Língua Franca: conheça o trabalho de Emicida e Rael com rappers portugueses

A nossa língua portuguesa é hoje o 5º idioma mais falado do mundo, a terceira língua mais falada no hemisfério ocidental e a língua mais falada no hemisfério sul do nosso planeta Terra. Mas esse idioma cheio de histórias, de rimas e de diferenças é muito mais no projeto Língua Franca, dos rappers brasileiros Emicida e Rael e dos portugueses Capicua e Valete. É a união de tribos, de sotaques, de conceitos e de criações que dão cara ao disco, lançado na última semana, celebrando a língua comum entre os dois países e tem produção de Kassim, que já trabalhou com Marisa Monte, Gal Costa e Fred Ferreira (Banda do Mar).

Emicida e Rael do lado de cá, são dois mestres do rap nacional. Emicida com o último e aclamado disco Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa, de 2015 e o seu Laboratório Fantasma, um verdadeiro império de suporte ao rap, com lançamento de discos, livros, linha de roupas e uma série de iniciativas pró rua. Rael começou por se impor como parte do Pentágono antes de se lançar para uma vibrante carreira solo que no ano passado acolheu mais um importante trabalho, Coisas do Meu Imaginário.

Do lado de lá, Capicua e Valete são expoentes da cena hip hop portuguesa: cruzaram-se em “Medusa”, tema de abertura do projeto com o mesmo título que Capicua lançou em 2015, o terceiro numa discografia oficial (há um passado de mixtapes) que já se expandiu em 2016 com Mão Verde, disco feito com Pedro Geraldes e pensado para um público ainda mais jovem. Valete, por outro lado, se apresesentado de norte a sul do país enquanto prepara o seu futuro: as suas rimas incisivas fazem parte da história do rap em Portugal que não se pode contar sem paradas demoradas nos discos Educação Visual (2002) e  Serviço Público (2004).

O disco já está disponível nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer, Apple Music) e você ouve os singles ao longo desse post. Aproveite e celebre a nossa língua portuguesa!