Bruno Bade, baterista do Zander (créditos: Murilo Amancio/Blog Francamente)
Bruno Bade, baterista do Zander (créditos: Murilo Amancio/Blog Francamente)

“Não conseguiríamos pagar nossas contas se dependêssemos apenas da música”.

“Acordo 5h30 da manhã, trabalho de segunda à quinta das 7h30 às 15h como dermatologista. […] Sexta, sábado e domingo, estou na estrada”.

“Ontem eu peguei um Uber com um cara que tocou 15 anos com o Jorge Ben Jor”.

“Se manter hoje em dia tá difícil em todas áreas e aspectos. […] Mas ainda tenho mais estabilidade do que a música, que infelizmente anda de pernas bambas no Brasil”.

Você, querido leitor que também é músico independente, se identificou com esses depoimentos?

Não adianta. O mercado musical brasileiro sempre foi e ainda será assim por um bom tempo. São três cenários possíveis: o cara que veio de berço de ouro e tem de tudo pra fazer sucesso; o grupo que larga tudo e fica anos e anos correndo atrás de contratos e cachês; ou a banda que precisa de empregos paralelos para se manter.

E quem se dispôs a fazer um panorama completo da música independente no Brasil foi o jovem jornalista Vinícius Franco, de São José do Rio Preto (SP), autor do blog Francamente. Há algum tempo ele desenvolve pesquisas para a faculdade sobre o rock nacional.

 

O artigo

Gui Almeida toca com a Pitty mas também vende tortas (créditos: Reprodução/Blog Francamente)
Gui Almeida toca com a Pitty mas também vende tortas (créditos: Reprodução/Blog Francamente)

Intitulado “ALÉM DOS PALCOS: o segundo ofício de grandes músicos brasileiros”, o texto procurou integrantes de bandas de rock de enorme sucesso regional. Algumas começando turnês pelo país ou até se aventurando internacionalmente. Em comum: todos têm um emprego paralelo.

É o caso de Alexandre Nickel, baixista e vocalista do Tópaz. Ele também é dono de uma empresa de marketing digital. Ou Júlio Andrade, guitarrista e vocalista do The Baggios, que também trabalha como designer gráfico, editor e diretor de vídeos.

Vinícius Franco já tinha escrito sobre o cenário independente de São Paulo, no começo de 2015. Agora, ele sentiu a necessidade de aprofundar o trabalho:

Procurei quem movimenta a cena rock de outros cantos do país. Grandes músicos de Sergipe, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro cederam depoimento. Estamos falando de membros de bandas que você com certeza já ouviu, como Pitty, Tianastácia, Zander, The Baggios, Tópaz. Eu, pelo menos, sou fã de todas.

Segundo ele, a ideia não era simplesmente dizer que é difícil viver de música no Brasil, porque isso todo mundo já sabe. Ele queria romper a imagem de “herói” que os fãs às vezes tem de seus ídolos:

O lance é desmistificar a imagem de que o artista é um ser de outro mundo, de ferro, que leva uma vida fácil e muito diferente da nossa. Você com certeza já trombou vários deles na fila do banco, na padaria ou no posto de combustível. Esse é o lance.

Você pode ler o texto completo de Vinícius Franco neste link.

 

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