Acredite ou não, apesar de ser responsável por incontáveis clássicos dos Beatles, Paul McCartney nunca teve posse do catálogo da banda — por muito tempo, a Sony/ATV cuidou da discografia deles.

Agora, o cantor entrou com um processo para conseguir os direitos das músicas. De acordo com a lei de direitos autorais nos Estados Unidos modificada em 1976, após 35 anos de contrato, os artistas podem entrar na justiça para recuperar as suas músicas de gravadoras e distribuidoras.

Isso tudo começou quando Paul transferiu os direitos de várias canções feitas por ele e John Lennon para várias distribuidoras entre 1962 e 1971. Depois, nos anos 80, seguindo um conselho do próprio McCartney de que o verdadeiro dinheiro na indústria da música estava ligado a quem tinha direitos de canções, Michael Jackson comprou os direitos de várias composições clássicas dos Beatles, como “Yesterday”, “Hey Jude” e “Let It Be”.

Desde então, Jackson acabou fazendo um acordo com a Sony/ATV até que, ano passado, sua família vendeu para a empresa tudo o que restava do catálogo. Agora, McCartney está fazendo o primeiro movimento do que promete ser uma guerra longa e minuciosa.

De acordo com o músico, algumas canções estarão disponíveis para a retomada a partir de Outubro de 2018, mas para evitar o problema parecido que o Duran Duran enfrentou recentemente — onde a banda perdeu uma batalha na justiça ao tentar conseguir os direitos de volta — McCartney aparentemente está tomando medidas preventivas e trouxe o julgamento para os Estados Unidos, onde a lei deve ser mais maleável do que no Reino Unido.

Vale lembrar que vários artistas já usaram manobras parecidas para conseguir renegociar os direitos de suas músicas, como Bob Dylan, Tom Petty e Prince.

No entanto, parece que as coisas não vão ser fáceis. A Sony já está se preparando para contra-atacar e divulgou essa semana uma pequena nota repudiando a ação de Paul:

A Sony/ATV tem o maior respeito pelo Sir Paul McCartney com quem desfrutamos de um relacionamento longo e mutuamente gratificante com respeito ao precioso catálogo de Lennon & McCartney. Nós colaboramos de perto tanto com Paul como com a família de John Lennon por décadas para proteger, preservar e promover o valor do catálogo a longo prazo. Nós estamos desapontados que eles tenham iniciado esse processo que acreditamos ser desnecessário e prematuro.

Isso vai longe, hein?

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