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Chad Smith (Red Hot Chili Peppers) fala sobre anos 90 e início do grunge

Sabe aquela sensação que nós (loucos por música) temos às vezes, de que não se faz mais rock como antigamente? De que não estão mais surgindo cenas e estilos diferentes, e de que a qualidade das músicas diminuiu consideravelmente?

Pois é, alguns dos músicos que participaram daqueles tempos ainda estão na ativa. E, infelizmente, eles também têm essa sensação.

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Foi o que deixou claro em uma entrevista à Loudwire o baterista do Red Hot Chilli Peppers, Chad Smith. A ocasião: os 25 anos do lançamento do maravilhoso Blood Sugar Sex Magik, de 24 de setembro de 1991. Confira abaixo os principais trechos.

 

Red Hot mais entrosado do que nunca

Chad Smith lembrou o entrosamento que a banda tinha no início dos anos 90:

A gente morava juntos naquela época, então foi divertido e rápido. Fizemos o álbum inteiro em dois meses. Eu me lembro de ter pensado: ‘essa é a primeira vez que nosso som e nossa energia foi capturada em fita de forma natural e orgânica’. É provavelmente meu disco favorito da banda. E nos tornamos muito populares depois daquilo.

O baterista também falou sobre as participações que o mega-produtor Rick Rubin e o guitarrista John Frusciante tiveram no trabalho:

A banda estava em um momento maravilhoso. Foi a primeira vez que Rick Rubin trabalhou conosco. Tínhamos muitas músicas, e John, especialmente, estava se encontrando como um compositor e se sentindo muito confortável na banda. Eu e ele tínhamos entrado no Red Hot só no disco anterior, o Mother’s Milk.

 

O início da cena grunge

Imagine que sonho. Estar no nascimento de um dos estilos mais importantes da história do rock n’ roll. O Red Hot não apenas estava lá, como fez parte disso:

O rock estava mudando. A cena de Seattle estava surgindo com Nirvana e Pearl Jam. Também fizemos uma turnê com o Smashing Pumpkins. Aliás, eu nem sabia que o Nevermind tinha sido lançado no mesmo dia do Blood Sugar! O Nirvana era incrível, uma banda maravilhosa. Eu lembro de assistir a um show em que eles tocaram ‘Teen Spirit’. Nossa… o público, o espaço… tudo sacudiu. Eu não consigo explicar a sensação. Foi… maravilhoso. Eu sabia que estava assistindo a algo especial.

Assista abaixo ao vídeo na íntegra, em inglês:

Published by
Rafael Teixeira