Layne Staley
Foto: Reprodução/YouTube

O icônico vocalista Layne Staley iria completar 50 anos de idade na próxima terça-feira (dia 22) se não fosse uma trágica overdose de heroína e cocaína que tirou sua vida em 2002.

Para não deixar a data passar em branco, Nancy McCallum, a mãe do músico, deu uma entrevista para o Seattle Times onde entrou em detalhes sobre a relação de seu filho com as drogas e a atual “crise de opioides” nos Estados Unidos.

“Layne era a criança mais quieta da sala no ensino médio. O palco deu permissão para ele fazer tudo o que ele queria fazer de vez em quando: gritar”, McCallum começou. Em seguida, ela passou a falar sobre o vício do filho:

Ele estava fazendo turnês pelo mundo, ele estava em casa e ele estava em tratamento. Ele foi pego em uma armadilha. Eu só fui entender isso muito tarde.

Vício é uma doença como qualquer outra. Como um câncer, ele pode ser tratado, mas também pode reaparecer. Nós não podemos julgar. A ênfase tem que ser na pesquisa e tratamento.

No entanto, um dos momentos mais emocionantes da entrevista foi quando McCallum contou sobre ter encontrado o corpo de seu filho. Na ocasião, ela foi ao apartamento do músico com um policial procurando por Layne, que não dava notícias há algum tempo.

Ao chegar lá, o policial disse para ela não entrar no apartamento já que o corpo já estava em estágio inicial de decomposição e pesava apenas 39 quilos, mas ela entrou mesmo assim e encontrou seu filho sem vida. Em seguida, ela ficou sentada no sofá perto do corpo. “Eu prometi que sempre estaria do lado dos meus filhos. Eu pedi desculpas a ele por isso ter acabado do jeito que acabou”, disse.

A sociedade acha que mães são fracas e choronas, mas mulheres vão pra guerra, nós temos bebês. Essa é a minha guerra. Enquanto outros estão no Afeganistão e Iraque, ele estava lutando uma guerra em casa. Ele escolheu escrever sobre isso e cantar sobre isso e tocar sobre isso. Era um aviso.

Em se tratando da atual crise de opioides nos Estados Unidos, McCallum diz que não tem “respostas mágicas”.

Eu só tento consolar as pessoas. É de partir o coração, é excessivo e desnecessário. Mas eu sei que isso está combinado com propensões do comportamento habitual. Eu nunca entenderei completamente alguém que queira tentar fazer algo tão perigoso. Eu estou tão perplexa como todo mundo, por que eu vejo um mundo lindo.

Por fim, ela encoraja famílias a programas como o de “12 passos” para tentar lidar com o vício, e completa: “Quando alguém está cobrando milhares de dólares, prometendo que vai curar vício longe da sua casa ou usando religião, você está sendo enganado.”

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