Raimundos grava Acústico em Curitiba

Por Isabele Aiex

Fotos por Marcelo Avellar Fonseca

Nos últimos dias 17 e 18 rolaram em Curitiba as gravações do novo DVD do Raimundos, Acústico, que contou com uma série de participações especiais.

Desde Marcão (ex Charlie Brown Jr.) no violão o tempo todo até a volta do baterista Fred em duas canções, tivemos a presença de Alexandre (Natiruts), Oriente, Dinho Ouro Preto (Capital Inicial) e até mesmo Ivete Sangalo.

Nós já falamos sobre o primeiro dia de gravações por aqui, e agora encerramos com o segundo, além de fotos exclusivas, como você pode ver logo abaixo.

No segundo dia de gravações do Acústico Raimundos, a expectativa dos fãs era grande pelo que estava por vir. O teatro estava praticamente lotado e diferente do primeiro dia, em que a plateia começou tímida, mostrando já na abertura com “Gordelícia” que a noite seria histórica com o público ficando em pé e assim permanecendo praticamente o show inteiro.

Os caras seguiram com “Palhas do Coqueiro”, “O Pão da Minha Prima” e “Papeau Nuky Doe”.

Digão fez questão de agradecer a presença do público e dizer que a banda tem uma relação muito especial com Curitiba, porque o primeiro DVD da banda foi gravado na capital paranaense (MTV ao Vivo – 2000), o que ajudou na escolha da cidade para a gravação desse trabalho.

Já que a galera estava com fome de rock, seguiram num bloco com “Rapante”, “Sereia da Pedreira”, “El Mariachi” e “Nega Jurema”.

Assim com o na primeira noite, Digão chamou ao palco seu filho Rick que, ao piano, tocou “I Saw You Saying”, emocionando o paizão novamente, que ressaltou o quanto de orgulho seu filho lhe dá.

Depois de “Bê a bá”, Digão chamou ao palco o vocalista do Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, que junto com a plateia cantou cada uma das palavras do mega hit “Mulher de Fases”. No final, Digão pediu que as luzes do Teatro Positivo baixassem e que todos ligassem as luzes do celular para cantar o refrão a cappella. Foi emocionante.

Como era a gravação do DVD, a música teve que ser repetida, o que não deixou a plateia nem um pouco triste, já que era como se cada bis fosse um presente para os fãs.

Seguiram com “Mas Vó”, “Bonita” e “Opa, Peraí Caceta”.

Chegou a vez de chamar Ivete Sangalo para participar das músicas “Baculejo” e “A Mais Pedida”, e a estrela baiana deu um show de simpatia. Toda de preto, fez grandes elogios à banda e em especial ressaltou o grande carinho que tem por Digão. Ivete não apenas cantou as duas músicas, mais de uma vez, como também tocou bateria em uma jam improvisada

Em uma das execuções com a participação da cantora, Digão até assumiu o erro da estrela, porque teriam que gravar a música novamente. É claro que Ivete Sangalo, com sua espontaneidade de sempre, se entregou e disse que ela era quem havia errado a música. O público não parecia se importar com os erros da moça, e o que não queriam é que ela deixasse o palco.

Seguindo o show, os caras tocaram “Reggae do Maneiro” e chamaram Fred, baterista da formação original, para tocar “Selim” e “Cintura Fina”. Diferente da primeira noite, onde foi às lágrimas, Fred parecia mais tranquilo, mas muito feliz de participar daquele momento tão especial.

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Após a participação de Fred, a banda tocou “Cera Quente”, uma das únicas músicas em que a plateia ouviu sua execução sentada, e “Liberdade de Expressão”.

No bloco final, homenagearam novamente os caras do Charlie Brown Jr. Com “Um Lugar ao Sol”, quando Marcão fez questão de dedicar aos seus colegas de banda, Chorão e Champignon, que não estão mais aqui. Em seguida foi a vez de “Me Lambe”.

Para o final da apresentação ficaram as músicas mais pedidas pela galera: “Puteiro em João Pessoa”, “Esporrei na Manivela” a porrada “Eu Quero Ver o Oco”.

Foram duas noites únicas para os fãs de Raimundos, marcadas principalmente pela interação da banda com o público, que fez com que cada um que estivesse sentado lá se sentisse especial e essencial naquele momento.

Além disso, foi também uma homenagem à música brasileira, passando por nomes do rock nacional até chegar a uma cantora conhecida pelo axé e músicas populares, quebrando qualquer barreira que poderia existir entre aqueles que acham que o rock não deve se misturar.

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Canisso também deu um show à parte, com piadas e brincadeiras durante a noite, e no final da apresentação pediu cerveja para seu roadie, que prontamente atendeu seu pedido. O baixista não só virou a garrafa como mostrou toda sua satisfação ao microfone.

Em cada intervalo, fosse pra afinação, acertar a luz etc, a banda brindava os fãs tocando alguma música que estava fora do repertório. Na primeira noite tocaram “Another Brick in the Wall” do Pink Floyd, e “Enter Sandman” e “Nothing Else Matters”, do Metallica, no segundo dia.

Além dessas, Marcão também puxou a banda para tocar “Zóio de Lula”.

Além de Marcão, do Charlie Brown Jr., a banda contou com a participação de Renato Azambuja, que mandou muito bem na percussão, e Jorge Bittar ao piano/teclado e acordeon.

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Também não podemos deixar de mencionar as participações de um quarteto de cordas e uma equipe de sopros, que deixaram as versões acústicas das músicas da banda ainda mais autênticas.

Foram dois dias históricos para a banda e fãs que tiverem o privilégio de estarem presentes na gravação de um trabalho muito especial. Agora é esperar pelo lançamento do CD e DVD que tem previsão de lançamento para março ou abril de 2017, pela Som Livre.

 

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