Chega a ser um pouco óbvio dizer que um show de Paul McCartney é incrível, mas fica difícil usar qualquer outro adjetivo mais neutro.
Em sua 22ª apresentação no Brasil — e segunda da atual turnê One on One por aqui –, Macca lotou o Allianz Parque neste último domingo (15), em São Paulo, com fãs de todas as idades e países. A grade da pista premium estava quase que milimetricamente dividida: no meio, fãs mais jovens espremidos para ver de perto o ídolo. Nas laterais, adultos e idosos em um espaço mais confortável e sem muito empurra-empurra.
Com o estádio já cheio, Sir Paul subiu ao palco exatamente às 21h já mandando pedrada: “A Hard Day’s Night”, música dos Beatles que não era tocada por nenhum dos integrantes ao vivo desde 1965 até o início da nova turnê do músico, abriu a apresentação já emocionando os milhares de fãs no Allianz e deixou claro qual seria o humor da noite.
Seguindo com “Junior’s Farm”, do Wings, e emendando com “Can’t Buy Me Love”, Macca deu o pontapé a suas várias interações com o público naquela noite, quase todas em Português. Antes de algumas canções, como as belíssimas “My Valentine” e “Maybe I’m Amazed”, Paul explicou na nossa língua que as músicas eram dedicadas à sua atual esposa e à sua falecida esposa, Linda McCartney, respectivamente.
O setlist seguiu com “Love Me Do”, “And I Love Her” e “Blackbird”, esta última em uma plataforma que levou Macca às alturas e não deixou um olho sequer sem lágrimas naquele estádio. Depois vieram “Here Today”, “Queenie Eye”, “FourFiveSeconds” e mais uma rodada de clássicos dos Beatles com “Eleanor Rigby”, “I Wanna Be Your Man”, “Something”, “A Day In The Life” e “Ob-La-Di, Ob-La-Da”. Em músicas do Wings, como “Band On The Run” e a (literalmente) explosiva “Live and Let Die”, a plateia exibiu papeis com o símbolo da banda.
Para encerrar a primeira parte do show, Macca mandou grandes favoritas do público, “Let it Be” e “Hey Jude” — esta última com um flashmob patrocinado com plaquinhas de “Na na na”. Nesta canção, inclusive, Paul pediu para que “só os manos” cantassem um trecho, e depois “só as minas”. Sim, com estas exatas palavras.
O bis chegou e trouxe “Yesterday”, “Helter Skelter”, “Birthday” — dedicada aos aniversariantes do dia — e encerrou uma apresentação fantástica de três horas com “The End”.
Paul McCartney, só temos uma coisa a dizer: já pode voltar todo ano!
Setlist