Quando Cliff Burton faleceu em 1986, Jason Newsted foi o escolhido para tomar conta do baixo no Metallica.

Durante seu período na banda, o músico participou da gravação de quatro álbuns, incluindo o popular homônimo, de 1991, também conhecido como Black Album.

Após deixar o Metallica em 2001, Newsted investiu seu tempo em vários projetos paralelos, como os grupos Echobrain e Voivod. E em diversas entrevistas, o baixista sempre reiterou que não se arrependeu da decisão de deixar a maior banda de heavy metal do mundo, expressando que nunca sentiu vontade de voltar.

Isso levou muitos fãs a se perguntarem se o dinheiro ganho pelo músico com o icônico disco do Metallica seria o suficiente para ele sustentar todos os seus projetos ao redor dos anos, tendo em vista que a grande maioria deles não chegou a alcançar um grande sucesso.

Pois então: em uma entrevista com o Metal Injection, Jason respondeu essa pergunta de forma bem sincera. Na ocasião, Newsted estava se preparando para abrir uma exposição de arte em Nova York, que será lançada nesse domingo (7).

Resumindo: ele poderia sim viver dos royalties, mas eles nunca fizeram diferença por um simples motivo — a equipe empresarial do Metallica se assegurou, desde o começo, que os membros da banda sempre tivessem dinheiro.

Tudo o que você disse está certo, pois as vendas desse álbum foram algo nunca visto antes, é essa coisa que nunca irá embora, e não é nada que a gente pudesse ter previsto, então isso é simples, é informação que qualquer pessoa pode encontrar. Mas bem no começo, quando eu entrei na banda em 1986, eles já estavam com um grupo de pessoas muito firmes. Uma equipe de empresários e outras pessoas que cuidavam do negócio deles. Desde o primeiro dia, mesmo na época em que eu era um membro provisório, antes de eu começar a ganhar como membro da banda — demorou cinco meses e meio para que eu ganhasse um pagamento completo. Então nos primeiros cinco meses e meio, eu era apenas um músico de sessão. Então lá por Abril de 1987, que foi o ‘…é, dê uma olhada NISSO’… Trinta anos atrás, nesse mês, eu entrei como membro permanente ganhando um salário completo.

Então, a partir daquela época, as pessoas que guiavam e cuidavam eles também começaram a me guiar, certo? E também as pessoas que sabiam como fazer investimentos. Então, quando fizemos o que fizemos e fomos capazes de alcançar o que alcançamos, e conseguimos levar isso para os garotos jovens de 12 a 16 anos para os quais nós tocávamos nosso metal, eles vinham ver nossos shows, e nós ganhamos dinheiro, os CDs venderam, as camisetas venderam, e nós investimos o dinheiro. É isso.

É legal que o disco ainda vende e isso é ótimo, mas eu basicamente faço coisas para outras pessoas com esse dinheiro. Então […] o Black Album não precisaria vender mais, porque alguém me ajudou no começo da minha carreira.

Além disso, o artista também comentou sobre a polêmica apresentação do Metallica com Lady Gaga nos Grammys, onde problemas técnicos fizeram com que o microfone de James Hetfield não funcionasse durante metade da performance.

Eu acho que duvidar do Metallica não é algo inteligente a se fazer, em qualquer hora, por qualquer razão. Eles continuam se levantando de novo e de novo e prontos para uma nova luta, sabe. É muito impressionante. Eu já estive dentro, fora, atrás e tudo mais, cara! [risos] Eu vi isso de todas as posições. E não é nada além de respeitável. Então sim, eu vi a performance. Sim, eu assisti ela como um irmão deles. Eu assisti como se fosse um espectador que estava lá, sabe. Então, tipo, como fã e tal, eu realmente fiquei puto com… o desrespeito em relação ao equipamento. E, você sabe, os melhores artistas daquela noite, James Hetfield, ficaram com o equipamento ruim com aquele microfone, eu teria matado o idiota que fez isso. Isso não é Ok pra mim. Aquela merda não é Ok pra mim.

Mas, pra eles tomarem esse risco, como eles fazem sempre, mesmo que nós não concordemos com isso, não é algo em que devemos nos meter. Se eles querem tomar esse risco com alguém que é tão talentosa e poderosa com a Lady Gaga, então eles deveriam fazer isso. Eles são do mesmo calibre que ela, tão na mesma página. Ela teve sorte de estar lá com eles, sabe? Digo, o mais importante — nós poderíamos falar disso e tudo mais, “bla bla bla bla”, mas a vitória (e talvez esse seja nosso tema de hoje) a vitória dessa performance foi que, porque o equipamento falhou, James e [Lady Gaga], eles conseguiram se elevar, sendo os superstars experientes e ótimos que são. Ajudar um ao outro, forçados naquele momento, e transformou isso numa performance mais poderia que eles nunca teriam planejado mesmo se tivessem ensaiado vinte vezes. Eles se superaram, empurraram um ao outro a um lugar além do que eles jamais conseguiriam ir por conta própria. Foi fantástico.

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