Foto: Divulgação

Colaboração de Tony Aiex

O The Get Up Kids está quase desembarcando no Brasil pela primeira vez após uma longa espera de 22 anos.

A banda, que foi formada em 1995 e se tornou uma das mais influentes da cena emo no início dos anos 2000, chega por aqui logo no comecinho de Setembro e passa por São Paulo (02), Porto Alegre (03) e Belo Horizonte (05).

Com os shows dos caras já batendo na porta, conversamos um pouco (mesmo, já que ele foi sucinto nas respostas) com o vocalista Matt Pryor sobre a turnê brasileira, reunião, sonoridade nova e muito mais.

Confira!

TMDQA!: Depois de décadas, vocês finalmente virão ao Brasil pela primeira vez! Como é isso de ser uma banda por longos 22 anos e ainda ter a chance de tocar suas músicas ao redor do mundo?

Matt Pryor: Estamos tentando ir ao Brasil por muito tempo, então estamos bastante ansiosos para chegar aí. Sempre tentamos tratar nossas turnês como se fossem férias pagas, queremos ver as paisagens [brasileiras].

TMDQA!: Depois de lançar dois dos mais influentes álbuns emo da história, Four Minute Mine (1997) e Something To Write Home About (1999), a sonoridade de vocês teve uma pegada mais alternativa em On a Wire (2002) e Guilt Show (2004), e as pessoas geralmente consideram que sejam duas eras distintas da banda. Como foi na época procurar por um novo som e escrever músicas diferentes depois de tanto sucesso com STWHA e a sonoridade que virou uma marca registrada?

Matt: Sempre sentimos que, se você quer estar em uma banda por um período longo de tempo, você precisa evoluir e tentar coisas novas. Se não, se torna apenas seu “emprego”.

TMDQA!: Já se foram seis anos desde o lançamento de There Are Rules, seu último álbum, e ele soa como se fosse feito por uma banda completamente diferente. Depois de voltar do hiato em 2008, como foi se reunir novamente e criar novas canções? Vocês estão trabalhando em um disco novo?

Matt: O Rules é bem esquisito. Eu ainda acho que há ótimas músicas naquele álbum, apesar de tudo. Estamos escrevendo canções novas, só que é bem difícil reunir todo mundo no mesmo lugar.

TMDQA!: Você e o Jim [Suptic] estão tocando em uma nova banda chamada Radar State, que nos lembra bastante do estilo emo/pop-punk de álbuns dos anos 90 e remete também à sonoridade do Four Minute Mile. Como essa banda surgiu? Vocês estavam tentando “voltar às raízes” com ela? Não há mais espaço para este tipo de som no The Get Up Kids?

Matt: Jim me perguntou, “você quer começar uma banda punk com [Josh] Berwanger (The Anniversary)?” e eu disse “sim”. E aí nasceu o Radar State.

TMDQA!: Você esteve lançando ótimos álbuns solo por um bom tempo, além da ótima discografia com o The New Amsterdams. James [Dewees] também surgiu com algo novo em 2013 no álbum incrível do Reggie And The Full Effect, e o Rob Pope está no Spoon. Como que o TGUK se encaixa no meio de todos estes projetos paralelos?

Matt: A nossa agenda é um pesadelo. Mas a gente se planeja beeem antes de fazer qualquer coisa, então sempre conseguimos encaixar a banda nos nossos tempos.

TMDQA!: Vocês se separaram em 2005, o ano que a internet começou a virar de ponta cabeça a indústria da música. Quando voltaram em 2008, quais diferenças vocês notaram desde quando iniciaram o grupo e, principalmente, desde o lançamento dos dois primeiros álbuns?

Matt: Essa é uma grande pergunta. No mais, a internet basicamente destruiu e depois reconstruiu a indústria da música. É muito mais fácil de se comunicar com as pessoas agora, o que é uma bênção e uma maldição ao mesmo tempo.

TMDQA!: E para encerrar, o que podemos esperar dos shows aqui no Brasil?

Matt: Que eles serão divertidos pra caralho.

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