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Conheça Arandu Arakuaa, o heavy metal cantado em tupi-guarani

“Interessante” é o mínimo que pode se dizer do Arandu Arakuaa.

A banda foi formada em 2008 em Brasília por Zândhio Aquino e traz como principal influência a cultura indígena brasileira, inclusive com todas as músicas sendo cantadas em tupi-guarani. O nome significa “Saber do Cosmos”.

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Zândhio teve a ideia após se formar em Pedagogia na Universidade Federal de Tocantins. Ele sempre morou próximo a tribos e tem contato direto com os índios e as aldeias. Quando foi morar em Brasília, tentou introduzir o tema em outras bandas que fez parte, mas sem sucesso, até que decidiu criar sua própria.

A banda passa pelos dois extremos porque, ao mesmo tempo que são completamente originais em usar o tupi como idioma principal das letras e falar sobre a cultura dos índios daqui do Brasil, eles são questionados por saírem do padrão branco-de-cabelo-comprido que predomina no heavy metal.

O forte da nossa vocalista (Nájila Cristina) é o gutural, uma técnica agressiva incomum para mulheres. Eu canto como um pajé, com voz mais rouca, e ainda temos um baterista negro. Além de mim, que nasci no Norte e sou descendente de índios, temos integrantes filhos de nordestinos. Tudo isso gera uma série de questionamentos por fugir do padrão do branquelo cabeludo” – diz Zândhio em entrevista para o site da BBC.

Sem deixar o som pesado de lado, eles acrescentam outros elementos, como uma viola caipira, maracas e instrumentos indígenas.

O último disco da banda foi lançado em 2015, intitulado Wdê Nnãkrda.

1. Watô Akwe
2. Nhanduguasu
3. Hêwaka Waktû
4. Dasihãzumze
5. Padi
6. Wawã
7. Iwapru
8. Nhanderú
9. Ipredu
10. Sumarã
11. Povo Vermelho

Published by
Thayná Maffei