Por Tony Aiex e Matheus Anderle
Em 2016 o Weezer chegou ao seu décimo disco na carreira e voltou às origens com um dos melhores álbuns do ano.
Mesclando elementos de vários pontos altos da carreira, a banda viu em Weezer (White Album) o resultado de um caminho que também foi marcado por vários percalços e lançamentos nada inspirados.
Veja a nossa lista com o ranking do que consideramos ser a ordem da discografia do Weezer, indo do pior álbum ao melhor.
Opine! Discorde! Diga quais são suas preferências.
O final dos anos 2000 foi bastante estranho para o Weezer, e nessa época nasceram os seus dois piores álbuns.
O primeiro deles é Raditude, que apesar da capa genial e de uma ótima música de abertura, “(If You’re Wondering If I Want You To) I Want You To)”, peca na criatividade e traz parcerias bizarras como “Can’t Stop Partying”, com Lil Wayne.
O mais fraco disco do Weezer a levar o nome do grupo e ser conhecido pela cor da capa é Red Album.
Ele tem seus pontos altos como a faixa de abertura “Troublemaker”, “Dreamin'” e “Pork And Beans”, que ganhou um clipe sensacional.
Todos os integrantes da banda assumiram vocais em pelo menos uma canção e claramente a banda estava em um momento de transição.
Como um todo, porém, a banda tem álbuns bem mais consistentes que Make Believe.
“Keep Fishin'” e “Dope Nose” estão entre algumas das melhores canções da carreira do grupo.
O disco que traz na capa o simpático Hurley da série Lost, foi lançado pela gigante do independente Epitaph, ganhou um clipe de “Memories” com o pessoal de Jackass e com 10 canções colocou um sorriso (ainda que discreto) no rosto dos velhos fãs da banda.
Como curiosidade, a versão deluxe traz uma cover de “Viva La Vida”, do Coldplay.
Depois de Hurley veio Everything Will Be Alright In The End em 2014 e a certeza de que estavam ali bons singles como “Back To The Shack” e um disco consistente.
O som, inclusive, faz menção a uma volta da banda às suas origens, sempre com muito bom humor.
Em 2001 o Weezer vinha do lançamento explosivo de seu disco de estreia em 1994 e a sequência com Pinkerton, que demorou para agradar o grande público mas caiu na graça dos fãs.
Cinco anos após o disco o grupo surgiu com mais um álbum homônimo, o famigerado Green Album, e nos brindou com pérolas como “Island In The Sun”, “Photograph”, “Don’t Let Go”, “O Girlfriend” e um discão.
Weezer (White Album) finalmente traz todos aqueles elementos que caracterizaram o início da carreira da banda com grandes composições, belos riffs e vocais matadores de Rivers Cuomo aliados aos traços que a banda vinha agregando ao seu som nos últimos anos.
White Album não apenas é um dos discos mais competentes de 2016 como também um dos pontos altos da carreira do Weezer e um alívio para os seguidores da banda que se decepcionaram nos últimos anos.
É como se Pinkerton e Blue Album, os próximos nessa lista, tivessem sido combinados em um só, e não fosse a importância histórica dos dois, ousaríamos dizer que ele brigaria com ambos lado a lado.
Em uma época onde o gênero cruzava os limites das rádios universitárias e entrava no gosto popular com diversas bandas, o grupo foi um dos grandes nomes e ganhou seguidores com um álbum quase impecável.
Sons como “Buddy Holly”, “Say It Ain’t So”, “My Name Is Jonas”, “Undone – The Sweater Song” e “Only In Dreams” são indispensáveis para qualquer fã da boa música criada nos anos 90.
Rivers Cuomo foi para Harvard estudar e após deixar para trás a ideia de um disco conceitual compôs um novo álbum por lá influenciado por suas lutas com a fama do rock and roll, uma cirurgia para corrigir uma diferença de tamanho entre as pernas, fisioterapia, dor e o curso de composição clássica na faculdade.
O resultado foi Pinkerton, disco que estava longe de ser tão comercial quanto o primeiro e acabou frustrando expectativas comerciais quando foi lançado, mas ao longo do tempo foi ganhando status de cult e tornou-se favorito de muita gente, inclusive nós do TMDQA!
De amores platônicos a dificuldades em lidar com o que você é até citações ao Green Day, Pinkerton tem algumas das melhores composições de Rivers aliadas a sons que representam o que havia de melhor no rock alternativo dos anos 90, a época de ouro do gênero.