Resenhas

Resenha e fotos: Elton John & James Taylor em Porto Alegre

Fotos por Doni Maciel

Resenha por Paulo James

Advertising
Advertising

“The Bitch is Back”! Foi com esse clima festivo e simpático que Elton John abriu seu show na terça, 4 de abril, no Anfiteatro Beira Rio, em Porto Alegre. Com uma voz poderosa, muito brilho e um punhado de mega hits, o britânico fez bonito, divertiu e emocionou o grande público presente (cerca de 24 mil pessoas, de acordo com a organização).

A previsão era de que uma chuvinha sacana chegaria lá pelas 20h. Por sorte, não deu nem garoa, e a turma se esbaldou ao som de “Tiny Dancer”, “Goodbye Yellow Brick Road”, “I’m Still Standing”, “Sad Songs” e a festejada “Rocket Man”. Acompanhado por uma banda enxuta, Elton desfilou toda a maestria e sensibilidade no piano por cerca de duas horas, tempo suficiente para visitar diversas fases da sua extensa carreira – baladas emocionantes, flertes com a pista de dança, referências aos rock and roll clássico.

Faltou algo? Sempre falta! “Sacrifice” e “Nikita” por exemplo, canções icônicas dos anos 80, ficaram de fora. E mal houve espaço para o tradicional pedido de bis: terminado o show – com a animada e cinquenteira “Crocodile Rock”, rolaram os créditos no telão tendo “Song For Guy” como trilha, um lindo tema instrumental lançado em 1978 que, de tão forte, virou hit. É daquelas que tu jura que não conhece, mas conhece sim! E dá uma prova de toda a capacidade criativa de um grande artista.

Retrocedendo essa fita K7, a noitada começou com o meu amigo de fé, meu irmão camarada Rafael Malenotti, vocalista dos Acústicos & Valvulados, tocando um set enxuto e de grande presença, na companhia do chapa Daniel Mossmann na guitarra. Até um “Up In Smoke” (Cheech & Chong) os caras puxaram, arrancando aplausos dos presentes.

Logo em seguida, outro dono de uma vasta coleção de sucessos subiu ao palco: o gente fina James Taylor, acompanhado por uma banda monstruosa e pra lá de cancheira! Vamos combinar que quando um cara como Steve Gadd é o baterista, não é preciso dizer muito mais.

Com o dedo quebrado, deixou seu clássico violão para Dean Parks, um legítimo rato de estúdio, que já tocou vários e diversos grandes artistas. Concentrado nos vocais, e arranhando um bom português, Taylor desfilou sucessos como “Carolina In My Mind”, “Fire and Rain”, “Mexico”, “Shower The People” e “You’ve Got a Friend”.

Também lembrou com carinho de sua marcante apresentação no Rock in Rio em 1985, que lhe rendeu um disco ao vivo e inspirou a canção “Only a Dream in Rio”, um dos pontos altos da noite. Foi um show com ares melancólicos, perfeito pra erguer um isqueirinho (ou celular), com canções de acento folk e lindas melodias. Pura emoção!

No resumo da ópera, depois de quatro horas de show, veteranos e novatos deixaram as dependências do Beira Rio já demonstrando cansaço, mas com um sorriso estampado no rosto e muitas lembranças felizes na cabeça.

Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Foto por Doni Maciel
Published by
Tony Aiex