fizeram pensar e agir como uma “roqueira” (ou pelo menos era o que eu achava haha).
Apesar do Red Hot Chili Peppers ter sido a banda que eu mais venerei por muito tempo, sempre me identifiquei com o lifestyle do grunge. Nunca gostei de roupas apertadas, eu não me encaixava no padrão. Eu só usava camisetona e tênis All Star. Eu não queria ser vista como o Kurt Cobain e até mesmo o Eddie Vedder. Eu ouvia isso muito alto. Recentemente me peguei pensando: como eu aguentava ouvir isso no talo? Adolescente é um bicho estranho.
Nessa mesma fase descobri o The Colour And The Shape. A última música [“New Way Home”] me deixava em êxtase. Lembro da primeira vez que ouvi, senti uma alegria misturada com angústia, foi lindo. Foo Fighters foi importantíssimo pra mim. Nessa época eu já não era mais grunge completa, eu já me permitia ser fofa e às vezes sorrir (risos).
Disco de rock perfeito. Nesse momento eu elegi a minha nova banda favorita.
Ouvi esse disco loucamente, foi na época que eu me dei conta de onde eu morava. Sou do Capão Redondo que nem eles e a música que diz “O mundo é diferente da ponte pra cá” é a maior verdade já proferida pelos mestres. Orgulho de mais. “Só quem é de lá sabe o que acontece.”
Descobri esse disco tarde porque tudo que eu tinha ouvido do John anteriormente era “avançado” demais pra mim. Ele é muito único, né? O John é especial e esse é o meu disco favorito dele.
Era a época do MySpace. Esse cara me impressionou. Era uma felicidade imensa e saíam florzinhas de mim.
Acredito que esse não seja o favorito dos fãs do Radiohead mas para mim esse disco é lindo. O álbum é todo pra cima, sei lá, eu ficava feliz. Me sentia representada (risos).
Mesma época do Mika. Causava um sentimento muito bom, eram músicas “coloridas”. Surgia uma nova Amanda?
É de 2015. Recente mas nem tanto, esse disco também me impactou. Talvez eu tenha deixado a Amanda do grunge para trás. Eu me empolgo com a sinestesia. Tentei até pensar em um disco mais atual mas seria injusto não citar esse aqui.